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Netflix pode ganhar até US$ 1,6 bi ao cobrar por compartilhamento de senha

Por| Editado por Jones Oliveira | 24 de Março de 2022 às 14h30

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Unsplash/Souvik Banerjee
Unsplash/Souvik Banerjee
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A controversa ideia da Netflix de cobrar um valor adicional de quem compartilha sua senha pode gerar um ganho de mais de R$ 7,7 bilhões por ano para a empresa caso a política seja realmente adotada em todo o mundo. Isso porque, mais do que a cobrança, a estimativa é que a nova política aumente também o número de assinaturas do serviço.

O estudo foi feito pela analista de mercado Cowen & Co, que projetou os impactos da medida adotada inicialmente no Chile, Costa Rica e Peru caso ela se tornasse a nova norma do streaming. Assim, a empresa chegou ao número de US$ 1,6 bilhões levando em conta a taxa de US$ 2 a US$ 3 que a plataforma estuda aplicar.

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Esse número resultaria em um aumento de 4% na receita global que a Netflix estima para 2023 — o que, por si só, já mostra por que ela está tão interessada em adotar essa política tão controversa. Só que o mais interessante da análise é ver que essa taxa extra pode fazer com que mais gente decida assinar o streaming, contrariando a previsão de evasão de usuários.

Segundo a Cowen, a projeção é que pelo menos metade dos usuários que usam senhas compartilhadas passem a assinar a Netflix caso a medida realmente seja adotada. Em outras palavras, mais do que punir quem divide a conta, o principal efeito vai ser fazer com que esses “usuários clandestinos” regularizem a sua situação e tenham um conta própria — e pagando o preço cheio da assinatura.

Por essa razão, os analistas veem o movimento do streaming como uma “progressão natural” do mercado com impactos bastante positivos em sua base de usuários e em sua receita anual.

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Outras análises

Ao mesmo tempo, algumas incógnitas nessa mudança de postura da Netflix podem afetar os resultados e também trazem um pouco de ceticismo ao mercado. A grande questão é que os novos termos não deixam claro como diferenciar compartilhamento de conta indevida com uma divisão familiar ou mesmo com quem divide um apartamento, por exemplo.

Outra analista, a Benchmark Co, vê a cobrança como uma estratégia que canibaliza o crescimento de usuários e que dificilmente o crescimento de receita vai ser tão significativo a ponto de chegar perto dos 4% projetados pela Cowen.

Fonte: Variety