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Asteroides podem “dar carona” para missões rumo a outros planetas?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Reprodução/CoolVid-Shows/Pixabay
Reprodução/CoolVid-Shows/Pixabay

Um novo estudo de A. S. Kasianchuk e V.M. Reshetnyk, pesquisadores da Universidade Nacional de Kiev, na Ucrânia, sugerem uma solução inusitada para tornar mais eficientes as viagens interplanetárias: eles propõem que os asteroides que já viajam relativamente perto da Terra, Marte e de Vênus podem servir de “carona” para deslocamentos a estes mundos. 

A dupla investigou a órbita de mais de 35 mil asteroides próximos da Terra em busca de aproximações de pares planetários compostos pela Terra, Vênus e Marte entre 2020 e 2120. A ideia é: se houver passagens suficientes neste intervalo, então por que não usar as rochas espaciais como “transporte” para deslocamentos mais rápidos entre os planetas?

Eles encontraram 120 asteroides candidatos que passam por:

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  • Terra e Marte
  • Terra e Vênus
  • Marte e Terra
  • Vênus e Terra
  • Marte e Vênus
  • Vênus e Marte

A possibilidade de usar asteroides como “carona” para Marte ou Vênus tem uma série de vantagens, como a diminuição do tempo de viagem — o deslocamento da Terra a Marte, por exemplo, pode levar quase um ano. Por outro lado, os cientistas teriam que desenvolver soluções para proteger a tripulação contra a radiação do espaço. 

Os autores produziram uma grande lista de possíveis asteroides para a transferência entre as órbitas dos planetas rochosos da nossa vizinhança espacial, mas esta lista vai crescer conforme novos objetos forem descobertos. Assim, o estudo é uma espécie de retrato de objetos de interesse, mas exige que o trabalho continue para manter o levantamento atualizado. 

Além disso, também é necessário analisar como uma missão poderia aproveitar estes objetos: se uma espaçonave passar mais tempo no espaço aberto, os cientistas precisariam calcular cuidadosamente a aproximação da rocha desejada para garantir o sucesso do procedimento. 

Claro que há uma série de desafios à frente até que tudo isso se torne uma realidade. Mesmo assim, a proposta é interessante por vir em um momento em que agências espaciais buscam formas de reduzir os custos e os impactos ecológicos das missões.

O artigo com os resultados do estudo foi disponibilizado no repositório arXiv

Fonte: Universe Today