5 motivos para assistir A Pequena Sereia
Por Durval Ramos • Editado por Jones Oliveira |
O live-action de A Pequena Sereia finalmente chegou aos cinemas para dar uma nova roupagem ao clássico da Disney de 1989. Só que muita gente olha desconfiado para o longa, já que os últimos remakes feitos pelo estúdio não foram nada além de medianos, seja por não trazerem nada de novo em relação às animações originais ou mesmo por apostarem em um hiperrealismo que anula a magia dos desenhos.
- A Pequena Sereia | Comparativo dos personagens no live-action e desenho
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Em seus primeiros dias de exibição, todos esses pontos voltaram a ser discutidos em torno da nova versão de Ariel e sua busca por uma vida na superfície. Muita gente gostou das decisões artísticas e criativas tomadas, enquanto outros criticaram os rumos tomados pela Walt Disney Company ao trazer a sereia mais famosa do mundo para o campo do carne e osso.
E quem está certo? Não há bem uma resposta exata e vai depender muito daquilo que você espera ver em um remake do tipo. Mas se você ainda está em dúvida se deve ou não conferir o novo A Pequena Sereia nos cinemas, o Canaltech listou 5 motivos que fazem valer seu ingresso.
5. Ariel perfeita
Seja entre os defensores ou mesmo em quem não gostou do live-action, uma coisa é unânime: a Ariel de Halle Bailey é perfeita. A jovem entrega todo o carisma necessário para viver a princesa dos mares ao mesmo tempo em que encanta com sua inocência e ingenuidade quando vai ao mundo dos humanos. Isso sem falar da sua voz poderosa, que faz com que cada cena musical seja mesmo um espetáculo.
Como sempre acontece nesses casos, a escolha de uma atriz negra para viver a protagonista foi alvo de muitos comentários racistas e é incrível ver como a jovem atriz conseguiu calar a boca desse pessoal apenas na base do talento. É impossível ver A Pequena Sereia sem se apaixonar por Bailey.
4. Novas músicas de Lin-Manuel Miranda
Falando nas músicas, não há como não citá-las como outro ponto extremamente positivo do live-action. Além das clássicas canções que estão eternizadas no desenho original, o filme trouxe algumas canções originais assinadas por Lin-Manuel Miranda, um dos grandes nomes do momento quando o assunto é trilha sonora. É ele quem assina, por exemplo, as músicas de Encanto e Hamilton.
E essa sua pegada mais moderna e com ritmos mais latinos está bem presente em A Pequena Sereia. Tudo Tão Novo aborda as descobertas e as sensações de Ariel ao chegar à superfície e explora muito bem a voz de Halle Bailey, enquanto Zum Zum Zum é um rap cantado por Sabichão (Awkwafina) e Sebastião (Daveed Diggs) que nos pega de surpresa, mas que é tão divertida quanto dançante.
A única exceção fica com No Fundo Dessas Águas, que é cantada por Eric (Jonah Hauer-King), que tem uma pegada bem mais Disney e, por isso mesmo, soa deslocada em meio às novidades.
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3. Clássicos expandido e atualizado
A Disney sempre aproveita os live-actions para mexer um pouco na história, atualizando conceitos que não envelheceram tão bem com o tempo ou que precisam de mais profundidade no remake. E, com A Pequena Sereia, isso não é diferente.
E são várias pequenas novidades que deixam a trama mais redonda e menos infantil. Há um desenvolvimento maior da história de Eric e isso ajuda não só o príncipe a ser um personagem mais completo como também faz com que as motivações de Ariel tenham mais força.
O mesmo acontece na relação do casal. A sequência em que os dois exploram a superfície foi ampliada e há momentos feitos para fazer com que você entenda melhor como eles se apaixonaram. Mais do que achar um ou outro bonito, o roteiro faz com que eles se reconheçam um no outro — o que deixa tudo mais interessante.
2. Respeito ao original
Apesar dessas várias mudanças, A Pequena Sereia segue muito fiel ao original em praticamente tudo. Do visual dos personagens à reprodução de diálogos e situações marcantes, quem conhece o desenho clássico de trás para frente vai mais uma vez se sentir em casa.
Mais do que um preciosismo, isso mostra o quanto a Disney estava preocupada em manter a mágica do conto de fadas vivo por aqui. Ao invés de repetir o hiper-realismo sem vida de O Rei Leão, o estúdio fez questão de fazer com que Aqui no Mar fosse mesmo aquele espetáculo de cores que todo mundo conhece ou que a interação de Ariel com Sebastião e Linguado (Jacob Tremblay) tivesse toda aquela ingenuidade que a torna tão apaixonante.
1. Acima da média dos outros live-actions
Vamos combinar que a sequência de remakes da Disney tem sido bastante morna com um resultado até mais negativo do que muitos esperavam. Com exceção de um ou outro filme, como Mogli: O Menino Lobo, vários dos live-action foram muito criticados pela falta de alma ou novidade. Isso inclui O Rei Leão, Aladdin e A Bela e a Fera, além daqueles que foram direto para o streaming, como Pinóquio e Peter Pan.
Tudo bem que a barra é bem baixa, mas A Pequena Sereia consegue ficar bem acima deles com certa facilidade. Ainda que o novo filme realmente não esteja preocupado em inovar em nada (e nem é a proposta), ele consegue adicionar novos elementos que fazem sentido e dão mais peso ao original ao mesmo tempo em que replica aquilo que é importante e todo mundo quer ver.
Além disso, a própria força e carisma de sua protagonista é outro ponto muito positivo. Halle Bailey carrega o novo A Pequena Sereia nas costas e se destaca a todo momento.
A Pequena Sereia já está em cartaz nos cinemas.