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Como o cérebro de pessoas deprimidas responde ao estresse? Estudo explica!

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Junho de 2021 às 16h30

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microgen/envato
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Como o cérebro de uma pessoa com depressão reage ao estresse? Pensando nessa questão, pesquisadores da Emory University (EUA) lideraram um estudo com imagens do cérebro para identificar diferenças antes e depois de os participantes se submeterem a tarefas estressantes. 

O grupo acompanhou os participantes por quatro semanas para avaliar regularmente os resultados esperados para as atividades diárias. O estudo se concentrou nas diferenças no glutamato  (um dos neurotransmissores mais importantes do nosso sistema nervoso) dentro do córtex pré-frontal medial antes e depois dessas tarefas.

Os pesquisadores apontam que, de muitas maneiras, a depressão é um transtorno ligado ao estresse, e que 80% dos primeiros episódios depressivos são precedidos por um estresse crônico significativo da vida. O grupo ainda menciona que, ao estabelecer isolamento para muitas pessoas, a pandemia aumentou a quantidade de estressores graves e ameaças existenciais, combinação que coloca muitas pessoas em alto risco de ficarem deprimidas. Inclusive, o Canaltech já fez um especial sobre os impactos da pandemia à saúde mental (parte 1; parte 2).

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Dentre os 88 participantes do estudo, estavam pessoas sem transtorno mental e pacientes não medicados com diagnóstico de transtorno depressivo. Os participantes foram entrevistados sobre o estresse recente percebido em suas vidas antes de passarem por experimentos usando uma técnica de ressonância magnética.

Enquanto estavam no scanner, os participantes eram solicitados a alternar entre a execução de duas tarefas: colocar a mão em água gelada e fazer a contagem regressiva a partir do número 2.043 enquanto alguém avaliava sua precisão. Os exames cerebrais antes e depois dos estímulos mediram o glutamato no córtex pré-frontal medial.

Em indivíduos saudáveis, o estudo revelou que a alteração do glutamato em resposta ao estresse no córtex pré-frontal medial foi prevista pelos níveis individuais de estresse percebido recentemente. Participantes saudáveis ​​com níveis mais baixos de estresse mostraram aumento do glutamato em resposta ao estresse, enquanto participantes saudáveis ​​com níveis mais elevados de estresse mostraram uma resposta reduzida do glutamato.

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Ao longo de quatro semanas, os participantes relataram seus resultados para as atividades diárias. Os resultados mostraram que as alterações do glutamato que eram maiores do que o esperado com base no nível de estresse percebido de um indivíduo previam um aumento da perspectiva pessimista (uma marca registrada da depressão). O estudo pode ser acessado completamente aqui

Fonte: Emore University via Futurity