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Crítica Sex Education | Temporada 3 é a mais sexual e revolucionária até aqui

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Sex Education é uma das séries mais queridas da Netflix e acabou de ganhar a sua terceira temporada, que já está disponível em todos os episódios na plataforma de streaming. A trama que, como o próprio nome diz, aborda o sexo sem tabus, gira em torno de personagens adolescentes que estão descobrindo a sexualidade. Tudo isso em meio a muitas roupas coloridas para compensar os dias frios e cinzentos desta pequena cidade da Inglaterra.

Mas, além de muita pegação, a trama conquista o público por trazer questões extremamente importantes para os dias atuais, mostrando que os seus personagens não estão satisfeitos com pouco. A terceira temporada mostra essa questão na prática, quando a escola Moordale ganha uma nova diretora: Hope (Jemima Kirke). Ela não se mostra apenas uma pessoa careta, mas conservadora e preconceituosa, fazendo com que os alunos suportem suas ordens por pouco tempo.

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Atenção: esta crítica contém spoilers da 3ª temporada de Sex Education!

Ao longo das duas primeiras temporadas, Sex Education mostrou, de fato, os alunos de Moordale sendo educados em relação à sexualidade, ficando cada vez mais curiosos em conhecer os próprios corpos e entendendo cada questão que envolve o sexo — inclusive vivendo na prática a propagação de doenças. Então, na terceira temporada, eles mostram que já entendem a importância dessa educação e não aceitam desaforo.

Os novos episódios estão mais sexuais do que nunca, mas também muito mais maduros, desmistificando possíveis achismos de que falar sobre sexo é banal. A chegada da nova professora apenas ressaltou que, para uma adolescência saudável, é preciso educar para o sexo seguro, pois ele vai existir e não há como controlar a atividade dos hormônios nesta idade. A opção de castidade, que a diretora tentou implementar, obviamente gera desinformação e, consequentemente, problemas como doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, por exemplo.

A nova temporada também traz questões individuais de cada personagem, com destaque especial para o casal protagonista, Otis (Asa Butterfield) e Maeve (Emma Mackey), que acabaram se desencontrando no final da segunda temporada, mas se reencontrando ao final da terceira. Antes disso acontecer, no entanto, ambos se envolveram em outros relacionamentos que machucaram os envolvidos, mas nenhum deles foi banal, servindo para abrir o caminho para a sensibilidade e empatia.

Um dos desenvolvimentos de personagens mais interessantes de toda a trama é de Adam (Connor Swindells), que deixou de ser uma pessoa irritante para se tornar um jovem adorável que está permitindo, pela primeira vez na vida, ter sentimentos bons e manifestá-los. Parte desse amadurecimento se deve ao incrível personagem Eric (Ncuti Gatwa), com quem Adam começa a namorar e que o ajuda a despertar a sua verdadeira identidade. Ainda que eles não fiquem juntos no final, a série reforça a importância dos aprendizados que surgem com as pessoas que passam pelas nossas vidas.

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A terceira temporada de Sex Education se consagra, mais uma vez, como uma das melhores e mais interessantes produções da Netflix. A série mexe com os sentimentos de quem está assistindo enquanto aqueles jovens, e também os adultos, estão se descobrindo entre erros e acertos, ou seja, apenas vivendo. Trazendo questões de amizade, romance, trauma, sexo e identidade, os novos episódios acertam mais uma vez em contar histórias profundas e que trazem identificação.

Sex Education está disponível na Netflix em três temporadas.