Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Fleabag | 5 motivos para assistir à comédia de Phoebe Waller-Bridge

Por| 20 de Setembro de 2019 às 11h57

Link copiado!

Divulgação: Amazon Prime Video
Divulgação: Amazon Prime Video

Faltam pouco para a 71ª edição do Emmy Awards, a mais importante premiação da televisão norte-americana, e neste ano o evento conta com indicações de peso. Entre grandes atrações de drama, como Better Call Saul e Game of Thrones, também serão premiadas as melhores comédias do último ano, séries que não só nos fazem rir, como têm muito a acrescentar.

Entre esses títulos está Fleabag, produção britânica do Amazon Prime Video, criada e protagonizada por Phoebe Waller-Bridge. A atriz, responsável pelo roteiro de Killing Eve — também indicado ao Emmy —, interpreta... bom, a personagem não tem nome, mas é uma mulher em seus 30 e poucos anos que lida com as frustrações da vida de forma cômica, com uma pitada de melancolia.

Fleabag não é apenas uma comédia, mas sim uma trama inteligente que merece, de fato, estar no Emmy e em outras premiações. Se você ficou curioso para entender o por quê, confira cinco motivos para você começar a assisti-la agora.

Continua após a publicidade

1. Phoebe Waller-Bridge

Quem está por trás da criação e roteiro de Fleabag é Phoebe Waller-Bridge, atriz, produtora e dramaturga britânica que tem um incrível currículo na comédia e, principalmente, no teatro. Apesar da experiência, ela começou a atuar em peças em 2009, há apenas 10 anos, contando com uma curta, mas promissora, carreira.

Entre as peças de teatro criadas por Phoebe está Fleabag, que acabou sendo levada para a televisão. Nas séries, ela também é responsável pelo roteiro de Killing Eve, que mostra a história de uma assassina por encomenda e uma investigadora.

Continua após a publicidade

Com essa dupla, a atriz concorre em duas das mais importantes categorias do Emmy: Melhor Série de Comédia, por Fleabag, e Melhor Série de Drama, com Killing Eve. Logo mais, Phoebe será destaque novamente com o lançamento do 25º filme de 007, pois Daniel Craig, assumidamente fã da série, pediu para que ela participasse do roteiro ao lado de Scott Z. Burns, Neal Purvis e Robert Wade, levando um toque de humor para o filme de ação.

O currículo de Waller-Bridge conta ainda com Han Solo: Uma História Star Wars, quando deu voz a L3-37, A Dama de Ferro, quando trabalhou ao lado da consagrada Meryl Streep, entre outras séries e filmes.

Em Fleabag, Phoebe Waller-Bridge é brilhante. Sempre interagindo com o público, a atriz e roteirista consegue trazer características do teatro para uma série de televisão. Isso, no entanto, falaremos em outro tópico.

Continua após a publicidade

2. Comédia com muito drama

Fleabag é uma série de humor, mas também poderia facilmente concorrer como um belo drama. Como a personagem principal não tem um nome definido, sempre sendo tratada pelas pessoas como "ela", vamos chamá-la de Fleabag mesmo.

Solteira, com 30 e poucos anos, Fleabag é uma mulher solitária. Logo no começo, vemos cenas dela com seu namorado e já conseguimos entender que ela não é boa para se relacionar. Os homens até gostam dela, mas acabam irritados com a sua personalidade. Parece que muito acontece na cabeça da personagem, mas nada é exteriorizado, ficando tudo abrigado em seu cérebro, em pensamentos acelerados e que não permitem a demonstração de sentimentos.

Continua após a publicidade

E não é só em relacionamentos afetivos e sexuais que isso acontece, mas também com a família. Na série, a protagonista precisa lidar com seu pai e sua madrasta, sua irmã e seu cunhado. A sua irmã, Claire (Sian Clifford), é uma das pessoas que sentem mais dificuldades em lidar com a personalidade da Fleabag, mas que claramente nem pensa em desistir disso. Como um bom drama, a relação entre as duas é de cumplicidade e proteção, mesmo que não seja dito em palavras e quase nunca em atitudes.

