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Ranking: todos os filmes de Star Wars, do pior ao melhor

Por| Editado por Jones Oliveira | 04 de Maio de 2022 às 09h00

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Divulgação/Disney
Divulgação/Disney

Eis que chega mais um “May, the 4th”! Ainda que aqui no Brasil a data “quatro de maio” não nos lembre instantaneamente Star Wars, a pronúncia em inglês traz a lembrança do início da icônica frase May the Force be with you, mais conhecida por aqui na sua versão traduzida: “Que a Força esteja com Você". De qualquer forma, o Star Wars Day é uma ótima desculpa para planejar uma maratona de Star Wars, franquia que merece muito ser vista e revista de tempos em tempos.

Isso porque, como a saga criada por George Lucas entrou em uma nova fase que também abraça novos e potenciais fãs, é importante apresentar as duas trilogias originais devidamente para entender os caminhos que a nova trinca de filmes tomou e a existência de séries como The Mandalorian, O Livro de Boba Fette Obi-Wan Kenobi.

Pensando nisso, o Canaltech resolveu rankear todos os filmes de Star Wars, do pior ao melhor, apontando os motivos de um e outro filme ser tão bom — ou tão ruim. E vamos começar a lista com um bônus que é tão ruim que não poderia deixar de ser citado, mesmo não fazendo parte do cânone.

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Bônus: The Star Wars Holiday Special (1978)

Lançado um ano após o primeiro filme, o especial de fim de ano de Star Wars não foi uma produção da Lucasfilm, mas da rede televisiva CBS, que licenciou a marca da saga para atrair mais atenção ao seu tradicional programa especial de Natal.

O filme é definitivamente o ponto mais baixo não apenas de toda a franquia Star Wars, mas também da TV americana como um todo. O resultado: uma mistura de imagens de arquivo não usadas por George Lucas no primeiro filme com aparições de celebridades da TV e números musicais — foi tão ruim que o criador de Star Wars simplesmente proibiu que o canal passasse reprises do especial ou mesmo o lançasse em formato VHS.

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Apesar de não ser uma obra considerada cânone desde antes de a Disney assumir, o filme possui um lugarzinho neste ranking por introduzir dois elementos que se tornariam importantes cânones para a série: a celebração do Dia da Vida (uma festa originária da cultura wookie no planeta Kashyyyk que parece uma mistura de Dia de Ação de Graças com o Natal, e que foi adotada por praticamente toda a galáxia) e o caçador de recompensas Boba Fett, que anos depois apareceria capturando Han Solo em O Império Contra-Ataca.

11. Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones (2002)

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Enquanto o especial de fim de ano é o pior filme de Star Wars disparado, O Ataque dos Clones também é disparado o pior entre todos aqueles que são considerados cânone. A segunda parte da conhecida “trilogia prequel” (os três filmes que contam a história da criação de Darth Vader e do Império e da queda da Ordem Jedi) é talvez o ponto mais baixo que um filme da saga tenha chegado, e não à toa não agradou nem à crítica, nem ao público.

No longa, vemos pela primeira vez o Anakin Skywalker de Hayden Christensen, que está sendo treinado por Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor) na filosofia Jedi e no manejo do sabre de luz. Apesar de ele mostrar alguns momentos muito importantes para a série, como o retorno oficial dos Sith na figura do Conde Dooku (Christopher Lee), o início das Guerras Clônicas e o primeiro passo de Anakin em direção ao Lado Sombrio da Força, o filme em si é mais lembrado pelas suas tramas sem nexo e pelo penteado horrível de Christensen, que combina demais com a falta de carisma que o ator traz para a figura de Anakin e do filme em si, que deixa a desejar como um todo.

E mesmo a cena mais legal da época do lançamento — a luta de Mestre Yoda contra o Conde Dooku — acabou envelhecendo mal, e reassisti-la hoje é um enorme fardo devido à qualidade do CG utilizado, que faz com que o filme pareça muitas vezes usar efeitos piores do que os da trilogia original da década de 1980.

10. Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma (1999)

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O primeiro filme da trilogia prequel foi um dos mais aguardados pelos fãs, muito pelo fato de que foi o primeiro filme de Star Wars lançado desde O Retorno de Jedi, somando-se 16 anos de espera por mais conteúdo da saga. Mesmo que o filme tenha sido um enorme sucesso de público na época, ele não se mantém como algo tão bom quando prestamos atenção nele com o distanciamento do tempo e sem aquela ânsia por qualquer coisa nova de Star Wars que nos acometia em 1999.

O filme tem o objetivo de começar a nos contar a história de quem é Anakin Skywalker, como ele se tornou o vilão Darth Vader e o que aconteceu para que o temido Império Galáctico fosse criado. Como George Lucas inspirou seu Império na ascensão de regimes fascistas reais, como os que ocorreram na Alemanha, Itália e Espanha durante o século XX, A Ameaça Fantasma nos traz o cenário que normalmente está na raiz de toda a mudança de uma democracia para uma tirania: a existência de gente rica que não quer pagar seus impostos.

Infelizmente, George Lucas dedica muito tempo para falar de reforma tributária galáctica, explicar o que são e a importância dos midichlorians e nos mostrar Jar Jar Binks sendo desastrado; e pouco tempo para realmente nos apresentar a Anakin Skywalker (Jake Lloyd) e para nos explicar a importância que Qui-Gon Jinn (Liam Neeson) teve na aceitação do jovem Skywalker como Padawan e na transformação de Obi-Wan Kenobi (McGregor) em um dos mais sábios Cavaleiros Jedi da Ordem.

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Mesmo assim, o filme possui algumas poucas cenas que o salvam de uma posição pior, como por exemplo o duelo de sabres de luz entre Obi-Wan, Qui-Gon e o Sith Darth Maul (Ray Park), que é uma das melhores cenas de luta de toda a saga.

9. Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019)

Visto apenas como um filme, A Ascenção Skywalker não deveria estar aqui, já que é um espetáculo realmente muito competente. De qualquer modo, alguma coisa aconteceu e este foi popularmente eleito como um dos piores momentos de todo o cânone, com fãs raivosos vociferando ofensas às mentes criativas. Particularmente, não considero tão tenebroso, mas como há obras Star Wars melhores para defender, tudo bem concordarmos que A Ascenção Skywalker merece o nono lugar da lista.

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Um dos maiores desafios de uma trilogia de filmes é se manter coesa mesmo quando cada filme é dirigido e roteirizado por uma equipe diferente, e essa coesão se torna uma tarefa impossível quando o principal objetivo do diretor é desfazer todos os arcos de história criados pelo filme anterior. Por isso, apesar de ser um dos filmes mais aguardados da última década, A Ascensão Skywalker já nasceu uma obra fracassada, pois perde muito mais tempo tentando desfazer os "erros" de seu antecessor do que propriamente desenvolvendo um capítulo final para a franquia.

O filme já seria uma obra estranha por si só, mas o fato de ele ser assim tendo a obrigação de fechar 42 anos de histórias da Saga Skywalker torna esse fracasso ainda mais doloroso. Ao ter medo de trazer qualquer coisa nova e ficar se escondendo no passado, ele não só entrega um filme sem graça, mas também tira muito peso dos sacrifícios feitos por Luke, Leia e companhia.

8. Star Wars: Episódio VI – O Retorno do Jedi (1983)

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Terceiro filme da trilogia original, O Retorno de Jedi tem algumas das cenas mais icônicas de Star Wars, além de ser o filme que introduz os Ewoks, uma raça de criaturinhas que se parecem com bichinhos de pelúcia e que praticamente “obrigou” Lucas a criar algo pior com Jar-Jar Binks para mostrar aos fãs que eles poderiam ter coisas bem piores com papel importante na trama.

Mais do que a história de Luke, O Retorno de Jedi marca o fim de toda a trajetória de Anakin Skywalker: ele, que abraçou o Lado Sombrio da Força pelo medo de perder sua amada, foi salvo pelo amor de seu filho, que o ajudou a se lembrar de quem ele realmente era e, no momento de sua morte, se redimir matando Darth Sidious (Ian McDiarmid) — e, ao morrer logo em seguida, acabar de uma vez com todos os Sith existentes, cumprindo, assim, a profecia de que ele seria o escolhido que traria equilíbrio para a Força.

