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Como o cérebro de pessoas deprimidas responde ao estresse? Estudo explica!

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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microgen/envato
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Como o cérebro de uma pessoa com depressão reage ao estresse? Pensando nessa questão, pesquisadores da Emory University (EUA) lideraram um estudo com imagens do cérebro para identificar diferenças antes e depois de os participantes se submeterem a tarefas estressantes. 

O grupo acompanhou os participantes por quatro semanas para avaliar regularmente os resultados esperados para as atividades diárias. O estudo se concentrou nas diferenças no glutamato  (um dos neurotransmissores mais importantes do nosso sistema nervoso) dentro do córtex pré-frontal medial antes e depois dessas tarefas.

Os pesquisadores apontam que, de muitas maneiras, a depressão é um transtorno ligado ao estresse, e que 80% dos primeiros episódios depressivos são precedidos por um estresse crônico significativo da vida. O grupo ainda menciona que, ao estabelecer isolamento para muitas pessoas, a pandemia aumentou a quantidade de estressores graves e ameaças existenciais, combinação que coloca muitas pessoas em alto risco de ficarem deprimidas. Inclusive, o Canaltech já fez um especial sobre os impactos da pandemia à saúde mental (parte 1; parte 2).

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Dentre os 88 participantes do estudo, estavam pessoas sem transtorno mental e pacientes não medicados com diagnóstico de transtorno depressivo. Os participantes foram entrevistados sobre o estresse recente percebido em suas vidas antes de passarem por experimentos usando uma técnica de ressonância magnética.

Enquanto estavam no scanner, os participantes eram solicitados a alternar entre a execução de duas tarefas: colocar a mão em água gelada e fazer a contagem regressiva a partir do número 2.043 enquanto alguém avaliava sua precisão. Os exames cerebrais antes e depois dos estímulos mediram o glutamato no córtex pré-frontal medial.

Em indivíduos saudáveis, o estudo revelou que a alteração do glutamato em resposta ao estresse no córtex pré-frontal medial foi prevista pelos níveis individuais de estresse percebido recentemente. Participantes saudáveis ​​com níveis mais baixos de estresse mostraram aumento do glutamato em resposta ao estresse, enquanto participantes saudáveis ​​com níveis mais elevados de estresse mostraram uma resposta reduzida do glutamato.

Ao longo de quatro semanas, os participantes relataram seus resultados para as atividades diárias. Os resultados mostraram que as alterações do glutamato que eram maiores do que o esperado com base no nível de estresse percebido de um indivíduo previam um aumento da perspectiva pessimista (uma marca registrada da depressão). O estudo pode ser acessado completamente aqui

Fonte: Emore University via Futurity