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Saiba como Stonehenge serviu como calendário solar na antiguidade

Por| Editado por Patricia Gnipper | 02 de Março de 2022 às 10h20

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Gail Johnson/Getty Images
Gail Johnson/Getty Images

O monumento pré-histórico de Stonehenge era usado como um relógio solar para registrar um período de pouco mais de 365 dias, segundo nova análise conduzida pela Bournemouth University. Há muitos anos estudos indicam isso, mas até agora não estava claro, exatamente, como a estrutura teria funcionado.

O estudo analisou detalhadamente o número e o posicionamento de cada uma das pedras que compõem o monumento, além de comparar a estrutura com outros calendários antigos que podem ter influenciado os criadores de Stonehenge.

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Stonehenge pode ter sido criado para registrar um ano solar, conhecido como ano tropical — o qual dura, em média, pouco mais de 365 dias e 5 horas. A pesquisa também se baseou em um estudo que indicou que a maior parte das pedras vieram da mesma fonte.

As pedras teriam sido colocadas ali ao mesmo tempo, sugerindo terem uma finalidade em comum. Foi desse ponto de partida que o arqueólogo Timothy Darvill passou a analisar as posições anéis que formam Stonehenge e como estariam relacionados a um calendário.

Calendário solar de Stonehenge

Há muito tempo, os arqueólogos suspeitavam que Stonehenge fosse algum tipo de calendário, pois o monumento está posicionado e alinhado com os solstícios. Segundo Darvill, ele funciona de uma maneira muito simples.

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Cada uma das 30 pedras que formam o Círculo Sarsen representam um dia em um mês, explicou o arqueólogo. Esse círculo, então, é divido em três semanas, com 10 dias cada. "O mês intercalar, provavelmente dedicado às divindades do local, é representado pelos cinco trílitos no centro do local”, acrescentou.

As quatro pedras de fora do Círculo fornecem os marcadores para ajustar até um dia bissexto. Como um calendário solar, os solstícios de verão e de inverno podiam ser contemplados nos mesmos pares de pedra anualmente, o que também teria ajudado a reparar possíveis erros de posição.

Nenhuma formação do monumento parece corresponder ao ano de 12 meses. No entanto, o estudo diz que algumas pedras perdidas ou movidas de local poderiam ser responsáveis por esse tempo. De todo modo, Stonehenge foi dividida em duas partes para combinar com os solstícios.

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O calendário solar foi desenvolvido no Mediterrâneo Oriental a partir de 3.000 a.C., adotado no Egito por volta de 2.700 a.C. e amplamente usado no Império Antigo em 2.600 a.C. O que ainda não está certo é como esse conhecimento chegou ao sul da Inglaterra àquela época.

O arqueólogo Darvill apontou para uma figura histórica conhecida como Arqueiro de Amesbury, que nasceu nos Alpes, depois se estabeleceu na Grã-Bretanha, sendo enterrado em Stonehenge. Isso poderia ter mediado os ensinamentos do calendário solar.

Novas análises em artefatos e também em material genético serão feitas, mas a descoberta oferece um vislumbre de como as pessoas daquela época viviam. "Um lugar onde o tempo das cerimônias e festivais estava conectado ao próprio tecido do Universo e aos movimentos celestes nos céus", ponderou Darvill.

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A pesquisa foi apresentada na revista Antiquity.

Fonte: Antiquity, Via ScienceAlert