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Brasil inaugura novo centro sequenciamento de genoma; saiba quais são os planos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Dezembro de 2021 às 11h20

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iLexx/Envato
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O Ministério da Saúde inaugurou um centro de pesquisa para o sequenciamento do genoma brasileiro na segunda-feira (6). A iniciativa é parte do programa Genomas Brasil, criado para sequenciar o DNA de 100 mil brasileiros e ajudar no diagnóstico e tratamento de doenças raras e complexas, como câncer e doenças cardiovasculares.

Este é o terceiro hub de sequenciamento genômico do programa e é parte do complexo do Laboratório de Biologia Molecular Prof. Dr. Fernando Eugênio Santos Cruz Filho, do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), no Rio de Janeiro.

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Os outros dois estão instalados no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também no Rio de Janeiro.

Como funcionará o novo laboratório?

O novo sequenciador de genoma, instalado no INC, tem capacidade de sequenciar cerca de 4 mil a 5 mil genomas humanos completos em um ano. De acordo com a Saúde, é considerado um dos equipamentos mais potentes do mundo.

O local será utilizado, principalmente, para o desenvolvimento do projeto da Rede Nacional de Genômica Cardiovascular. “As análises vão rastrear e mapear doenças cardiovasculares hereditárias que muitas vezes levam à morte súbita, identificando os possíveis riscos individuais por meio do exame genético”, informou a pasta.

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Especificamente, os pesquisadores devem sequenciar uma seção do DNA chamada de exoma — parte do genoma que codifica genes — de pacientes com doenças cardiovasculares hereditárias, já atendidos pelo SUS.

Programa de sequenciamento do genoma brasileiro

Lançado em 2020, o programa Genomas Brasil busca estabelecer "as bases para o desenvolvimento da saúde de precisão e, em um futuro próximo, sua implementação no Sistema Único de Saúde (SUS)", explica a Saúde.

Na saúde de precisão, dados médicos já conhecidos de um paciente — como histórico pessoal e familiar, exames clínicos e laboratoriais — são associados ao perfil genético do paciente.

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Com esse cruzamento de conhecimentos, é possível escolher pelos tratamentos mais seguros e que produzem melhores resultados. Também há a possibilidade de detectar com antecedência a probabilidade de desenvolver determinadas doenças.

Nos primeiros estágios, o programa busca sequenciar genes de pessoas com doenças raras, cardíacas, câncer ou infectocontagiosas. A ideia é ajudar na prevenção, no tratamento e em diagnósticos médicos.

Segundo a Saúde, a escolha dessas enfermidades teve como base a quantidade de casos no país e os custos que geram, anualmente, ao SUS.

Fonte: Agência Brasil e Ministério da Saúde