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5 bizarrices de Duna que podem ficar fora do cinema

Por  • Editado por Durval Ramos | 

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Divulgação/Warner Bros
Divulgação/Warner Bros

Duna é considerado um dos grandes épicos da ficção científica, em uma trama que se desenvolve por milhares de anos em seis livros escritos pelo autor Frank Herbert. Com o sucesso das adaptações do primeiro livro, existe a dúvida se todas as bizarrices que a história ainda nos reserva chegarão à tela do cinema.

O primeiro livro de Duna, lançado em 1965, é bastante denso, apresentando toda uma mitologia e universo cheios de detalhes que muitos acreditavam serem impossíveis de adaptar para uma mídia como o cinema. A trama vai ganhando novos contornos psicodélicos conforme se desenvolve, possivelmente um reflexo da fascinação que o autor tinha por cogumelos alucinógenos. 

De acordo com Paul Stamets, renomado especialista em fungos, Herbert chegou a comentar com ele sua técnica para usar os esporos. Stamets ainda conta no livro Mycelium Running: How Mushrooms Can Help Save the World, que Herbert pode ter desenvolvido boa parte das ideias usadas em Duna em momentos de inspiração ao usar esses cogumelos "mágicos".

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Isso explica muita coisa que aparece nos livros e que talvez sejam um pouco demais para o cinema. Conheça algumas dessas viagens lisérgicas do autor que dificilmente vão chegar às telas.

5. Feto falante cresce e não tem personalidade

Um dos elementos que já foram alterados nas adaptações recentes de Duna é a participação de Alia Atreides, irmã de Paul. No final do primeiro livro, ela já é nascida e tem importância na resolução da trama, enquanto no novo filme, ela ainda é um feto falante e que aparece em uma visão como Anya Taylor-Joy (Furiosa: Uma Saga Mad Max).

No livro, o tempo entre o massacre da Casa Atreides e a ascensão de Paul entre os Fremen é muito maior, se passando anos entre os acontecimentos. Já no filme, tudo acontece em alguns meses. Isso não permitiu que Alia nascesse, ajudasse o irmão contra o Barão Harkonnen e crescesse ajudando Paul em sua saga de vingança e poder.

Um fato interessante que ainda pode ser explorado é o fato de Alia não ter personalidade por causa de sua mãe. Isso pode parecer apenas um trauma bastante comum em nosso dia a dia, mas em Duna, ao beber a Água da Vida quando ainda estava grávida, Lady Jessica se tornou uma Reverenda Madre, assim como sua filha.

Por ter se conectado à consciência de antepassados ainda quando era um feto falante, Alia cresce sem ter uma personalidade estabelecida. Eventualmente, essas memórias e vozes de seus antepassados começam a lutar pelo controle do seu corpo, inclusive do seu avô — o próprio Barão Harkonnen.

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Não parece algo tão bizarro assim, mas deve dificultar um pouco as coisas no cinema, já que Alia tem um lugar de bastante destaque na história.

4. A folia dos clones

Duncan Idaho era um amigo de Paul Atreides que também ajudava nos treinamentos do jovem no seu planeta natal, Caladan. Interpretado na primeira parte nos cinemas por Jason Momoa (Aquaman 2: O Reino Perdido), Idaho morre durante o massacre da Casa Atreides, mas isso não significa o seu fim.

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Em O Messias de Duna, livro que deve servir como base para um possível terceiro filme, Idaho ressurge na forma de um Ghola, seres artificiais criados a partir do DNA de pessoas que já morreram. 

Essa nova versão, chamada de Hayt, tem outra personalidade e se aproxima de Paul Atreides com a missão de eliminá-lo, mas acaba se encantando com Alia, irmã de seu alvo. 

Novamente, não é bizarro ter clones nesse universo avançado de Duna, mas Duncan Idaho acaba virando um ser que é clonado mais de uma vez, sendo uma constante em toda a saga, com versões criadas milhares de anos depois. Apesar de Jason Momoa ser uma estrela, parece pouco provável que o veremos por vários anos interpretando versões desse personagem no cinema.

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3. Cachorros-cadeira (sim, isso mesmo)

A chance de todos os seis livros de Duna se tornarem filmes é muito difícil, mas não é impossível. Denis Villeneuve (Blade Runner 2049) já revelou que tem interesse em uma trilogia que conta a história de Paul Atreides, tendo inclusive já escrito o roteiro da terceira parte. Nada além da adaptação do segundo livro, O Messias de Duna, foi planejado até o momento.

De certa forma, isso é bom, já que alguns pontos da história ficarão apenas nos livros, como a existência de chairdogs, ou simplesmente, cachorros-cadeiras. No quinto livro da saga, Hereges de Duna, essas criaturas são apresentadas como cães criados por bioengenharia que foram moldados no formato de cadeiras. Por quê? Porque sim apenas.

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Se isso não fosse absurdo, os animais ainda são treinados para vibrar quando o usuário senta neles, como se fosse uma cadeira de massagem. 

2. Navegadores da Guilda

Existem alguns personagens que já se fazem presentes no primeiro livro de Duna, mas ficam mais importantes em sua sequência, que deve servir como base para a terceira parte da história. Os Navegadores da Guilda são matemáticos que se isolam em câmaras fechadas com gases da especiaria, elemento mais precioso do universo de Duna e abundante no planeta Arrakis.

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Devida à exposição constante a ela, esses matemáticos acabam sofrendo uma mutação, alcançando um nível de excelência intelectual, sendo capazes de calcular rotas para viagem espacial. Por outro lado, sofrem mudanças permanentes em seu corpo, tendo membros atrofiados, um crânio aumentado, entre outras mutações.

Em O Messias de Duna, essas figuras mutantes estão mais presentes, mas resta saber se o cinema tentará mudar a sua forma ou se abraçará a descrição esquisita dos livros. levando em conta que Villeneuve quase não tocou nas propriedades místicas da especiaria, é bem provável que ele deixe de lado essa bizarrice pra focar em Paul virando um ditador maluco apenas.

1. Imperador Deus Minhoca

Entre todas as esquisitices de Duna, o que todo mundo realmente quer ver no cinema é a chegada do Imperador Deus. Mas a forma como ele aparece entre o quarto e quinto livro da sagaé quase impos´sivel de aparecer no cinema.

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Os filhos de Paul Atreides têm poderes como seu pai e sua tia, Alia, que cria os jovens depois do exílio de Paul. Leto II, que foi nomeado assim em homenagem ao seu avô, tem visões do Caminho Dourado, uma sequência de acontecimentos ideais que é revelado apenas à irmandade Bene Gesserit e ao grande herói da profecia Kwisatz Haderach. 

Ao contrário do pai, Leto entende o sacrifício que precisa ser feito para seguir pelo caminho e, tentando alcançar esse entendimento sobre o futuro, ele entra em contato com elementos antigos dos Fremen, se transformando em híbrido entre homem e vermes da areia.

Inicialmente, essa transformação era um exoesqueleto, que o deixava mais forte e rápido, mas logo evolui para uma figura monstruosa, que consegue viver milhares de anos como o Imperador Deus, que foi retratado na capa da edição brasileira da Editora Aleph.

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Pensando melhor, eu quero isso no cinema!