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O céu não é o limite | Einstein estava certo, teoria sobre anéis de Saturno e+

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Setembro de 2022 às 20h00

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ONERA/NASA/ESA/OPAL Program/STScI/K.Masztalerz
ONERA/NASA/ESA/OPAL Program/STScI/K.Masztalerz

A missão DART é um dos assuntos do momento. Em poucos dias, a NASA fará uma sonda espacial se chocar contra o asteroide Dimorphos, a "lua" de outro asteroide maior chamado Didymos. E, claro, as notícias sobre a missão estão entre os destaques dessa semana.

Nosso resumo astronômico da semana também traz testes das teorias de Albert Einstein (provando que ele estava certo de novo, para variar), descobertas em Marte, e muito mais. Confira!

Teoria de Einstein passa por teste rigoroso

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É uma declaração clichê e pouco surpreendente, mas ele estava certo — de novo. Uma peça fundamental da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, conhecida como princípio da equivalência, passou pelo teste mais rigoroso já feito.

Ao longo de 2 anos e meio, uma espaçonave monitorou a queda livre de dois cilindros de pesos diferentes, em órbita, e concluiu que eles permaneceram perfeitamente alinhados entre si. O objetivo do teste era descobrir se em algum momento haveria diferenças entre as velocidades de queda.

Respeitando o princípio da equivalência, os dois cilindros permaneceram na mesma velocidade. A queda livre em órbita é semelhante à experiência de microgravidade dos astronautas na Estação Espacial Internacional: a órbita é uma queda constante com manobras de correção para evitar que se perca altitude.

Saiba mais sobre o experimento no link acima.

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Destruição de uma lua teria formado os anéis de Saturno

Talvez os astrônomos estejam perto de solucionar o mistério das origens dos anéis de Saturno. Um novo estudo propões que o planeta já teve uma lua extinta, batizada de Chrysalis. Ela teria orbitado por bilhões de anos, até perder a estabilidade há 160 milhões de anos.

Com a perda da estabilidade, a lua teria sido rompida por Júpiter e seus destroços formaram os anéis. Além disso, essa explicação também resolve outras perguntas ainda não respondidas pela ciência de modo conclusivo, mas ainda serão necessários mais estudos para validar (ou não) a hipótese de Chrysalis.

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Mudança na órbita de Júpiter tornaria a Terra mais habitável

A vida na Terra está em quase todo lugar, mas ainda há lugares inóspitos, como as regiões polares. Se Júpiter tivesse uma órbita mais excêntrica, isto é, em forma de elipse, sua gravidade também causaria mudanças na órbita da Terra, dando condições de vida nessas áreas congeladas.

Com uma órbita mais excêntrica, nosso planeta teria os polos aquecidos na temperatura exigida para a habitabilidade. O oposto também é válido: se Júpiter estivesse em uma órbita mais próxima do Sol, empurraria a Terra para mais perto ainda da estrela, tornando-a inabitável.

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Satélite que pode brilhar mais do que Vênus

O satélite BlueWalker 3, da AST SpaceMobile, foi lançado para testar uma tecnologia de conexão para celulares. O problema é que ele tem uma antena de 8 m de extensão e área de superfície de 64 m². Isso pode ser o suficiente para refletir tanta luz que poderá brilhar mais que Vênus (o segundo objeto mais brilhante do céu noturno, depois da Lua).

Isso preocupa os astrônomos, principalmente porque a empresa ainda pretende lançar mais 100 satélites ainda maiores a partir do ano que vem. Os satélites Starlink, da SpaceX, já causam danos às observações astronômicas, e o cenário aparentemente vai piorar.

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Diamante raro vindo de colisão entre asteroide e planeta anão

A lonsdaleíta, cristal extremamente raro feito de carbono, é uma forma super rígida de diamante encontrado em meteoritos ureilita. Essas rochas, por sua vez, podem ter sido formadas pelo impacto de um asteroide com um planeta anão. Em outras palavras, a lonsdaleíta seria o resultado de uma colisão cataclísmica.

De acordo com análises de fatias de ureilita, os cientistas disseram que a lonsdaleíta foi formada a partir de um líquido exposto a altas temperaturas e pressões. Depois, quando a temperatura esfriou e a pressão diminuiu, a lonsdaleíta foi parcialmente substituída pelo diamante.

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Além disso, os maiores cristais de lonsdaleíta conhecidos são mais finos que um fio de cabelo. Portanto, nada de fortunas encontradas em meteoritos.

Rocha rica em moléculas orgânicas em Marte

O rover Perseverance encontrou moléculas orgânicas em uma rocha chamada Wildcat Ridge. Embora elas não necessariamente sejam produzidas por processos biológicos, existe um motivo para otimismo: é que essa classe de moléculas, além de serem blocos de construção da vida, foram encontradas em um local que já teve condições para o surgimento de seres vivos.

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Claro, ainda serão necessários mais análises do material antes de qualquer conclusão extraordinária, e talvez isso ocorra apenas com uma missão de coleta e retorno de amostras para estudo nos laboratórios aqui na Terra.

Foguete New Shepard sofre anomalia durante lançamento

O foguete da Blue Orign falhou no lançamento da missão não tripulada NS-23 no dia 12 de setembro. Ele levaria cargas úteis da NASA, universidades e outras instituições, além de cartões postais da fundação Club for the Future, da empresa. A cápsula foi ejetada após uma anomalia no veículo e foi recuperada.

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Vamos encontrar vida extraterrestre em 25 anos?

Um cientista chamado Sasha Quanz acredita que os astrônomos encontrarão evidências de vida em planetas distantes dentro dos próximos 25 anos. É uma possibilidade, não uma promessa, claro. "Não há garantia de sucesso, mas vamos aprender outras coisas ao longo do caminho”, disse ele.

Quanz será o líder do novo Centro de Origem e Prevalência da Vida do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH), na Suíça. Junto de Michael Mayor, ele descobriu em 1995 o primeiro exoplaneta orbitando uma estrela parecida com o Sol.

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Satélite vai "filmar" sonda da NASA se chocando contra asteroide

A sonda DART chegará em breve na órbita dos asteroides Didymos e Mimorphos para testar uma estratégia de defesa planetária, chocando-se contra o menor deles. A NASA anunciou também que o pequeno satélite LICIACube estará por perto para acompanhar a colisão e "filmar" tudo de pertinho.

O satélite conta com duas câmeras e deverá ficar a cerca de 1 km do local do impacto e também registrará os resultados do impacto. Ele registrará o momento com várias fotos, provavelmente com intervalos curtos o suficiente para montar animações do evento e das plumas de material ejetadas após o impacto.

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