Mas quem foi que disse que é preciso ser bom para ser icônico?

O Retorno do Jedi é uma bela amostra de um dos potenciais dos títulos Star Wars: há elementos incríveis o suficiente para fisgar espectadores, mas, ao mesmo tempo, não se sustenta como um excelente filme em si. Não importa o quanto amemos alguns personagens e a história, em algum momento veremos atuações, direção e montagens que, se não são ruins, são pelo menos muito bregas aos olhos contemporâneos. Bom ou ruim, Star Wars segue como uma obra que demanda reconhecimento e respeito.

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7. Solo: Uma História de Star Wars (2018)

Solo é um filme com um título que é duplamente importante, já que essa história Star Wars é uma aventura solo (um tipo de conteúdo que os fãs vinham pedindo há tempos) do personagem Han Solo (um dos mais amados da franquia). A expectativa era que o spin-off explicasse, entre outras coisas, porque o personagem se chamava Han Solo, como ele conheceu o wookie Chewbacca e o que foi a lendária Kessel Run que Han conseguiu completar em 12 parsecs. Certeza de sucesso né? Só esqueceram de combinar isso com os fãs.

Solo foi a grande prova de que a Disney precisava repensar toda a sua estratégia para os spin-offs da franquia. Primeiro que, apesar de os fãs pedirem alguns filmes solo, ninguém queria um filme do Han Solo em específico: o que o fandom sempre pediu foram filmes do Obi-Wan e do Boba Fett, e ninguém se interessava por saber o passado de Han Solo justamente porque parte do que fazia o personagem tão amado era ele ser um vigarista com passado desconhecido, o que permitia que qualquer um pudesse imaginar as histórias mais absurdas que transformaram Han no personagem incrível que ele é.

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Outro problema foi que a Disney não apenas tentou criar uma explicação para todo o passado de Han, mas pelo fato de ter escolhido muitas vezes a pior explicação — como, por exemplo, o fato de ele ter ficado conhecido como “Han Solo” porque, ao tentar fugir de um grupo de criminosos que o perseguia, ele se recrutou no exército Imperial e o responsável pela inscrição deu ao personagem o sobrenome “Solo” porque ele estava sozinho.

Junte a isso o fato de que o icônico Harrison Ford foi substituído por Alden Ehrenreich, não muito bem-recebido pelos fãs, que ficaram procurando pelos traços de Ford em sua atuação.

O trailer também nos mostra como a Disney já estava interessada em criar um faroeste com Solo, o que poderia ter funcionado realmente muito bem, mas acabou sendo melhor aproveitado em The Mandalorian. Com a má recepção de Solo, no entanto, perdemos o que pode ter sido uma das melhores escolhas de elenco da Disney para Star Wars: Donald Glover (Atlanta) como Lando Calrissian.

6. Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith (2005)

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Muitos hoje se lembram da trilogia prequel de Star Wars como “aqueles três filmes que não prestam”, mas isso não é verdade: ainda que o Episódio I e Episódio II estejam aquém do que esperamos para a saga, é no terceiro filme que George Lucas acerta a mão e nos lembra que ele ainda é o mesmo diretor que mudou a história do cinema.

Em A Vingança dos Sith, finalmente vemos a culminação de alguns dos eventos mais importantes da saga: a criação do Império Galático pelo Senador Palpatine (que já havia se revelado como o Mestre Sith Darth Sidious); o medo de perder o amor de Amidala (Natalie Portman) que leva Anakin a abraçar de vez o Lado Sombrio da Força; a execução da Ordem 66, onde o exército de clones trai os Jedi e, em questão de minutos, mata praticamente todos os membros da Ordem; a batalha entre Obi-Wan e Anakin, onde Obi-Wan “mata” seu antigo discípulo, que é revivido como um ciborgue e transformado no temido Darth Vader, um dos vilões mais icônicos da história do cinema.

