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Thor: Amor e Trovão | O que é a Necroespada e como ela se relaciona com o Venom

Por| Editado por Jones Oliveira | 09 de Julho de 2022 às 11h30

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Marvel Studios
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Um dos grandes destaques de Thor: Amor e Trovão, o novo filme do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês), é justamente o seu vilão. Vivido por Christian Bale, Gorr, o Carniceiro dos Deuses chega para ser a grande ameaça enfrentada pelo herói. Afinal, trata-se de alguém que perdeu tudo e que está disposto a ir até às últimas consequências em sua vingança contra os deuses.

Só que há um elemento a mais nisso tudo: a arma usada pelo personagem. Embora ela receba pouco destaque dentro do roteiro do longa, a Necroespada é a grande responsável por transformar Gorr no Carniceiro dos Deuses, dando uma série de habilidades que o ajudam em sua missão. Do caminhar pela sombra à invocação de criaturas bizarras, tudo está relacionado a essa arma tão única.

Ela é tão especial que o próprio filme já deixa isso claro. É mostrado que tanto Thor (Chris Hemsworth) quanto Zeus (Russell Crowe) conhecem e temem a Necroespada , descrevendo-a como uma das poucas formas capazes de matar um deus. Além disso, vemos que ela é senciente, ou seja, tem vontade própria e que foi ela quem escolheu Gorr para ser seu novo portador para dar continuidade à matança.

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Contudo, a história da Necroespada vai muito além disso. Nos quadrinhos, a arma teve a sua história ampliada e se relaciona tanto com o anti-herói Venom quanto com a própria criação do universo Marvel. E será que isso é uma dica do que está por vir no MCU?

A espada nos quadrinhos

A primeira vez que a Necroespada aparece nos quadrinhos é justamente no arco O Carniceiro dos Deuses, quando Gorr surge em diferentes pontos da linha temporal da Terra-616 matando diversos deuses. E, já nessa primeira aparição, há uma diferença substancial em relação àquilo que vimos no cinema.

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Ao invés de ser aquela espada clássica que a versão do MCU apresenta, a arma dos quadrinhos é muito mais como uma espécie de matéria escura que se integra ao corpo do vilão e se molda à sua vontade. Assim, quando ele vai matar Thor ou alguma outra divindade pelo caminho, adota a forma de uma lâmina acoplada ao seu braço.

Essa diferença é muito importante porque, na verdade, a Necroespada dos gibis está em quase todo o corpo de Gorr. Ela funciona tanto como arma quanto manto e também age como se fosse um ser senciente — exatamente como os simbiontes.

Isso porque estamos falando da mesma coisa. A Necroespada nada mais é do que Escuridão, o primeiro simbionte criado no início dos tempos e que foi moldado para se transformar em uma arma para caçar e eliminar todos os deuses de luz.

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Tanto que é assim que Gorr a encontra. Na história, o personagem é apenas um alienígena de uma raça devota aos deuses que vive em um planeta desértico. Depois de perder toda a sua família para a fome e para os desastres climáticos, ele nega a existência de forças maiores e é exilado de sua tribo para morrer sozinho. E é quando ele se depara com duas entidades lutando até a morte.

Trata-se de ninguém menos do que o Deus da Escuridão e um dos deuses de luz, que caíram naquele planeta em meio a um confronto que tomou a vida dos dois. Testemunhando isso, Gorr tem contato com a Necroespada e, como acontece com todo simbionte, passa a ser seu hospedeiro — o que implica em também ser influenciado por ela.

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Aí é aquela velha história: a fome encontra a vontade de comer e o ódio de Gorr apenas alimenta o propósito da espada, o que faz com que o recém-criado vilão siga em sua jornada de Carniceiro dos Deuses até ficar frente a frente com Thor. O resto é história.

No princípio era o Caos

Só que, para entender a origem da Necroespada , é preciso voltar um pouco mais no tempo — para a criação do mundo, para ser mais exato. Sabe aquela velha história de que, no início dos tempos, o mundo era um vazio e que as coisas surgiram a partir desse enorme caos? Pois na Marvel não é diferente.

Esse enorme nada antes da existência era o reino de Knull, o Deus das Trevas. Ele habitava tranquilo esse vácuo feito de nada quando, de repente, uma explosão de luz invade seus domínios e os Celestiais passam a criar o universo como conhecemos, dando início à existência.

