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Armazenamento holográfico: entenda a tecnologia que a Microsoft quer adotar

Por| 30 de Setembro de 2020 às 11h33

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PhotoPin/ FutUndBeidl/ Flickr
PhotoPin/ FutUndBeidl/ Flickr
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Por mais que o armazenamento holográfico seja uma tecnologia antiga, ela ainda está na cabeça e nos planos das gigantes da tecnologia. Prova disso é que a Microsoft pensa em utilizar essa técnica em seu sistema de armazenamento na nuvem, o que seria um enorme avanço no modo como guardamos arquivos. O projeto da gigante de Redmond chama-se HSD Project, com a sigla significando Holographic Storage Device, ou Dispositivo de Armazenamento Holográfico na tradução livre.

Para tal, um grupo de pesquisa foi formado em colaboração com a Microsoft Research Cambridge para resolver os principais problemas dos dispositivos contemporâneos de armazenamento em nuvem utilizando a técnica holográfica. A missão desses profissionais é entender como essa tecnologia antiga pode ajudar no trabalho na nuvem.

De acordo com o pesquisador sênior da Microsoft, Benn Thomsen, o paralelismo inerente do armazenamento óptico, combinado com os avanços recentes no campo, significa que o armazenamento holográfico de dados tem potencial de desbloquear uma nova era de inovação na nuvem. “Reimaginar o armazenamento holográfico para a nuvem, onde temos a liberdade de inovar e trazer ideias de outros domínios para tornar esta uma tecnologia viável, é muito empolgante”, afirmou Thomsen em entrevista ao ZDNet.

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Uma das principais vantagens do armazenamento de dados holográficos em relação aos formatos convencionais de nuvem é que os hologramas podem ser apagados com luz ultravioleta, fazendo com que esses locais sejam infinitamente regraváveis. A Microsoft quer aproveitar essa propriedade para usar o armazenamento holográfico sempre que os dados são carregados, modificados e excluídos com frequência na nuvem. A empresa já está trabalhando separadamente para usar o vidro como meio de armazenamento de dados de arquivo.

Como funcionaria?

A técnica da Microsoft começa codificando uma página de dados em uma imagem 2D. Este é, então, transformado em um feixe por meio de um modulador de luz espacial, que é um dispositivo muito semelhante à tela de um smartphone convencional. Depois que a luz passa pela imagem, ela resulta em um feixe de dados que, junto com um feixe de referência, é direcionado a um cristal de sal especial conhecido como rede de niobato de lítio.

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O grupo explica que um ingrediente chave para um melhor armazenamento holográfico é a chegada da tecnologia de câmeras de alta resolução da indústria de smartphones, que permitiu mover tarefas complexas, como a correspondência de pixels do hardware ótico para o software.

"Antigamente era necessário usar uma lente complexa para obter correspondência individual de pixels do dispositivo de exibição para a câmera e maximizar sua densidade. Hoje podemos alavancar câmeras de alta resolução comuns e técnicas modernas de deep learning para mudar a complexidade para o domínio digital. Isso nos permite usar lentes mais simples e baratas sem correspondência de pixel e compensar as distorções com hardware e software simples", disse o grupo ao ZDNet.

Essa interação entre os dois feixes produz um padrão de interferência exclusivo dentro do cristal, e vários padrões podem ser armazenados no mesmo volume, alterando o ângulo do feixe de referência. Para recuperar as informações armazenadas, o feixe de referência é novamente direcionado para a rede no mesmo ângulo.

Fonte: TechRadar, ZDNet