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Samsung anuncia tela OLED com definição 30 vezes maior que a Retina, da Apple

Por| 26 de Outubro de 2020 às 16h45

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Reprodução/Samsung e Stanford
Reprodução/Samsung e Stanford
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4K, 8K… Ao que tudo indica, a resolução de telas ainda tem muito espaço para crescer. A Samsung e a Universidade de Stanford, dos EUA, anunciaram um novo painel OLED que alcança uma densidade de pontos de 10.000 ppp (pontos por polegada). O número faz a tela de qualquer celular parecer uma TV de tubo. Para efeito de comparação o display Retina no iPhone 4 tinha “modestos” 326 ppp, enquanto o novo iPhone 12 Pro Max usa um componente com 458 ppp.

Nem mesmo o celular com a tela de melhor definição do mercado, o Sony Xperia 1 II, chega perto do valor. A resolução 4K no painel OLED de 6,5 polegadas do aparelho resulta em uma densidade de "apenas" 643 pixels por polegada.

Segundo os responsáveis pelo novo componente, em simulações, a densidade de pontos chegou a até 20.000 ppp. Antes disso, porém, o nível de brilho começa a ser afetado pela dimensão dos pontos na tela.

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Realidade menos virtual

Os cientistas responsáveis pelo novo painel, anunciado no site da revista Science, acreditam que o componente tenha um potencial de uso em sistemas de realidade virtual. Por ficarem bem próximos dos olhos, as telas usadas nos capacetes precisam de uma alta densidade de pontos.

Capacetes com baixa definição causam o chamado “screen-door effect” (efeito de tela de porta ou efeito mosquiteiro, em tradução livre), que acontece quando é possível ver as divisões entre os pixels. Além disso, uma maior definição de imagens nos sistemas de RV aumenta a sensação de imersão, ainda que não seja necessária a densidade de pontos citada pela Samsung.

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O novo painel funciona com camadas empilhadas de materiais um pouco mais complexos que as atuais. Um filme OLED emite uma luz branca entre duas camadas refletivas, uma delas repleta de pilares microscópicos, com uma concentração de 10.000 por polegada.

Cada um desses pilares de luz é dividido em quatro subpixels, capazes de refletir uma cor específica — azul, vermelho ou verde, este último com dois subpixels. Quando a luz atravessa a segunda camada refletiva, os pesquisadores afirmam que ela carrega o dobro da eficiência de luminescência (quantidade de luz) do que telas OLED tradicionais, além de cores mais puras.

Ainda é cedo para imaginar um componente do tipo sendo usado em aplicações domésticas, pois mais complicado do que trazer a tela ao mercado seria processar os gráficos para alimentá-la. Para referência, a tela 6K do monitor Apple Pro Display XDR tem uma densidade de 218 ppp e exige uma placa de vídeo topo de linha, na casa de R$ 6.000, para rodar games a uma velocidade aceitável. Por isso, é melhor não apostar em ver a tecnologia nas lojas tão cedo.

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Fonte: IEEE Spectrum