Mas um dos maiores dramas da série é a relação de Fleabag, sua melhor amiga e um porquinho da índia. Essa ligação é mostrada ao longo das duas temporadas, com flashbacks do passado que justificam os acontecimentos do presente e as atitudes da protagonista.

3. Diálogos brilhantes em situações inusitadas

Continua após a publicidade

Fleabag, se existisse na vida real, seria uma pessoa que você não acreditaria ser possível existir. Intensa, impulsiva, absurdamente irônica e misteriosa. Essa seria a definição perfeita para a personagem.

Devido a essa personalidade, a série nos mostra diálogos hilários e inacreditáveis com seus parceiros e família, principalmente com a sua madrasta, que também faz questão de alfinetar a enteada a todo momento. Essa encrenca entre as duas gera conversas passivo-agressivas e que, mesmo sozinhas, fingem que está tudo bem.

A relação entre elas também traz momentos engraçados quando o foco passa a ser uma estátua feita pela madrasta, que é artista plástica. O objeto é o centro de alguns dos momentos mais divertidos da série e sempre acaba aparecendo quando você menos espera.

Continua após a publicidade

Outras interações incríveis que acontecem com Fleabag surgem quando um padre entra na história para fazer o casamento de seu pai e a madrasta. Desbocado e divertido, o sarcedote tem a mesma faixa etária da protagonista e eles acabam se dando bem desde o início. A presença do personagem é tão importante no roteiro que vamos voltar a falar sobre ela no último tópico desta lista.

4. Curta e intensa

Fleabag é uma série curta e com poucos episódios, sendo possível terminar cada temporada em apenas um dia. Isso não significa, no entanto, que seja apenas uma comédia para distrair a cabeça. A trama é intensa, traz identificação e mostra que por trás do humor também há angústia, solidão e sofrimento.

Continua após a publicidade

Rimos com a protagonista, mas sabemos que muitas vezes o humor é uma estratégia de defesa, seja para lidar com os problemas da vida ou para fingir que está tudo bem. As relações interpessoais são identificáveis, se tornando mais fácil de nutrir sentimentos por elas, como a empatia.

5- Quarta parede

No teatro, a produção é um monólogo e, assim como a série, mostra como é a vida de uma mulher que tem vários parceiros, mas não se apega a nenhum. Trabalha em um café em Londres, que abriu com a sua melhor amiga, e tem problemas com a família.

A diferença da peça de teatro para a série é que Phoebe é capaz de levar as características da peça para o estúdio, o famoso conceito de quebra da quarta parede. Basicamente, a protagonista conversa com o público enquanto tem diálogos com os outros personagens.

Continua após a publicidade

Para ficar mais claro, imagine ela em um diálogo hipotético com a sua irmã. Ela olha para a câmera, diz o que a irmã vai responder e, com isso acontecendo, ela olha de novo e diz "não falei?". Essas interações acontecem rapidamente, fazendo com que Phoebe execute esses diálogos de forma rápida e sem perder o contexto. As conversas com o público, claro, não são ouvidas pelos personagens, sendo uma retratação do que passa pela sua cabeça.

Em um dos tópicos anteriores, citamos o padre que ela conhece na segunda temporada. A relação dele com Fleabag traz uma confusão na quebra da quarta parede, pois, de um jeito que nem ela entende, ele começa a ouvir a conversa dela com o público. Ela olha para a câmera, fala algo e ele diz "você ouviu isso?", e imediatamente faz expressões de confusão hilárias.

Continua após a publicidade

Este momento pode ter sido criado por Phoebe para mostrar que o personagem é uma pessoa que se conecta com a personagem como nenhuma outra havia se conectado, nem mesmo a família.

Fleabag está disponível em duas temporadas no Amazon Prime Video. O Emmy 2019, por sua vez, acontece neste domingo, dia 22 de setembro, às 22 horas.