Todos os elementos que faltaram nos dois primeiros episódios da trilogia prequel são encontrados aqui, e A Vingança dos Sith é um filme tão bom quanto qualquer outro da trilogia original. Ele se tornou quase que premonitório para o atual momento que vivemos no mundo hoje, sendo possível ver populações se deixando levar pelo medo e pelo ódio e apostando suas esperanças em líderes autoritários que lhes prometem segurança e o retorno aos “bons velhos tempos” com um punho de ferro.

Assim como George Lucas nos lembra, a liberdade costuma ser morta sob estrondoso aplauso, e essa é uma realidade cada vez mais próxima do nosso cotidiano e nos faz lembrar que o verdadeiro valor de todos os grandes filmes de Star Wars não está nas batalhas de sabre de luz ou nas sequências com naves espaciais, mas na metalinguagem e em como o filme consegue dialogar com preocupações reais de todas as gerações de fãs da franquia.

5. Rogue One: Uma História Star Wars (2016)

Quando a Disney retornou com a franquia na segunda metade da década de 2010, ela havia revelado que seu plano era lançar um filme da saga por ano, intercalando os episódios principais com filmes spin-off que entrariam em mais detalhes sobre algumas histórias e eventos que eram citados durante os filmes da Saga Skywalker — e Rogue One seria o primeiro desses spin-offs.

Rogue One é facilmente um dos melhores filmes da franquia e mostra a verdadeira força do universo criado por George Lucas. Pela primeira vez, não temos um protagonista Jedi que brande um sabre de luz, mas um grupo de protagonistas que encontram a força para enfrentar o Império não em si mesmos, mas no trabalho em equipe.

Ao invés de um filme baseado no cinema de samurai de Akira Kurosawa, onde guerreiros duelam pela honra, Rogue One é um filme de assalto ao melhor estilo Uma Saída de Mestre, em que um grupo de personagens diversos precisam aprender a transformar suas diferenças na vantagem necessária para completar o serviço: roubar a planta de construção da nova arma do Império, a mortal Estrela da Morte, capaz de destruir planetas inteiros com apenas um tiro.

Apesar de nós já sabermos exatamente como o filme vai acabar (afinal, em Uma Nova Esperança já é revelado que o grupo que roubou os planos da Estrela da Morte não conseguiu sobreviver à missão), o filme é bem-sucedido ao nos contar uma história de sacrifício que nos prende em frente à tela mesmo com a ciência do que nos espera ao final.

4. Star Wars: Os Últimos Jedi (2017)

Em Os Últimos Jedi, o grande trunfo do diretor Rian Johnson é nos mostrar toda a complexidade inerente a este universo que, até então, era meio que deixada de lado pelos filmes da saga. Ao nos revelar a tentação de Luke quando descobriu que seu sobrinho tinha tendências ao Lado Sombrio, somos mais uma vez lembrados da espécie de “maldição” dos Skywalkers, que, ao se deixar dominar pelo medo, acabam criando o cenário que tanto temiam.

Outro ponto onde vemos essa complexidade é no relacionamento entre Kylo (Adam Driver) e Rey (Daisy Ridley). Ambos começam a se aproximar quando Rey inicia seu treinamento com Luke e acabam até descobrindo vários pontos em comum — e se aliando para derrotar o Líder Supremo Snoke (Andy Serkis).

Mas, ainda que eles possuam muitas similaridades, o filme mostra uma diferença vital no modo como eles enxergam o mundo, o que os impede de estarem no mesmo lado: enquanto um acredita que são os mais fortes que devem ditar o destino dos mais fracos, o outro crê que todos devem ter a liberdade de escolher seu próprio caminho.

Ao mesmo tempo que nos faz pensar sobre os problemas da família Skywalker, o filme nos lembra que ela não é a única existente na galáxia e deixa claro que há vários outros usuários da Força, vários outros possíveis Jedi, vários outros possíveis heróis, que podem surgir de qualquer lugar da galáxia.

E, na polêmica revelação de que Rey é “filha de ninguém”, nos lembra que não é necessário ser parente de qualquer grande Jedi do passado para que alguém possa trilhar o caminho do herói, já que somos nós que escolhemos os caminhos que iremos trilhar na vida, e não um grau de consanguinidade ou qualquer relação existente com um fantasma do passado.

