NASA monitora novo asteroide com chance mínima de atingir a Terra em 2046
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |
Nesta terça-feira (7), a NASA anunciou que está monitorando o asteroide 2023 DW, uma rocha espacial com quase 50 m de diâmetro que tem uma pequena chance de atingir a Terra em 14 fevereiro de 2046. E pode ficar tranquilo: segundo o Centro de Coordenação de Objetos Próximos da Terra, da Agência Espacial Europeia, a chance de a rocha "errar" nosso planeta é de 99,82%.
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De acordo com dados preliminares, o asteroide está a 0,12 unidade astronômica da Terra, sendo que cada unidade representa a distância entre nosso planeta e o Sol. Ele leva 271 dias para completar uma órbita ao redor do Sol e, durante a aproximação máxima, ficará a 1,8 milhão de quilômetros da Terra, distância bastante segura.
Em uma publicação no Twitter, a NASA explicou que o asteroide é novo e ainda será monitorado. “Quando novos objetos são descobertos, leva algumas semanas de [coleta de] dados para reduzir as incertezas e prever suas órbitas no futuro”, explicaram.
O asteroide foi descoberto em fevereiro e, até esta terça-feira (7), as análises orbitais do asteroide foram feitas com base em apenas 62 observações. Ele parece ter cerca de 50 m de diâmetro, quase o triplo do tamanho do meteoro de 18 m de diâmetro que explodiu sobre Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. A onda de choque liberada pela explosão destruiu janelas e partes de construções em seis cidades da Rússia.
No momento, o asteroide tem classificação 1 na chamada Escala de Torino, um sistema com uma escala de 0 a 10 que divide em categorias os possíveis eventos de impacto na Terra. A classificação em questão indica que o asteroide não oferece riscos para nós, e que tem chances extremamente baixas de impacto.
Além disso, o asteroide está no topo da lista de objetos de risco da Agência Espacial Europeia, outra classificação comum para objetos recém-descobertos. Ao longo de observações nos próximos dias e semanas, os cientistas vão refinar os dados da órbita do 2023 DW — e, provavelmente, as chances da possível colisão vão cair ainda mais.