Os 5 melhores filmes de James Cameron
Por Sihan Felix • Editado por Jones Oliveira | •

James Cameron é um cineasta curioso, mas não que seus trabalhos sejam curiosos por si, mas a sua trajetória daria um filme dos mais interessantes exatamente por ele mesmo ser inquieto e sempre um entusiasta de novidades.
O filme, que é cheio de simbolismos sociais, conta, em resumo, a história de uma jovem aristocrata (Rose – interpretada por Kate Winslet) que se apaixona por Jack (Leonardo DiCaprio), um artista gentil, mas pobre, a bordo do luxuoso Titanic, navio que viria a passar por uma situação catastrófica.
1. Avatar
Particularmente, o roteiro de Avatar me atrai em quase nenhum ponto. Quando assisti pela primeira vez, no cinema, em 2009, tive a sensação de ver uma história já repetida dezenas de vezes. Por outro lado, a consistência da direção de Cameron permanece inabalável… é como se estivéssemos cansados da mesma música cantada por mil cantores através das gerações e, de repente, surge alguém que consegue dar uma forma diferente à mesma canção.
Além disso, o filme foi (e é) uma inovação em termos de tecnologia para o cinema devido ao seu desenvolvimento com a visualização em 3D, alcançado por meio da filmagem com câmeras que foram feitas especialmente para sua produção.
De fato (e em minha opinião), somente três filmes se destacam pela utilização das três dimensões incorporada à linguagem cinematográfica: Avatar, Pina (de Wim Wenders, 2011) e A Invenção de Hugo Cabret (de Martin Scorsese, 2011). Nos três filmes, o 3D – assim como os efeitos visuais dos filmes de Cameron – não é um mero entretenimento ou uma distração; não é uma ferramenta que arremessa elementos no rosto do espectador; é claramente pensado para modificar a experiência.
Sendo assim, Avatar em 2D e em 3D são duas experiências diferentes. Nenhuma delas, para mim, elimina o roteiro-já-visto-antes, mas o fato é que o filme entrou com merecimento para a história por indicar novas possibilidades, algo que Cameron sempre tentou – e conseguiu – fazer.
Na história, um fuzileiro naval paraplégico é enviado para a lua Pandora e, lá, fica dividido entre seguir as ordens e proteger o mundo que ele sente ser a sua verdadeira (ou nova) casa.
Além disso...
Cameron também dirigiu um dos melhores e mais subestimados filmes de ação já realizados, quando retomou a parceria com Schwarzenegger: True Lies (que nem recebeu título nacional e ainda conta com uma impagável Jamie Lee Curtis). A produção tem uma limpeza e uma formalidade na escolha de planos e na decupagem que são características muito próprias do diretor.
Em sua carreira, existem também alguns documentários lindíssimos sobre a sua paixão pelas profundezas dos oceanos, poucos curtas-metragens e filmes menores, como Piranhas 2: Assassinas Voadoras (que codirigiu com Ovidio G. Assonitis e Miller Drake).
Cameron não é um diretor que lança filmes com frequência porque seus trabalhos dependem da inventividade. Parece que ele quer sempre ter algo novo para o cinema que justifique a feitura do filme. Se, por um lado, é uma pena porque perdemos de ver o seu trabalho como diretor, por outro o cinema lhe é muito grato – e continuará sendo –, visto que o nome de Cameron consta nos agradecimentos de quase 50 produções.
Agora, ficam aí as indicações e o espaço dos comentários para acréscimos e tudo o que desejarem. Tenho certeza que vocês conseguirão complementar e enriquecer tudo o que está aí.