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Fóssil brasileiro explica como os dinossauros se tornaram gigantes

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Abril de 2023 às 14h26

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Berdiy88/Envato
Berdiy88/Envato

Paleontólogos brasileiros, incluindo pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), descobriram como os dinossauros se tornaram gigantes ao longo dos séculos, a partir da identificação de um fóssil que é um divisor no tamanho desses animais pré-históricos.

A descoberta sobre as mudanças evolutivas que tornaram os dinossauros gigantes se baseia no fóssil do bípede Macrocollum itaquii, soterrado há 225 milhões de anos. Os vestígios foram encontrto aeu dos na cidade de Agudo, no interior do Rio Grande do Sul.

Segundo os autores do estudo, publicado na revista científica Anatomical Record, este é o dinossauro mais antigo já descoberto que possui sacos aéreos (espaços ocos) nos ossos. São essas mesmas estruturas que permitiram o surgimento de gigantes, como o Tyrannosaurus rex e o Brachiosaurus. Ainda hoje, variações são encontradas nas aves. Em comum, todos têm ossos relativamente leves.

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Entenda como os dinossauros se tornaram gigantes

Antes do desenvolvimento dos espaços ocos dentro dos ossos, os dinossauros eram relativamente pequenos. Por milhões de anos, os maiores tinham cerca de 1 metro — curiosamente, já descobriram o fóssil de um dinossauro que media apenas 10 centímetros. Para Tito Aureliano, primeiro autor do estudo, o Macrocollum era o maior de seu tempo, com cerca de 3 metros de comprimento, no período Triássico.

Muito provavelmente, os espaços ocos de seus ossos é que possibilitaram isso. Afinal, “os sacos aéreos tornaram os ossos menos densos, permitindo que os dinossauros pudessem superar 30 metros de comprimento”, explica Aureliano para a Agência Fapesp.

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“Essa adaptação possibilitou que eles crescessem e resistissem ao clima tanto daquele período como dos que vieram depois, o Jurássico e o Cretáceo. Os sacos aéreos foram uma vantagem evolutiva sobre outros grupos, como os mamíferos, permitindo aos dinossauros se diversificar mais rapidamente”, acrescenta Fresia Ricardi Branco, outra autora do estudo.

“O Macrocollum é um exemplo de evolução gradual, tanto da morfologia quanto da histologia, de como os tecidos esqueléticos se adaptaram à invasão dos divertículos do saco aéreo”, completam os autores do estudo. Aqui, cabe destacar que a descoberta só foi possível pelo uso da microtomografia, um novo tipo de tecnologia que consegue de analisar o interior dos fósseis sem danificá-los.

Fonte: Anatomical Record e Agência Fapesp