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Fotos mostram o asteroide 2023 BU quando passou "raspando" pela Terra

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Janeiro de 2023 às 10h52

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Frantisek Krejci/Pixabay
Frantisek Krejci/Pixabay

Nesta quinta-feira (26), o asteroide 2023 BU se aproximou do nosso planeta. A rocha espacial mede entre 3,5 e 8,5 metros de extensão e, durante a aproximação máxima, ficou mais próximo da superfície terrestre que alguns satélites, que orbitam o nosso planeta a 35 mil km de altitude. A visita rendeu alguns registros do asteroide, capturados pelos membros do projeto Virtual Telescope.

No momento em que as primeiras imagens foram capturadas, o asteroide 2023 BU estava a cerca de 37 mil km de nós, e continuou se aproximando: às 21h27, no horário de Brasília, ele sobrevoou o extremo sul da América do Sul. Já a distância mínima foi alcançada às 21h29, quando a rocha espacial ficou a 3.600 km da superfície da Terra.

Abaixo, você confere o registro do asteroide a quase 37 mil km da Terra:

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Gianluca Masi, coordenador do projeto, explica que não foi fácil conseguir registrar o objeto porque o céu estava coberto de nuvens. “Tivemos que atrasar nossa transmissão várias vezes, mas tivemos sorte: em algum momento, o céu melhorou e, embora estivesse longe de ser decente, conseguimos identificar e rastrear esta rocha”, explicou.

Além da imagem, eles capturaram também uma sequência em timelapse, que mostra o movimento do asteroide a cerca de 28.500 km:

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O asteroide não atingiu nosso planeta, mas fez uma das maiores aproximações já registradas de um objeto do tipo. Apesar de ter ficado mais próximo da Terra do que grande parte dos satélites geossíncronos, a rocha não atingiu nenhum deles.

Saiba mais sobre o asteroide 2023 BU

Os cientistas não conheciam o asteroide 2023 BU até sábado (21). O astrônomo amador Gennadiy Borisov o descobriu com o Observatório MARGO e, depois, astrônomos usaram os dados do Centro de Planetas Menores, um projeto da União Astronômica Internacional, para calcular a órbita deles ao redor do Sol e trajetória na visita à Terra.

Devido às suas dimensões, a passagem do asteroide foi inofensiva para nós. Para colocar nosso planeta em risco, ele teria que, no mínimo, ser algumas dezenas de vezes maior — e, mesmo que tivesse atingido a Terra, o asteroide provavelmente teria se desintegrado pelo atrito com a atmosfera. Com sorte, poderia até deixar alguns meteoritos em solo.

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Davide Farnocchia, engenheiro de navegação do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, observa que objetos muito menores que o 2023 BU passam pela Terra regularmente. “Esse caso pode parecer excepcional, mas, na verdade, objetos de tamanho similar ficam próximos assim da Terra uma vez por ano, em média”, disse. “Então não é um evento excepcional. Não é um evento diário, mas é algo que acontece regularmente”, finalizou.

Fonte: NASAVirtual Telescope