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5 motivos para NÃO assistir Morbius no cinema

Por| Editado por Jones Oliveira | 31 de Março de 2022 às 21h30

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Sony Pictures
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Morbius, chega aos cinemas nesta quinta-feira (31) depois de mais de um ano de adiamentos causados pela pandemia da covid-19, refilmagens e alguns outros problemas de produção. Contudo, visto o resultado final, esse atraso foi muito mais um livramento para os fãs de super-heróis do que realmente algo a ser lamentado.

Afinal, o novo filme do universo cinematográfico da Sony é uma tragédia do nível que ninguém iria lamentar caso o estúdio decidisse mudar a data mais uma vez para ajustar alguns pontos. Na verdade, é algo que até poderia fazer bem, principalmente se decidissem refazê-lo por completo.

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Parece exagero, mas são poucas as coisas no longa que funcionam e até a tentativa de conectar a trama ao sucesso de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa e Venom soa forçado e desconexo. Assim, mesmo para quem é apaixonado por esse universo e saiu empolgado com a última aventura do Amigão da Vizinhança, essa bomba é uma armadilha a ser evitada.

Por isso mesmo listamos aqui algumas razões para que você NÃO veja Morbius. Afinal, a gente sabe que o ingresso de cinema está caro, ninguém tem dinheiro sobrando e o próprio tempo é algo que você pode aproveitar melhor fazendo qualquer outra coisa.

5. História

Se você assistiu a algum trailer de Morbius, já viu tudo o que o longa tem a oferecer. Basicamente toda a trama existente está ali condensada em dois minutos: Michael Morbius (Jared Leto) é um médico com uma doença congênita que mistura seu DNA ao de um morcego para tentar encontrar uma cura, mas se transforma em uma espécie de vampiro. E é isso.

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É claro que há desdobramentos dessa situação e até o surgimento de um vilão, mas nada muito profundo. Na verdade, nada aqui tem profundidade, fazendo com que as coisas sejam jogadas na tela sem qualquer impacto ou importância.

O grande ponto é que Morbius simplesmente não tem ideia do que ele quer contar em seu roteiro. A princípio, parece que a ideia é focar na tragédia do médico que se transforma em um monstro, só que ele logo abandona essa abordagem para focar em algo mais voltado para o terror e o sombrio — e que abandona depois de duas cenas.

Então, o filme aposta no drama de dois irmãos que precisam se enfrentar, mas esquece de desenvolver esses personagens e faz com que o embate seja totalmente vazio. Por fim, tenta ser um filme clássico de super-herói e entrega cenas de ação pífias.

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A maior prova de que Morbius mal tem uma história é o modo como o filme acaba. Após a luta final entre o personagem e Milo (Matt Smith), o protagonista simplesmente sai voando e os créditos sobem. Não há qualquer tipo de fechamento ou conclusão pelo simples fato de que não há uma história para ser encerrada. É patético.

4. Venom piorado

Todo esse confronto entre Morbius e Milo segue uma estrutura que você certamente vai reconhecer: o monstro do bem precisa derrotar o monstro do mal que ele acidentalmente criou e que é muito mais cruel e mortal. Sim, Morbius segue a mesma estrutura narrativa de Venom, mas sendo bem pior.

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E isso é uma ofensa e tanto ao longa de Jared Leto, já que os dois Venom são excepcionalmente ruins. A diferença é que Tom Hardy e seu simbionte conseguem ser carismáticos, o que torna toda a galhofa minimamente divertida. Em Morbius, há uma tentativa de abraçar uma seriedade que só escancara como tudo é fraco e inconsistente.

Enquanto Venom representa o bom e velho “é tão ruim que dá a volta e fica bom”, Morbius não consegue nem isso. É só lamentável mesmo.

3. Atores desperdiçados

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Os fãs de super-heróis já pegam no pé de Jared Leto desde a sua interpretação do Coringa em Esquadrão Suicida. Só que, apesar do dedo podre do ator para escolher seus projetos, a gente sabe que ele é alguém realmente bom e que consegue entregar ótimas atuações quando é bem dirigido. Afinal de contas, ele é ganhador de um Oscar por Clube de Compras Dallas — o que não é pouca coisa.

