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Crítica Ursinho Pooh: Sangue e Mel | Filme slasher peca no roteiro

Por| Editado por Jones Oliveira | 18 de Abril de 2023 às 18h00

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Reprodução/Jagged Edge Productions
Reprodução/Jagged Edge Productions

Aguardado por muitos fãs de terror e cinéfilos curiosos, o longa Ursinho Pooh: Sangue e Mel finalmente ganhou as telonas. Embora não esteja disponível em nenhuma sala de cinema brasileira, ele pode ser encontrado para download na internet. O longa foi dirigido, escrito e produzido por Rhys Frake-Waterfield e tem um argumento até interessante: trazer o famoso ursinho amado pelas crianças de forma maligna e assustadora. No entanto, o que poderia ser o filme do ano não passa de uma história mediana.

Para começar, a trama contextualiza o espectador sobre a história de Pooh, Leitão, Bisonho, e Abel; os amigos de Christopher que cresceram brincando com ele no Bosque do Cem Acres. Meio humanos e meio bichos, eles nutriram um amor imenso pelo menino que os alimentava diariamente. Acontece que a criança cresceu e virou um jovem que partiu para a faculdade e com isso acabou abandonando os amigos.

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Atenção! Esta crítica pode ter spoiler de Ursinho Pooh: Sangue e Mel

O resultado disso é que sem comida, eles tiveram que sacrificar o pobre burrinho para se alimentarem. Como consequência perderam o pouco da humanidade que tinham e se transformaram em animais selvagens movidos a sede de vingança e com um único objetivo: matar todos os humanos que cruzassem seus caminhos, especialmente Christopher.

Um começo morno, mas que promete

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Com essa premissa em mente, o público inicia o filme esperando ver a caçada de Leitão e Pooh pelo seu antigo amigo, mas logo no começo, o longa já mostra os dois monstros sequestrando Christopher e matando sua noiva com requintes de crueldade.

A partir daí, a trama toma um outro rumo e passamos a acompanhar um grupo de cinco jovens mulheres que alugam uma cabine no Cem Acres. O objetivo é distrair Alice, que está sendo perseguida por um stalker. E é assim que elas tomam a brilhante decisão de ir para um bosque cercado de perigos.

Sem surpreender muito, com poucos minutos de tela fica fácil entender que Ursinho Pooh: Sangue e Mel não terá o roteiro mais inteligente do mundo, mas há ainda esperança que as várias mortes que virão na sequência surpreendam.

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Um slasher banal

O que acontece, no entanto, é que o filme não entrega nada para o espectador além de mortes brutais. Pooh e Leitão usam da força física e de armas como correntes e martelos para amassarem as cabeças das mulheres, mostrando que o filme abusará do terror gore já visto em outras produções.

O que incomoda não são as mortes em si, e nem o grotesco em cena, mas o fato de que não há um clímax, não há tensão e, principalmente, não há roteiro. Frake-Waterfield perde uma grande chance de construir uma história que prenda a atenção e deixe um gancho para a sequência—que já está confirmada.

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Sendo assim, o slasher de, aproximadamente, uma hora e meia de duração não passa de um show de horror, tortura e sangue. Sem ter nenhum outro elemento que chame a atenção.

A atuação do elenco também não surpreende e é morna como todo o filme. Amber Doig-Throne (Alice), Maria Taylor (Maria), Natasha Rose Mills (Jéssica), dão à trama o que os personagens pedem, sem muitas firulas. Já Craig David Dowsett (Pooh) e Chris Cordell (Leitão) só têm a expressão corporal e grunhidos para se comunicarem, e fazem o básico: correm, batem e matam.

Nikolai Leon, por sua vez, dá vida a Christopher Robin, um dos protagonistas que pouco entra em cena, mas quando aparece agrada.

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Um filme sem final girl

Se for para destacar um ponto interessante de Ursinho Pooh: Sangue e Mel é o fato do desfecho chamar a atenção por não terminar com a famosa final girl (a garota sobrevivente) viva. Todo mundo morre! Com a única exceção para Christopher que deve aparecer no segundo filme. Ainda assim, o desfecho não é suficientemente impactante para despertar o desejo de continuar assistindo à saga.

O que se pode falar do longa de Frake-Waterfield é que o criador teve uma bela ideia, mas a executou mal, fazendo com que o resultado final fosse desinteressante. Agora, com o segundo filme confirmado, ele terá a chance de se redimir e fazer uma história que entregue muito mais do que apenas mortes.

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Enquanto o novo longa não chega, quem quiser assistir à Ursinho Pooh:Sangue e Mel para tirar suas próprias conclusões, já o encontra disponível para download na internet.