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Pedra do Altar de Stonehenge veio de muito mais longe que se pensava

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Pesquisadores desvendaram um dos mistérios envolvendo o enigmático monumento Stonehenge, localizado no sul da Inglaterra, mostrando as surpreendentes capacidades dos humanos do Neolítico — a Pedra do Altar da construção megalítica teria vindo de muito mais longe que se pensava, na Escócia, a 750 km de distância.

Muitas das pedras usadas no monumento vieram do País de Gales, transportadas por 200 km até a Planície de Salisbury. Não se sabe muito sobre o povo que construiu Stonehenge, o que torna a construção ainda mais misteriosa, mas agora estima-se que sua Pedra do Altar tenha vindo do norte escocês, entre a atual cidade de Inverness e as Ilhas Órcades.

Origem das pedras de Stonehenge

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Os pesquisadores responsáveis são da Universidade College London, e, em sua publicação na revista Nature na última quarta-feira (14), comentam que o achado reescreve completamente a relação entre os povos neolíticos das Ilhas Britânicas aos olhos da ciência.

A Pedra do Altar é, especificamente, um dos trilitos de Stonehenge, feitos com duas pedras sarsen adornadas com um lintel, formando um pórtico. As pedras sarsen vieram de perto, apenas 25 km de distância. Já a Pedra do Altar é feita de arenito silificado, com cinco metros de comprimento e pesando seis toneladas. Atualmente, ela está enterrada entre duas pedras sarsen, dificilmente vista pelos turistas.

Muitas das pedras são conhecidas como pedras azuis por conta da coloração quando molhadas ou quebradas, e vêm das Colinas Preseli, no País de Gales. Como a Pedra do Altar não é local, estudos de sua composição química e mineral tiveram de ser feitos para determinar sua origem, que foi revelada através da idade.

Pedras como ela só são encontradas nas Ilhas Órcades, nos arredores da cidade de Inverness e Moray Firth e, teoricamente, no arquipélago de Shetland, embora seja bastante improvável.

Nesse ponto, as teorias divergem, com alguns especialistas apostando no transporte pelo mar e outros por terra, o que incluiria a cooperação de diversos povos diferentes ao longo dos anos, tornando a pedra do altar cada vez mais valiosa ao longo da viagem.

O fato de que os povos neolíticos conheciam muito bem toda a ilha, como evidenciado pelo transporte, mudou a visão dos cientistas e deve gerar muitas análises interessantes nos próximos anos. 

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Fonte: Nature, Curtin University

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