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Conheça asteroides que já estiveram em direção à Terra e causaram medo

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Reprodução/CoolVid-Shows/Pixabay
Reprodução/CoolVid-Shows/Pixabay

Você já deve ter ouvido falar em um asteroide em direção à Terra, ou que iria se aproximar do nosso planeta. É comum que estas rochas espaciais se aproximem de nós e não há motivos para preocupação: no momento, a NASA e outras agências espaciais não conhecem nenhum asteroide perigoso que esteja em rota de colisão com nosso planeta.

Os asteroides são corpos celestes que orbitam o Sol e são de tamanhos variados. Hoje, os cientistas já conhecem mais de 700 mil deles, mas estimam haver milhões viajando pelo Sistema Solar. Quando o assunto são os objetos próximos da Terra (os chamados “NEOs”, na sigla em inglês), classificação de qualquer objeto cuja órbita se aproxima da órbita da Terra, o número cai para 27 mil.

Os cometas e asteroides que fazem suas aproximações máximas do Sol (periélio) a menos de 1,3 unidades astronômicas são NEOs. Já os asteroides que entram na classificação são chamados de “asteroides próximos da Terra” (NEAs). Os NEOs são monitorados pelo Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS), que determina o momento e a distância da Terra durante as aproximações.

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Asteroide em direção à Terra: 2016 CZ31 e 2013 CU83

Em julho de 2022, dois asteroides do tamanho de arranha-céus estavam vindo em direção à Terra. Um deles, chamado 2016 CZ31, tinha tamanho comparável ao de um prédio de 40 andares, e passou por nosso planeta a 55.618 km/h. Ele nos visitou a mais de 2 milhões de quilômetros de distância e seguiu viagem pelo espaço.

Um dia depois, foi a vez de 2013 CU83 aparecer nas proximidades do nosso planeta. Esta rocha espacial mede cerca de 180 m, estava viajando a mais de 21 mil km/h e passou por aqui a quase 7 milhões de quilômetros, a cerca de 18 vezes a distância entre a Terra e a Lua.

Asteroide em direção à Terra: 2022 NE e 2022 NF

Dois asteroides foram identificados a caminho da Terra na véspera da passagem, também em julho de 2022. Um O primeiro era o 2022 NE, uma rocha espacial com cerca de 6 m de extensão que passou por nosso planeta a 135 mil km, distância que representa cerca de 30% daquela entre a Terra e a Lua.

Já o asteroide 2022 NF, com 7 de extensão, chegou ainda mais perto: passou por nós a 89 mil km de distância, ou seja, a 25% da distância entre a Terra e a Lua. Embora não fossem passagens perigosas, as distâncias eram consideradas bastante curtas em termos astronômicos.

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Asteroide em direção à Terra: 2004 FU162

Em março de 2004, o asteroide 2004 FU162 passou discretamente pela Terra a apenas 6.500 km da superfície do nosso planeta. Ele tem entre 5 e 10 m de diâmetro e, naquele dia, fez a passagem pela Terra mais próxima para qualquer asteroide conhecido na época.

Mesmo que estivesse ainda mais perto e tivesse se aproximado mais do nosso planeta, ele provavelmente teria acabado queimado na atmosfera. “Ele teria causado um belo show de fogos de artifício”, disse Steve Chesley, membro do Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA.

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E se um asteroide perigoso vier em nossa direção?

Milhões de asteroides e cometas atingiram a Terra há cerca de 4 bilhões de anos em um intenso bombardeio. Felizmente, os NEOs perigosos são encontrados e monitorados pelos astrônomos, que conseguem calcular a probabilidade de atingirem nosso planeta com anos e até séculos de antecedência.

Não há asteroides de tamanho considerável em rota de colisão com o planeta em um futuro próximo, mas isso não significa que será assim para sempre. Assim, além de milhões de estudos dos objetos próximos da Terra, as agências espaciais investigam também técnicas de defesa planetária, para desviar asteroides perigosos a tempo.

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A NASA, por sinal, está testando uma técnica de defesa com a missão DART (Double Asteroid Redirection Test). A ideia da agência espacial é demonstrar uma tecnologia de impacto cinético por meio da colisão de uma sonda com o asteroide Dimorphos, que orbita Didymos, e alterar sua órbita. Nenhum dos dois está a caminho de colidir com a Terra, o que os tornaram ótimos alvos para o teste.

Fonte: Forbes, Earth Sky, Space.com, Astronomy