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Indiana Jones e a Relíquia do Destino | O que esperar do último filme do herói

Por| Editado por Jones Oliveira | 28 de Junho de 2023 às 19h10

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Lucasfilm
Lucasfilm

Depois de 15 anos desde seu último filme, Indiana Jones volta para uma quinta e última aventura. O novo Indiana Jones e a Relíquia do Destino chega não apenas para mostrar que o herói segue em ótima forma mesmo com a idade avançada, mas também para encerrar a saga de um dos ícones do cinema.

Por isso mesmo, o novo capítulo da franquia é também o mais emotivo. Isso é algo presente já nos trailers, que adicionou à trilha sonora nostálgica notas melancólicas dessa despedida. E esse é um sentimento que atinge não só o público e fãs do protagonista, mas também o elenco do próprio filme.

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Afinal, o adeus do velho Indy é também a saída de Harrison Ford de um dos papéis mais marcantes de toda sua carreira. Embora tenha sido também Han Solo em Star Wars e Deckard em Blade Runner, foi com o arqueólogo de chapéu e chicote que o ator eternizou sua imagem no cinema.

Agora, aos 80 anos, ele se arma mais uma vez com seu icônico visual para mostrar que ninguém nunca está velho demais para socar nazistas — além de deixar claro o quanto vamos sentir falta desse herói ranzinza.

Qual a história de Indiana Jones e a Relíquia do Destino

É claro que a despedida dá o tom de Indiana Jones e a Relíquia do Destino, mas o novo filme é muito mais do que esse adeus ao personagem. Na verdade, por tudo o que já foi mostrado do longa, a trama abraça esse tom já em seu início como desculpa para fazer o velho Indy embarcar em uma última e derradeira aventura.

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A história traz um Indiana Jones às vésperas de se aposentar e deixar para trás sua vida de professor universitário. Depois de décadas lecionando e de uma vida de aventuras, chegou a hora de finalmente descansar — mesmo que isso signifique encarar um mundo que avançou rápido demais para o seu gosto e que o trata como uma velharia.

De acordo com Harrison Ford, esse momento da vida do personagem é muito marcante por mostrar a entrada em uma nova fase em que ele não só está deslocado do mundo à sua volta, mas impactado por tudo isso. Segundo o ator, é um dos pontos mais baixos da vida do protagonista, algo que nunca tínhamos visto antes — nem mesmo no famigerado Reino da Caveira de Cristal. “Sua fraqueza é justamente a devastação do tempo”, reflete o ator. “E acredito que, dramaticamente, isso funciona muito bem porque o filme introduz também Helena como uma personagem que o estimula e faz a trama andar”.

Helena é a personagem de Phoebe Waller-Bridge, estreante na franquia e que vive a afilhada de Indiana, filha de um velho amigo de aventuras. Ela surge no dia da aposentadoria do herói precisando de uma ajudinha e acaba levando o protagonista a uma nova aventura e a enfrentar velhos inimigos. Sim, mesmo com a história se passando em 1969, os nazistas estão de volta para importunar Indy.

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Para o diretor James Mangold, esse sentimento de finitude é algo muito importante no fechamento da história de Indiana Jones. “O que é ser alguém que teve uma vida tão dinâmica, com tantas conquistas e vitórias e que sobreviveu a tanta coisa, mas então vê sua vida cair em uma normalidade e o mundo segue em frente”, pondera o cineasta, o primeiro diretor a assumir o personagem além do lendário Steven Spielberg. “O que acontece quando as venturas não aparecem mais ou você não está mais pronto para elas?”

Esse tipo de reflexão mais fatalista vem da própria experiência de Mangold com grandes franquias. O diretor faz um paralelo entre seu trabalho em Indiana Jones e Logan, dizendo que nunca quis ser apenas um capítulo em uma longa série, mas de trabalhar com essa ideia de que toda história tem (e precisa ter) um começo, um meio e principalmente um fim.

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Uma Indy às avessas

Embora o velho Indiana Jones seja um atrativo por si só, a personagem de Waller-Bridge chama a atenção desde que a atriz foi confirmada para o papel. Isso porque a Lucasfilm procura um sucessor para o herói desde Reino da Caveira de Cristal, quando tentou emplacar o ator Shia LaBeouf como filho do herói, mas sem sucesso. E a impressão é que Helena venha para desempenhar o mesmo papel.

A diferença é que, pelo que a atriz sugere, sua personagem não chega com a promessa de substituir o insubstituível, mas de ser uma espécie de espelho de Indy, uma versão do mesmo personagem nesses tempos mais cínicos em que a história se passa. “Ela é forte, criativa e se acha autossuficiente, além de ter um ótimo senso de humor”, detalha a criadora da série Fleabag. “E eu considero que essa força é também sua fraqueza. Há uma ousadia nela que pode ser visto como imprudência — e é isso que a coloca em problemas”.

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É nessa dinâmica que Indiana Jones e a Relíquia do Destino promete se apoiar. Apesar de Indy estar velho e cansado, a chegada de Helena e seu jeito impulsivo e inconsequente deve despertar o velho espírito aventureiro que estava adormecido no arqueólogo de chapéu. E, levando em conta que ele estava prestes a se aposentar, a afilhada surge como a personificação desse chamado da aventura.

“Quando ela chega, não traz apenas essa memória do relacionamento que Indiana teve com um velho amigo no passado”, explica Waller-Bridge. “Ela traz também uma paixão pela arqueologia e uma paixão pela aventura — e acho que isso o ilumina novamente”. Por isso, ela acredita que o encontro dos dois personagens não poderia acontecer em um melhor momento da história.

A despedida de uma lenda

É muito difícil falar de Indiana Jones e a Relíquia do Destino sem misturar ator e personagem. Afinal, as duas figuras realmente estão muito entranhadas não só no imaginário do público como dentro da história do próprio filme. Nos dois casos, estamos falando de despedidas e de uma última e emotiva aventura.

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E é claro o quanto o Ford, quase sempre turrão e sem muita paciência, tem um apego especial com o herói. Tanto que ele diz que sempre quis dar esse fechamento de história para Indy, concluindo sua jornada com esse tom de alguém já no final de carreira e da própria vida. E foi ao encontrar essa tônica no roteiro que decidiu retornar ao papel depois de 15 anos.

Por isso mesmo, ele diz que não consegue colocar Relíquia do Destino na mesma categoria e outros filmes em que se despediu de personagens icônicos, como A Ascensão Skywalker e Blade Runner 2049. Para o ator, o novo longa é uma experiência singular pelo modo com que esse adeus foi construído — na forma de um ótimo filme.

“Pegamos nossa preocupação e interesse com o personagem e tentamos criar uma história que o trouxesse de volta em uma história que fosse realmente interessante”, justifica Harrison Ford. “E acho que, considerando os envolvidos e a história, esse é um adeus explêndido para Indy”.

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Indiana Jones e a Relíquia o Destino chega aos cinemas neste dia 29 de junho.