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Aurora de Marte é fotografada pela sonda Hope, dos Emirados Árabes Unidos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 30 de Junho de 2021 às 16h50

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Emirates Mars Mission
Emirates Mars Mission

A sonda Hope Mars, lançada pelos Emirados Árabes Unidos para investigar a dinâmica da atmosfera marciana, capturou imagens impressionantes e únicas das auroras marcianas. Embora bem mais fracas que as terrestres, essas auroras no Planeta Vermelho se estendem por todo o planeta — nos polos norte e sul, na linha equatorial e nas latitudes médias.

Quando o Sol emite prótons e elétrons carregados na direção dos corpos em órbita, o campo magnético dos planetas são os responsáveis por protegê-los. Na Terra, há uma grande magnetosfera para cumprir essa função, e o resultado da interação desse magnetismo com as partículas solares são as belíssimas auroras boreais e austrais. O que talvez algumas pessoas não saibam é que Marte também apresenta o mesmo comportamento.

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No Planeta Vermelho, entretanto, o campo magnético é muito fraco, porque o núcleo do planeta resfriou com o passar do tempo, perdendo assim a habilidade de criar um dínamo. Esse foi um dos eventos que levou à perda da atmosfera marciana, tornando o ambiente inabitável, mas ainda resta algum magnetismo “gravado” em partes da crosta de Marte. Por isso, as partículas solares ainda interagem com um campo magnético, ainda que seja fraco, proporcionando um espetáculo colorido na atmosfera.

Estudar as auroras marcianas é uma oportunidade valiosa para os cientistas, por isso os registros da Hope são importantes. Embora outras sondas também possam fotografar o fenômeno, a Hope tem órbita privilegiada que varia de 20 mil km a 80 mil km, aproximadamente (altitude comparável apenas com a MAVEN da NASA), o que permite uma visão global do lado noturno de Marte.

Com a Hope e a MAVEN atuando em conjunto no estudo das auroras marcianas, os cientistas poderão capturar imagens e coletar dados e fazer medições de partículas solares, ao mesmo tempo, o que de outro modo seria inviável. “Isso permitirá que novas portas de estudo sejam abertas quando se trata da atmosfera marciana”, disse Hessa al-Matroushi, o líder científico da missão dos Emirados Árabes Unidos, “e como ela interage com a atividade solar”.

Fonte: The New York Times