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Mapas de calor: o que são e para que servem?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Novembro de 2021 às 17h10

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NASA
NASA

Sejam digitais ou impressos, é certo que os mapas são ferramentas valiosas para a interpretação de dados e entendimento de como o mundo funciona. Além de funcionarem como meios visuais para a representação de conceitos espaciais e formações tanto da Terra quanto de outros planetas, os vários tipos de mapas existentes auxiliam na também na identificação de tendências e padrões em diversos lugares. É o caso dos mapas de calor, que podem nos alertar sobre os efeitos e riscos das mudanças climáticas.

De forma geral, podemos dizer que os mapas são representações simbólicas das características de determinado local. E essas características podem variar. Por exemplo, os mapas podem mostrar os tamanhos e formas dos países existentes, distâncias entre lugares de interesse, distribuições de determinados padrões climáticos, entre outros dados. Assim, essas informações são reunidas e apresentadas de uma forma visual, que facilita a compreensão dos dados e identificação de possíveis padrões.

Os cartógrafos, profissionais responsáveis pela criação de mapas, os desenvolvem para propósitos variados. Por exemplo, os mapas usados por meteorologistas são criados para mostrar as informações necessárias para as previsões do tempo em determinada região, enquanto outras representações podem indicar os diferentes padrões climáticos ocorrendo na Terra. E, no meio disso tudo, temos ainda os mapas de calor, que trabalham com cores geralmente relacionadas ao fenômeno representado.

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Veja o mapa de calor abaixo, que mostra o movimento do dióxido de carbono pela Terra ao longo de um ano:

Nestes mapas, as cores são usadas para representar valores de dados tanto em uma tabela quanto em um mapa físico. Apesar do que o nome parece indicar, os mapas de calor não são usados necessariamente apenas para mostrar variações de temperatura. O que acontece é que, na verdade, eles representam a concentração de medidas determinadas — e, por isso, facilitam a visualização de uma grande quantidade de dados de uma única vez.

A utilidade dos mapas de calor

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Com as vantagens que oferecem, os mapas de calor podem ser usados para facilitar a visualização de grandes conjuntos de dados, o que auxilia também a interpretação deles. Como grandes quantidades de informações podem ser vistas e analisadas de uma só vez, fica mais fácil identificar tendências e padrões que possam interessar pesquisadores, impulsionando investigações mais aprofundadas dos dados em questão.

Neste ano, por exemplo, houve várias anomalias climáticas ocorrendo em diversos lugares do mundo. A América do Norte foi duramente atingida por temperaturas muito mais elevadas que o normal, que contribuíram tanto para a ocorrência de secas quanto para grandes incêndios. Esses fenômenos foram representados em um mapa de calor animado, que mostra a previsão da temperatura do ar na superfície do dia 29 de julho a 6 de agosto a partir de dados do sistema Global Forecast System (GFS). Confira:

No mapa, os tons de laranja e vermelho representam o calor extremo que era esperado pelo território no fim do mês de julho, enquanto o amarelo indica temperaturas mais amenas já em agosto. Estas e outras anomalias climáticas foram representadas também em mapas de calor produzidos pela NASA, que indicaram as mudanças na temperatura entre os anos de 1894 a 1898, bem como 2016 a 2020.

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“Os mapas são similares a outros tipos de mapas do clima, mas estes têm novos métodos de preenchimento de lacunas na superfície da Terra, e por isso são mais completos”, explicou o Dr. Baker Perry, professor na Appalachian State University e interessado em pesquisas em precipitação alpina, neve e gelo, interações entre geleiras e clima, mudanças climáticas, entre outras áreas.

As representações em questão foram produzidas a partir de todas as observações disponíveis no período em questão. Os tons usados mostram diferentes informações: o amarelo, laranja e vermelho indicam temperaturas mais altas, enquanto o azul mostra temperaturas menores em comparação ao período de referência e, assim, podemos identificar as variações de aquecimento no planeta. “As altas latitudes do Ártico no hemisfério norte apresentaram o maior aquecimento”, explicou ele, em entrevista ao Canaltech. “Quase todo o mundo registrou algum grau de aquecimento, mas há diferenças regionais”, destacou.

Segundo o professor, as áreas continentais parecem ter se aquecido mais que os oceanos. Regiões como o Atlântico Norte, o sul dos Estados Unidos e até algumas partes do Brasil mostraram um leve resfriamento, o que as torna anomalias quando comparadas com o restante do mundo. “Esse mapa é recente”, ressaltou. “As mudanças que veremos no próximo século serão ainda mais extremas, a menos que tomemos atitudes para limitar as emissões de gases do efeito estufa”.

Fonte: National Geographic, NASA, NOAA