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Crítica Elite | 4ª temporada do drama reseta história, mas mantém intensidade

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Após mais de um ano de espera, estamos a poucos dias de conferir a estreia da quarta temporada de Elite. Original da Netflix, a série espanhola de temática adolescente, mas imprópria para menores de idade, traz histórias de assassinatos, tráfico e consumo de drogas, traição, corrupção e sexo, se tornando um dos dramas de maior popularidade da plataforma de streaming.

Elite se passa na Espanha, abordando a vida luxuosa e cheia de ganância de adultos e jovens alunos do colégio Las Encinas. A premissa inicial da trama era abordar o assassinato de Marina (María Pedraza), o que foi completamente resolvido somente no fim da terceira temporada. Para os novos episódios, a promessa era dar continuidade nos caminhos dos personagens que ficaram, mas também abrindo espaço para a chegada de novos alunos e suas próprias jornadas.

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Atenção: esta crítica contém spoilers dos quatro primeiros episódios de Elite!

O Canaltech já conferiu os quatro primeiros episódios da quarta temporada de Elite, e logo no início a trama transmite a sensação de ser uma nova produção. O sentimento é de funcionar como se fosse uma Malhação, série brasileira que já está há 26 anos no ar e que a cada ano renova as histórias e personagens. Alguns alunos ficaram, mas bastou a chegada de quatro novos jovens, três deles sendo irmãos e o outro um príncipe, no sentido literal da palavra, para que diferentes enredos se tornassem focos.

A sensação de estarmos assistindo à outra série se esvai aos poucos, principalmente quando os rostos que já temos familiaridade passam a ganhar mais atenção. Inclusive, até mesmo o elenco antigo acaba transparecendo um certo desconforto de estar de volta à escola depois de tudo o que aconteceu. O que a série não perde, felizmente, é a intensidade dos dramas, que tinham tudo para serem forçados, assim como os figurinos extravagantes dos alunos e alguns diálogos surreais para a classe média ou baixa.

A quarta temporada da série também consegue a façanha de trazer várias novas informações e de forma espontânea, ao mesmo tempo em que tudo acontece sem pressa. Os novos alunos mal trocaram palavras com os veteranos e já estão envolvidos de forma romântica e sexual, com tudo acontecendo na maior naturalidade possível. O debate da diferença de classes também está presente no início da trama e deve seguir até o final, envolvendo o mesmo personagem do início, inclusive.

Desde o início, a série não hesita em apostar, digamos assim, na consumação dos relacionamentos entre aqueles jovens. Na quarta temporada, as cenas de sexo são ainda mais picantes e até um pouco explícitas, deixando de lado a teatralidade para ficarem mais próximas da realidade. As cenas são tão bem ensaiadas que, em alguns momentos, fica difícil entender como foi possível fazer tudo aquilo de mentira.

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As impressões iniciais dos novos episódios de Elite é a de que, apesar de novos enredos e personagens, a essência continuará a mesma, trazendo os mesmos dilemas e problemas, abordando a pior parte dos membros da elite espanhola. A premissa principal da temporada também se assemelha à dos episódios de estreia, apenas para não perder o costume. A trama continua entretendo do início ao fim seja pela história, estética ou ainda pela trilha sonora que embala a vida conturbada dos personagens.

Elite estreia oficialmente na Netflix no dia 18 de junho, em oito episódios no total.