3. Star Wars: O Despertar da Força (2015)

Dez anos depois de A Vingança dos Sith, a saga Star Wars volta sob nova direção e pela primeira vez um filme da franquia foi desenvolvido sem o criador George Lucas no comando. Sob as asas da Disney, a empresa contrata o conhecido diretor J.J. Abrams (que, curiosamente, também já havia sido o responsável pelo reboot cinematográfico de Star Trek, um dos maiores “rivais” de Star Wars) para cuidar desse projeto e trazer a saga dos Skywalkers para o século XXI.

Conforme os primeiros trailers apareceram, os ânimos foram às alturas: os efeitos especiais haviam evoluído de maneira a permitir que finalmente aquele universo imaginado por Lucas pudesse ser transmitido para o público de forma fiel. Em 2015, o filme finalmente estreou nos cinemas e a recepção foi um tanto mais morna do que o esperado, mas isso tem mais a ver com os fãs do que com o filme em si.

O que a nova trilogia conseguiu fazer já no seu primeiro filme foi trazer a representatividade que faltava em Star Wars e adicionar a isso uma série de novos elementos que pouco a pouco se tornarão canônicos até para os fãs mais resistentes a mudanças. A partir de O Despertar da Força, a Força já não é mais dos escolhidos, iniciando uma era muito mais inclusiva, o que ajudou a franquia a ganhar ainda mais fãs.

2. Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança (1977)

Não importa qual elemento de Star Wars é o seu favorito: nada do que conhecemos hoje existiria sem o primeiro filme e é por isso que Uma Nova Esperança é um marco em si, merecendo uma posição no top 3 da lista. Originalmente lançado apenas com o nome de Star Wars, este é o filme que recebeu o título "Guerra nas Estrelas" aqui no Brasil.

O que George Lucas fez ao criar o universo Star Wars beira o milagre: com um orçamento de apenas US$ 4 milhões, o diretor criou toda uma odisseia espacial com efeitos especiais que ainda hoje, quando mostrados em televisões 4K, continuam sendo extremamente bem feitos e que, ironicamente, envelheceram muito melhor do que os efeitos especiais muito mais caros aplicados na trilogia prequel dos anos 2000.

Uma Nova Esperança não nos traz muitas novidades no quesito de história, e nos apresenta uma clássica “jornada do herói”. Ainda que o filme não apresente nada muito inovador na questão narrativa, é possível cravar que nenhum outro filme foi pensado da mesma forma depois de Star Wars, que é ainda hoje uma das produções mais lucrativas da história, arrecadando um total de US$ 775 milhões em bilheteria ao redor do mundo durante os dois anos em que esteve em cartaz nos cinemas — uma arrecadação sem precedentes para um filme que teve orçamento tão baixo.

1. Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca (1980)

O Império Contra Ataca é um dos capítulos da franquia que menos divide fãs e críticos, com quase todo mundo concordando que este é um bom filme. Para alguns, é o melhor.

Em 1977, George Lucas já havia mudado o mundo com Uma Nova Esperança, mas, em 1980, O Império Contra-Ataca mais uma vez surpreendeu ao mostrar as possibilidades de um filme. Isso porque, ao contrário do primeiro filme, o que o destaca dos demais de sua época não são as inovações técnicas, mas o modo como ele conta a história.

A cena da revelação de Darth Vader, quando ele diz ser o pai do Luke, é um dos plot twists mais famosos da história do cinema e mesmo pessoas que nunca assistiram ao filme conhecem a sequência, a frase de Vader ou pelo menos os memes com Luke.

De certa forma, O Império Contra-Ataca é o principal responsável pelo fato de Star Wars continuar sendo uma das franquias de maior sucesso do mundo, mesmo ficando décadas sem lançar absolutamente nada. O segundo filme da franquia ajudou a demonstrar que Guerra nas Estrelas não foi um golpe de sorte, estabelecendo o universo como um ícone atemporal, que poderá ser explorado por incontáveis gerações.

Mas, claro, os rankings não são teses definitivas sobre assunto algum e, na verdade, acabam sempre revelando a opinião pessoal dos seus autores. Você classificaria diferente?

Que a Força esteja com você!

*Colaboração de Laísa Trojaike com Rafael Rodrigues