E ele não é o único nome de peso presente em Morbius. O vilão Milo é vivido por Matt Smith, famoso por sua participação em Doctor Who e em The Crown, enquanto Jared Harris (Chernobyl) vive o médico Nicholas.

E o que esses atores renomados trazem para o longa? Absolutamente nada, já que é todo mundo tão mal aproveitado que a gente fica se perguntando se estamos mesmo diante de indicados ao Emmy e ganhadores do Oscar ali.

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No caso de Harris, é até injusto falar qualquer coisa. O seu personagem mal aparece na história, fazendo com que o ator seja só uma participação especial para tentar trazer algum pedigree à película.

Já Smith até tenta dar uma personalidade ao vilão Milo, mas a péssima construção do vampiro do mal não dá muito espaço para entendermos as motivações do personagem. A gente sabe que ele é alguém que quer aproveitar todos os benefícios da nova vida depois de anos preso em um corpo doente porque isso é básico, mas todo o conflito e o contraste com a figura contida de Michael Morbius é só pincelado.

E o próprio Jared Leto está bastante contido e quase irreconhecível. Tudo bem que o personagem exige algo mais recluso e menos escalafobético que o seu Coringa, mas a impressão que fica é que o ator não queria estar ali. Se bem que a gente também não quer estar diante da tela, então é um comportamento compreensível.

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2. Não empolga

Ok, ninguém vai ver filme de super-herói esperando encontrar um Hamlet e atuações dignas de premiação e palmas em pé em festivais. Só que o mínimo que a gente quer ver são cenas de ação divertidas e um bom uso de efeitos visuais para dar vida à loucura dos quadrinhos. E, mais uma vez, Morbius decepciona.

A luta entre Morbius e Milo é bem qualquer nota e soa muito mais como uma grande replicação de efeitos que foram usados à exaustão ao longo do restante do filme que faz com que o embate final não tenha impacto algum. É um exagero de câmera lenta para deixar até Zack Snyder com vergonha.

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Aliás, isso é algo que não faz sentido algum: o uso do slow motion serve para mostrar como Morbius vê o mundo quando usa sua supervelocidade. Só que estamos falando de dois vampiros com as mesmas habilidades, então não tem porquê um estar tão mais rápido que o outro. É o tipo de furo ao melhor estilo “minha velocidade da luz é mais rápida que a sua” de Cavaleiros do Zodíaco.

Para piorar, em uma tentativa de criar algo diferente e impactante para essa última luta, Morbius cria o famigerado Hadouken de morcego. Sim, ele simplesmente invoca centenas de milhares de quirópteros que habitam os esgotos de Nova York e joga todos eles contra Milo.

A justificativa para isso é que, por ter DNA de morcego, os animais veem Morbius como um deles e passam a responder aos seus comandos. Só que o vilão também usa a mesma fórmula e, em tese, também deveria ser acolhido pelos bichinhos, além de ser capaz de controlá-los. Só que os roteiristas estavam tão afim de querer se livrar dessa história que fingiram que nada disso era importante e só seguiram.

1. Cenas do trailer não estão no filme

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Vamos ser sinceros: a única razão para ver Morbius é entender como ele se conecta a Homem-Aranha: Sem Volta para Casa e Venom. Até porque os trailers trouxeram várias sugestões e cenas que levantaram perguntas sobre o modo como essas histórias estariam conectadas. Contudo, o filme é tão safado que nenhuma dessas sequências estão no corte final do longa.

Sabe aquele momento em que Morbius está correndo em frente de uma imagem do Homem-Aranha de Tobey Maguire? Não está presente. E o destaque dado ao prédio da Oscorp na paisagem de Nova York? Ficou de fora. E toda a interação entre o personagem-título e o vilão Abutre (Michael Keaton) que apareceu diversas vezes no material promocional? Ficou limitada a uma rápida cena pós-crédito.

É claro que todo esse conteúdo poderia estar em uma versão anterior do filme e foi cortado por diferentes motivos durante a edição e refilmagens, mas isso não evita a sensação de que os trailers foram enganosos e venderam algo que não está presente em momento algum da trama.

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A conexão com o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) é forçada e contraria o que o próprio Sem Volta para Casa apresentou e, em relação a Venom, tudo se limita a uma ou duas frases — e que, sem sombra de dúvida, não valem o ingresso.