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Usina de Chernobyl é tomada por tropas russas; autoridades notam maior radiação

Por| Editado por Patricia Gnipper | 25 de Fevereiro de 2022 às 10h58

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Domínio público
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A usina nuclear de Chernobyl, no norte da Ucrânia, foi tomada por forças da Rússia, que fizeram funcionários ucranianos de reféns. De acordo com Yevgeniya Kuznetsovа, representante da Agência Estatal de Gerenciamento da Zona de Exclusão da Ucrânia, as tropas russas invadiram a usina no primeiro dia dos ataques russos no país, iniciados nesta quinta-feira (24).

Alyona Shevtsova, assessora do comandante das Forças Terrestres da Ucrânia, afirmou que as tropas russas haviam tomado a usina e que os funcionários foram feitos reféns. A constatação foi reforçada pela Casa Branca dos Estados Unidos, que fez críticas após receber relatórios confiáveis de que soldados russos haviam feito reféns em Chernobyl.

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Jen Psaki, secretária de imprensa da Casa Branca, destacou a ameaça do conflito aos resíduos nucleares. “Esta tomada de reféns legal e perigosa, que pode prejudicar os esforços de rotina do serviço civil necessários para manter e proteger as instalações com resíduos nucleares, é obviamente incrivelmente alarmante e profundamente preocupante”, disse ela, a repórteres. “Nós condenamos as ações e solicitamos a liberação dos reféns”.

De acordo com Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente da Ucrânia, o controle da zona de Chernobyl foi perdido após uma dura batalha, e que a situação das instalações que armazenam resíduos nucleares era desconhecido. “Após um ataque russo completamente sem sentido nessa direção, é impossível dizer que Chernobyl está segura”, acrescentou.

Aumento dos níveis de radiação em Chernobyl

O ataque à usina de Chernobyl ocorreu durante a invasão da Rússia na Ucrânia, a maior já realizada em um país da Europa desde a Segunda Guerra Mundial. A usina foi palco do maior desastre nuclear da história, ocorrido em 1986. Naquele ano, grandes explosões no reator nº 4 da usina cobriram uma área de 2.600 quilômetros quadrados com resíduos nucleares.

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Após estes eventos, a área foi considerada inabitável para seres humanos pelos próximos 24 mil anos. Agora, com o novo conflito que se desenrola nos arredores da usina, um conselheiro do Ministério do Interior ucraniano alertou que os combates ao redor de Chernobyl podem levar a uma possível perturbação dos resíduos nucleares, espalhando materiais perigosos pela Europa.

De acordo com a agência nuclear ucraniana e o Ministério do Interior, foi registrado nesta sexta-feira (25) um aumento nos níveis de radiação no local da usina de Chernobyl. Os especialistas da agência não divulgaram números exatos, mas afirmaram que a mudança estava relacionada ao movimento de equipamentos militares pesados na área, que levantou poeira radioativa no ar. “A radiação começou a aumentar. Por enquanto, não é crítico para Kyiv, mas estamos monitorando”, disse o ministério.

Anton Gerashchenko, conselheiro e ex-vice-ministro do Ministério da Administração Interna da Ucrânia, já havia feito alertas sobre o perigo de conflitos na região afetarem resíduos radioativos. “Se, como resultado da artilharia da ocupação, as instalações de armazenamento nuclear forem atingidas e destruídas, a poeira radioativa pode cobrir os territórios da Ucrânia, Bielorrússia e países da União Europeia”, alertou.

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Fonte: CNN, Reuters, WSJ; Via: Science Alert