Missão Impossível 7 | Quais filmes assistir antes de Acerto de Contas: Parte 1
Por Durval Ramos • Editado por Jones Oliveira |
Depois de muita espera, Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1 finalmente chega aos cinemas no dia 13 de julho. O longa marca o retorno de uma das maiores e mais populares franquias de ação e espionagem, mas também traz à tona aquela velha dúvida de quais filmes é preciso assistir antes de conferir a estreia.
Afinal, estamos falando de uma série que chega ao seu sétimo longa e que está prestesa completar seu trigésimo aniversário. São quase 13 horas de perseguições, tiroteios, explosões e de Tom Cruise se arriscando desnecessariamente pelo bem do entretenimento. Por isso mesmo, não há como culpar quem quer ver apenas o básico para entender quem o herói Ethan Hunt precisa prender no novo filme.
A boa notícia é que a saga Missão: Impossível tem vários pontos de entrada a depender do tempo e da disposição de quem vai assistir. É claro que o ideal seria que a pessoa fizesse a maratona completa, mas é possível compreender tudo no novo longa assistindo apenas três ou quatro capítulos da franquia.
A trilogia final e a ordem mais curta
Caso você queira economizar tempo e não esteja tão afim de uma grande maratona, o ponto de entrada mais rápido para aproveitar todas as histórias de Acerto de Contas: Parte 1 é a partir do quinto filme. É a partir de Nação Secreta que você vai conhecer o básico de cada um dos personagens e entender as relações existentes entre cada um deles.
São dois pontos centrais dessa trilogia express que estão presentes em Missão: Impossível 7. A primeira delas é a desconfiança do governo dos Estados Unidos com o herói Ethan Hunt ao ver seus planos cada vez mais ousados como um sinal de rebeldia.
Essa é uma temática que começa a se desenhar em Nação Secreta e que é bem presente em Efeito Fallout. Assim, quando a gente vê o protagonista ser caçado pelas equipes de segurança dos EUA como um terrorista, entende que essa é uma reviravolta que não surgiu do nada e que já vinha sendo construída há mais tempo.
Além disso, há a figura da personagem Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), que é apresentada no quinto filme e se torna uma espiã recorrente desde então. E, mais uma vez, vemos toda a construção da sua personalidade, da sua postura sempre dúbia e o próprio relacionamento com Ethan Hunt sendo desenvolvidos ao longo dessa mini trilogia.
Em comum, os três últimos Missão: Impossível têm o fato de serem dirigidos por Christopher McQuarrie, o que justifica todas essas semelhanças e a grande continuidade que é trabalhada nessas produções. Não por acaso, a figura da Viúva Branca (Vanessa Kirby) surge um tanto deslocada em MI6, mas é fundamental dentro da história de Acerto de Contas: Parte 1.
Então, se você está com pouco tempo ou paciência, pode ver apenas Nação Secreta e Efeito Fallout antes de correr para Missão Impossível 7, pois eles são os capítulos essenciais para o sétimo filme.
A vida amorosa de Hunt e a formação da equipe
Se você quer um pouco mais de contexto e saber quem é quem em tela, pode retroceder um pouco mais e acompanhar a franquia a partir de Missão: Impossível 3. Foi a partir do longa dirigido por J.J. Abrams que a série deixou esse caráter mais episódico que vinha sendo construído para pensar em uma continuidade real.
Não por acaso, MI3 é o capítulo mais referenciado de toda a saga. Ao mostrar um Ethan Hunt para além da IMF, a organização para a qual trabalha, somos apresentados à sua noiva Julia (Michelle Monaghan), que desempenha um papel fundamental na história do protagonista desse ponto em diante.
O relacionamento dos dois é algo que vai reverberar em um dos dilemas principais de Protocolo Fantasma, o quarto filme, e retorna em Efeito Fallout. Já em Acerto de Contas: Parte 1, embora a personagem não retorne, o casamento dos dois é relembrado e usado em uma das partes mais emotivas do roteiro.
Aliás, o relacionamento traumático dos dois é usado também para que o governo dos EUA passe a justificar por que Ethan teria surtado e virado um suposto agente rebelde nos capítulos seis e sete da franquia. Então, se você quer entender melhor essa trama pregressa, Missão Impossível 3 é um ponto de entrada excelente.
Além disso, é neste terceiro título que Benji (Simon Pegg) faz sua estreia na franquia. Ela é um dos hackers da equipe de Hunt e se torna uma das figuras centrais do time já a partir de Protocolo Fantasma. Assim, é uma boa maneira de conhecê-lo e conferir seu potencial na frente de uma tela.
Falando no quarto longa, ele é o que tem a aventura mais isolada dentro desses capítulos mais recentes da série. Ainda assim, ele é muito divertido e apresenta o personagem de Jeremy Renner (Gavião Arqueiro), que vive um analista de inteligência que se torna parte do time.
Vale a pena ver os primeiros Missão Impossível?
A não ser que você queira maratonar a franquia completa, os dois primeiros Missão Impossível são filmes que você pode pular sem grandes prejuízos narrativos. Como dito, eles funcionam muito mais como episódios e trazem aventuras divertidas e empolgantes, mas que não compõem essa grande trama.
O primeiro Missão Impossível vale muito a pena por ser o começo de tudo e ter uma história fechada que funciona até hoje. Cinéfilo ou não, todo mundo reconhece aquela cena de Ethan Hunt se pendurando nos cabos e toda a tensão construída em torno dessa sequência é algo que não deixa nada a desejar aos capítulos mais recentes da série.
Já Missão Impossível 2 é a iteração mais isolada de toda a saga e que os próprios fãs costumam fazer questão de esquecer que existe. O longa dirigido por John Woo (A Outra Face) é bem datado e exala o espírito dos anos 2000, com atuações bem exageradas, um excesso de câmera lenta incômodo e sem trazer nada que impacte a história de Ethan Hunt, da IMF ou de qualquer outro personagem.