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Como Homem-Formiga e Vespa: Quantumania define os rumos da Saga do Multiverso?

Por| Editado por Jones Oliveira | 25 de Agosto de 2022 às 20h00

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Marvel Studios
Marvel Studios

Agora que fomos finalmente apresentados aos planos da Saga do Multiverso, ficou mais fácil entender o que nos espera ao longo das próximas fases do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês). Não que alguém duvidasse que o vilão Kang, o Conquistador seria a grande ameaça aos heróis, mas agora ficou claro o que podemos esperar do futuro. Isso inclui, por exemplo, perceber que Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania pode ser o filme mais importante não só da Fase 5, mas de toda essa saga que já começou.

Parece um pouco absurdo dar todo esse crédito a uma aventura do Homem-Formiga. Só que já é uma loucura o bastante pensar que o herói vivida por Paul Rudd vai para seu terceiro filme-solo, o que só prova que normal e óbvio são coisas que já ficaram para trás há muito tempo.

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Brincadeiras à parte, Quantumania realmente tem o potencial de definir qual vai ser o tom que o MCU vai adotar daqui em diante e mostrar se devemos ter um nível de grandiosidade equivalente ao confronto com Thanos ou não — e tudo isso a partir de personagens que encolhem.

O enigma Quantumania

A importância do novo Homem-Formiga e a Vespa não é bem uma novidade. Antes mesmo da Marvel anunciar a Saga do Multiverso, os rumores já apontavam para a possibilidade de Kang ser o novo grande vilão do MCU depois do fim da Saga do Infinito e que ele iria fazer sua estreia em Quantumania. Assim, a confirmação de tudo isso só chancelou o peso que o longa vai ter.

Só que, quando Kevin Feige apresentou o cronograma do estúdio na última San Diego Comic-Con, ficou mais evidente a relevância do filme dentro da história que está sendo construída. E isso não só por causa da introdução definitiva de Kang — que já foi apresentado, de certa forma, em Loki —, mas por ditar o tom do que ainda está por vir.

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Primeiramente, vai ser em Quantumania que vamos ver do que o Déspota Temporal é realmente capaz. Sabemos que ele é alguém terrível e implacável por declarações de uma de suas variantes, mas ver isso em cena é bem mais impactante do que alguém dizendo.

Ao mesmo tempo, é bem possível que ele não seja o grande vilão da história e tampouco revele todo seu poder de uma vez — afinal, isso só deve acontecer mesmo em Vingadores: Dinastia Kang. Até porque também confirmaram o vilão M.O.D.OK. e a trama do longa segue sendo um enorme mistério. Ainda assim, a importância aqui está em mostrar o tamanho da ameaça e não entregá-la por completo.

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Basta lembrar que, com Thanos, foram seis anos de construção de universo entre o primeiro Vingadores e Guerra Infinita, o que permitiu que a gente soubesse bem quem era o Titã Louco e o quão perigoso ele poderia ser. Por outro lado, apenas três anos vão separar Quantumania de Dinastia Kang, o que também pode fazer o MCU acelerar um pouco mais essa demonstração de força e urgência.

Definindo as regras

Só que, mais importante do que tudo isso, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania vai ser o filme responsável por estabelecer as regras que vão valer para o resto da Saga do Multiverso. Como estamos falando de um vilão que controla o fluxo do tempo e existe em todas as linhas temporais e universos, é preciso deixar claro quais as implicações disso para que toda a história funcione.

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Nos quadrinhos, Kang é um personagem bastante confuso de acompanhar porque o seu poder sempre beirou o impossível. Em linhas gerais, ele é o tipo de personagem imortal, já que sempre ressurge de forma milagrosa sempre que é derrotado. Quando os heróis acreditam que o derrotaram, eis que surge uma variante do futuro ou do passado para dar continuidade aos seus planos.

Por um lado, essa é uma característica perfeita para mostrar o quanto o vilão é invencível. Tanto quanto o próprio tempo, ele é quase uma força da natureza que não pode ser impedida. Por mais que ele seja morto, uma versão alternativa logo aparece para mostrar que todo aquele esforço foi inútil.

E isso é algo que Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania pode já deixar claro. Caso ele seja realmente a grande ameaça do filme, podemos ver de início o tamanho do poder de Kang. Imagine o impacto que seria ver Scott Lang e Hope Pym (Evangeline Lilly) sofrerem para derrotar o Déspota Temporal para, no instante seguinte, ele ressurgir e mostrar que todo o esforço foi em vão. Seria uma boa demonstração do que ele é capaz de fazer.

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Ao mesmo tempo, isso também joga sobre o longa a responsabilidade de estabelecer as regras para os poderes de Kang. Especula-se que a trama vai passar pelo Reino Quântico e explorar melhor esse conceito, conectando-o ao multiverso e às viagens temporais — algo que já tinha sido sugerido antes e usado em Vingadores: Ultimato. Só que o MCU falhou em tornar essas explicações compreensíveis e pode ser que Quantumania tenha que redefinir o que vale e o que não vale nessas viagens, pois isso vai estabelecer o que Kang pode fazer e como os heróis podem derrotá-lo no futuro.

Abrindo a Fase 5

Por isso tudo, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania tem tudo para ser um dos filmes mais importantes da Saga do Multiverso — não por acaso, foi escolhido para abrir a Fase 5 do MCU. Até agora, a Fase 4 serviu muito mais para plantar as sementes para essa história e apresentar novos personagens, além de mexer no status quo de alguns veteranos. Assim, o que Scott Lang e Hope Pym terão que fazer é dar um novo norte para a grande narrativa que já começou a ser desenhada.

Desde o fim da Saga do Infinito, os fãs criticam a Marvel pelo rumo pouco claro de seus filmes mais recentes. É natural, já que todo mundo quer continuar vendo algo épico, mesmo com as histórias ainda preparando o terreno. Pois Quantumania deve marcar essa virada de página, mostrando o que diabos está por vir. Já não era sem tempo.