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Vendo seu reino ser invadido, Knull revida e usa uma parte de si como arma para matar o que ele chama de deuses de luz. Esse pedaço é uma matéria escura feita da própria escuridão e que, mesmo separada, mantém ligações com o deus das trevas. É o primeiro simbionte, que é usado para matar alguns desses primeiros Celestiais.

Ainda assim, Knull é derrotado e exilado em meio ao seu próprio vazio. Durante esse período enclausurado, ele pegou esse primeiro simbionte banhado pelo sangue dos Celestiais para forjar uma arma para acabar com todos os seus inimigos. Foi quando ele criou a Escuridão, a nescroespada.

A partir disso, Knull passou a seguir em sua guerra contra os seres de luz, ao mesmo tempo em que partes de si se espalhavam e davam origem a mais simbiontes. E é em meio a uma dessas lutas contra seus deuses inimigos que ele é ferido e cai no planeta de Gorr e a Escuridão encontra um novo hospedeiro.

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Só que, por ser uma divindade tão antiga quanto à própria existência, ele não morre de verdade e dá um jeito de voltar e recuperar sua espada.

O que isso implica para o MCU

Embora nada disso seja abordado em Thor: Amor e Trovão, há vários indícios aqui e ali que deixam em aberto a possibilidade de essa história aparecer no futuro. A começar pelo próprio fato de que a Necroespada do filme também é senciente, chamando Gorr para dar continuidade a seu propósito. Tanto que, quando ele empunha a arma, vemos o corpo do vilão ser tomado por essa energia sombria — tal qual o simbionte.

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Além disso, ele também usa no MCU boa parte das mesmas habilidades que fazem parte do rol de habilidades da Necroespada dos quadrinhos. E isso é importante porque tanto o caminhar nas sombras quanto a invocação dos berserkers negros fazem parte dessa ligação da arma com Knull, o Deus das Trevas.

E antes que você diga que nada sobre essa história pregressa apareceu em Amor e Trovão, vale lembrar que toda a mitologia em torno da arma surgiu anos depois de sua primeira aparição no gibi do Thor. Em outras palavras, ainda pode ser explorado.

Até porque toda essa origem parece combinar com aquilo que o MCU vem apresentando ao longo dessa Fase 4. Eternos se preocupa bastante em apresentar toda a cosmogonia da Marvel e mostrar como os Celestiais são centrais dentro da ideia do surgimento da vida. Ao mesmo tempo, o próprio Amor e Trovão traz outras entidades cósmicas, como a Eternidade, e indica a existência de mais seres naquele salão onde acontece a luta final.

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Ainda não está claro como o MCU vai querer dar continuidade à história de Eternos ou se a aparição de Eternidade é uma pista do que está por vir ou só apenas uma participação isolada no filme, mas são peças que estão relacionadas e que poderiam levar para um surgimento de Knull em um futuro não tão distante assim. Caso Eternos 2 saia do papel um dia, ele é uma ameaça que seria capaz de oferecer algum perigo aos personagens, por exemplo.

Outra possibilidade nesse mesmo sentido seria com Guardiões da Galáxia Vol. 3. Ainda não sabemos quase nada sobre o fim da trilogia do grupo, exceto que teremos a participação de Adam Warlock (Will Poulter). E ainda que o herói dourado não tenha nada a ver com Knull, é fácil colocar os dois personagens frente a frente quando o Warlock é, basicamente, uma representação da luz no universo.

Além disso, há o próprio foco que a Marvel vem dando nas armas. Ainda em Eternos, há toda a brincadeira com Excalibur e, na cena pós-crédito, vemos a Espada de Ébano durante a breve interação entre o Cavaleiro Negro (Kit Harrington) e Blade (Mahashala Ali). E embora esses personagens pouco tenham a ver com esse lado cósmico da história, não seria nenhum desafio criar novas conexões — ainda mais quando vimos a arma amaldiçoada se comportar tão bizarramente quanto um simbionte.

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A grande incógnita, contudo, é se o Marvel Studios tem os direitos ou não de usar Knull nos cinemas. Isso porque o personagem tem ligações diretas com Venom, tendo aparecido pela primeira vez em uma revista do personagem. Dessa forma, pela lógica, os direitos do Deus das Trevas nas telonas ficaria com a Sony, que é quem cuida dos simbiontes e todo esse lado relacionado ao Homem-Aranha.

Só que não seria nenhuma surpresa a Disney aproveitar alguma brecha no contrato para driblar os advogados da Sony. Se ela conseguiu fazer isso com a Feiticeira Escarlate e o Mercúrio, que estavam sendo usados pela Fox em X-Men, imagine só com um personagem ainda inédito.