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Asteroide que explodiu girava mais rápido que qualquer outro

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Maio de 2024 às 12h11

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urikyo33/Pixabay
urikyo33/Pixabay

O asteroide 2024 BX1 explodiu sobre a Alemanha em janeiro girava mais rápido que qualquer outra rocha espacial conhecida. Pesquisadores liderados por Maxime Devogèle, físico da Universidade da Flórida Central, descobriram que o asteroide estava se movendo a 50 mil km/h e completava uma rotação a cada 2,6 segundos. 

A velocidade de rotação é maior que a do asteroide 2020 HS7, que tinha período de rotação de 2,99 segundos. Aquele objeto media entre 4 e 8 m, ou seja, era um pouco maior que o 2024 BX1.

Foi em 21 de janeiro que o asteroide 2024 BX1 entrou na atmosfera da Terra e se rompeu sobre Berlim, na Alemanha, e alguns dos seus fragmentos foram encontrados posteriormente. A rocha espacial foi descoberta quando faltavam apenas 3 horas para o impacto. 

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Mas, antes disso, Devogèle e seus colegas tiraram fotos dele — apesar de a rocha se mover a cerca de 50 mil km/h, ela tinha formato alongado que fazia com que as mudanças de brilho se destacassem nas imagens. 

As mudanças indicam que o asteroide tinha gira a cada 2,558 segundos, sendo rápido o suficiente para completar 30 mil voltas ao redor de si por dia. E, afinal, porque asteroides giram? Uma das causas são colisões com outros objetos.

De forma geral, as rochas espaciais com mais de 1 km de diâmetro não completam mais que um giro a cada 2,2 horas porque acabariam rompidas. Já os asteroides menores, como é o caso de 2024 BX1, o cenário é outro. "Eles têm força interna e, por isso, podem girar mais rápido", disse Devogele.

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Analisar o giro de asteroides do tipo é importante para a defesa planetária, pois revela aos cientistas o que aconteceria com o objeto após atravessar a atmosfera da Terra. "Se for duro, ele vai reagir de forma diferente do que se fosse um pedaço de floco de neve, que não tem força interna", finalizou o autor.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado no repositório arXiv, sem revisão de pares.

Fonte: arXiv, NewScientist