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Crítica A Princesa e a Plebeia 3 | O Natal pode aquecer até o mais frio coração

Por| Editado por Jones Oliveira | 24 de Novembro de 2021 às 10h50

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A Netflix achou uma verdadeira mina de ouro ao apostar em histórias que podem se dividir em dois ou três capítulos, sobretudo as românticas. Para Todos os Garotos que Já Amei e A Barraca do Beijosão dois exemplos de sucesso, que conseguiram atrair uma legião de fãs durante três anos para acompanhar o desenvolvimento maduro e afetivo de uma protagonista adolescente, mesclando com as demais problemáticas sociais e familiares da vida.

Quando A Princesa e a Plebeia chegou à Netflix em 2018, o sucesso foi instantâneo por diversos aspectos: há certo conforto e escapismo em filmes de Natal, seja pela atmosfera de fantasia que o cenário propõe ou pelas histórias de romance que acontecem debaixo do visco. Além disso, trazer Vanessa Hudgens para estrelar uma história de amor e comédia (logo depois de protagonizar o romance Um Passado do Presente) também mostrou ser um verdadeiro acerto e uma jogada comercial pra lá de boa, visto que a atriz fez seu nome durante anos na franquia High School Musical, da Disney.

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A história ainda segue uma outra fórmula de sucesso: colocar pessoas com aparências iguais em dinâmicas na tela, ou apenas trocando de lugar, como acontece em Operação Cupido (1998). Em 2020, o longa ganhou uma sequência que ainda introduzia uma Hudgens antagonista e fazia com que a atriz se desdobrasse em não apenas duas personagens como no primeiro filme, mas sim três pessoas totalmente diferentes.

Nova Aventura foi, de longe, o longa mais fraco da franquia que agora se encerra com o terceiro filme, As Vilãs Também Amam (cujo título permanece não fazendo sentido com a proposta inicial do longa). Agora com Margaret e Stacy desempenhando papéis importantíssimos na realeza de Belgravia, em Londres, as personagens precisam da ajuda de alguém com muita malícia para recuperar um importante item em tempo recorde para um evento nacional de Natal — e tudo isso agindo em paralelo da polícia local.

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Enquanto o filme dois pareceu ser idealizado, feito e resolvido às pressas, não é equivocado dizer que As Vilãs Também Amam não só pisa um pouco mais no freio para desenvolver sua história, como também traz um pouco mais de espaço para Fiona Pembroke, a vilã de Vanessa Hudgens. Em Nova Aventura, as três personagens tinham arcos diferentes, todos sendo retratados ao mesmo tempo, o que tornou a dinâmica uma verdadeira bagunça.

No filme três, o público pode conhecer um outro lado da personagem que até então atuava como uma mera antagonista das duas personagens principais. Na realidade, o espaço para Fiona é dado com tanto carinho e dedicação (não só pela direção de Michael Rohl como também pela atuação de Vanessa Hudgens) que veia principal da trama também acaba ficando um pouco de lado. Isso faz com que A Princesa e a Plebeia 3 entregue aquela atmosfera leve e romântica de Natal e se afaste da aventura infanto-juvenil, mais focado em ser uma história de amor e que flerta diretamente com o espírito natalino desse tipo de obra.

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Isso acaba funcionando de diversas formas e até resgata um pouco de vários elementos que fizeram o primeiro filme funcionar e ser um sucesso instantâneo. Apesar de ignorar um pouco as outras duas personagens de Hudgens e dar muito mais tempo de tela para a vilã de Fiona (que agora o Natal está enfim amolecendo seu coração de pedra), isso abre espaço para outros personagens também brilharem ao mesmo tempo em que interagem com a antagonista: Remy Hii, que interpreta aqui o interesse romântico Peter Maxwell; Florence Hall, que aqui interpreta a comparsa Mindy; Will Kemp, que vive o vilão Hunter Cunard; e Ricky Norwood, que vive Reggie.

Ao contrário de Nova Aventura, a sequência traz muito mais sintonia entre o elenco e seus personagens. Os acontecimentos ocorrem de maneira mais leve e abrem margem para situações cômicas e respiros entre eventos de bastante aventura. Também há a já familiar entrega e versatilidade de Vanessa Hudgens tanto na frente quanto por trás das câmeras, visto que atuando como produtora a atriz possui muito mais liberdade criativa no projeto.

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É claro que por mais que o filme ofereça esses momentos de bastante romance, os fãs dos últimos dois filmes não sairão frustrados: as dinâmicas de confusão propostas pela troca de identidade entre as personagens com a mesma aparência ainda acontecem e rendem cenas tão divertidas quanto em seus antecessores. Agora com os antagonistas do filme dois unindo-se aos mocinhos, um senso de equipe é criado por um bem maior, o que permite que os eventos tomem um rumo diferente e, consequentemente, até mais satisfatórios para a audiência.

A Princesa e a Plebeia 3 encerra-se com carinho e traz aquela mensagem tradicional de Natal. Tem muito romance, mas com o arco de redenção de Fiona fechando-se, o diretor Michael Rohl dá margem para entregar uma reflexão sobre família, explorando as camadas da personagem e seu relacionamento com a prima Margaret. Embora de duração mais longa que seu antecessor, o novo filme acontece de maneira mais fluida e mais leve, como o Natal tem que ser.

A Princesa e a Plebeia: As Vilãs Também Amam está disponível na Netflix.