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Fósseis vivos: conheça 10 animais pré-históricos que existem até hoje

Por| Editado por Patricia Gnipper | 09 de Maio de 2021 às 12h00

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Wikimedia Commons/Raul654
Wikimedia Commons/Raul654

A Terra é povoada por vários animais com características antigas, que datam de antes do surgimento do homem moderno. Por definição, espécies chamadas de "pré-históricas" já foram extintas, mas algumas delas passaram sua similaridade morfológica aos "fósseis vivos", que existem até os dias atuais e que ainda caminham pelo planeta.

Apesar da definição paradoxal, já que fósseis não podem ser vivos, os termos são utilizados informalmente para classificar espécies modernas com características físicas, como formato do corpo ou partes dele, próximas às de antepassados que há muito tempo deixaram de existir. Estas espécies estão muito bem adaptadas ao mundo de hoje.

Abaixo, você confere apenas alguns exemplos, mas, segundo a Fossilworks Paleobiology Database, responsável por catalogar informações sobre distribuição e classificação de animais, plantas e microorganismos fósseis, existem atualmente mais de 8.400 de gêneros relacionados a espécies muito antigas!

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Conheça 10 animais pré-históricos que ainda existem

1 - Dragão-de-komodo

O dragão-de-komodo, ou o crocodilo-da-terra, é a maior espécie de lagarto que existe no mundo, encontrada nas ilhas de Komodo, Rinca, Gili Motang, Flores e Sítio Alegre, na Indonésia. Pode alcançar até 40 cm de altura, 2 a 3 metros de comprimento e até 166 kg de peso. Acredita-se que tenha se diferenciado de seu ancestral há cerca de 4 milhões de anos.

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É conhecido também por possuir uma das mordidas mais perigosas do mundo, não pela força ou dentes afiados, mas por conta das bactérias presentes em sua boca que são capazes de causar grandes infecções levando uma possível presa à morte. As bactérias criam um coquetel de venenos na saliva do lagarto, capaz de provocar sintomas como inchaço local, interrupção localizada da coagulação do sangue e dor fulminante.

2 - Barata

As baratas são insetos caracterizados como cosmopolitas, que podem ser encontrados em qualquer lugar do planeta, mas menos de 1% é considerada sinantrópica, quando um organismo se instala em povoamentos humanos ao perceber os benefícios disso. Os registros mais antigos encontrados em fósseis indicam que a barata surgiu há cerca de 320 milhões de anos — basicamente pelas marcas deixadas pelas asas fossilizadas.

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Quando as baratas atuais são comparadas aos seus ancestrais, percebe-se a grande capacidade adaptativa às inúmeras mudanças de ambiente ao longo de milênios, apesar de pequenas modificações morfológicas. As mais significativas são variação no padrão e número das nervuras das asas e espinhos das patas.

3 - Escorpião

Conhecido também como lacrau, o escorpião é um animal invertebrado artrópode, com patas formadas por vários segmentos. Também pertence à classe dos aracnídeos, o que o torna um parente das aranhas. Atualmente são mais de 2 mil espécies, que podem atingir um tamanho de 10 cm a 12 cm. São animais com hábitos noturnos e discretos, que preferem se manter escondidos sob troncos ou pedras.

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As evidências científicas mais antigas mostram que escorpiões existem na Terra há pelo menos 400 milhões de anos, e algumas pesquisas apontam que foram eles os primeiros artrópodes a conquistar o ambiente terrestre. Hoje, os escorpiões modernos são encontrados em todos os continentes do planeta.

4 - Tuatara

A tuatara é um réptil endêmico na Nova Zelândia, o que significa que o país é o único local onde a espécie pode ser encontrada. Desde 1895, é considerada uma espécie ameaçada de extinção. Apesar de sua grande semelhança com os répteis modernos, a tuatara faz parte de uma linhagem diferente, a Rhynchocephalia, da qual é a única representante viva. Atualmente são encontradas duas sub-espécies.

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O réptil, que pode atingir até 60 cm de comprimento e pesar até 1 kg, se originou no período Triássico, cerca de 240 milhões de anos atrás. A tuatara possui um ancestral comum com os escamados, como lagartos e cobras, e é considerada como um elo importante entre os répteis extintos, que deram origem a dinossauros, répteis modernos, aves e até aos mamíferos.

5 - Rato-da-pedra-laociano

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O Rato-da-pedra-laociano é uma espécie de roedor que surgiu há mais de 11 milhões de anos e é considerado como o elo entre seu ancestral direto e os roedores modernos, como os ratos de laboratório. É uma espécie cuja descoberta é relativamente recente, pois foi observada pela primeira vez em 18 de abril de 2005. Vivem na selva ou em pântanos da região Khammouan do Laos. Infelizmente, o animal faz parte da lista de espécies ameaçadas de extinção.

6 - Tartaruga

O fóssil mais antigo de uma tartaruga é de uma espécie que viveu há mais de 215 milhões de anos, encontrado na Polônia. Ao contrário de boa parte das espécies modernas, essa não possuía sua carapaça unida à costela.

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Acredita-se que durante o período Jurássico — compreendido entre 195 a 163 milhões de anos atrás — as tartarugas passaram a não ter dentes e fundiram seu casco às costelas, dando origem aos cágados e tartarugas marinhas. As mais antigas viveram há 110 milhões de anos e eram morfologicamente semelhantes às espécies que vivem hoje.

7 - Crocodilo

Em termos evolutivos, os crocodilos são os parentes mais próximos dos dinossauros, e vivem nos rios das Américas, África, Ásia e Austrália, com origem há cerca de 230 milhões de anos. Seu ancestral conviveu com os dinossauros, mas os crocodilos modernos evoluíram há 84 milhões de anos, com poucas mudanças desde então; as mais notáveis são um esqueleto mais forte e também mais ágil.

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A principal arma de um crocodilo é a sua mandíbula, repleta de músculos e dentes. Uma única mordida pode atingir a impressionante marca de 1,5 toneladas, suficiente para perfurar o casco de tartarugas, seu aperitivo favorito.

8 - Caranguejo-ferradura

O caranguejo-ferradura, ou límulo, é normalmente encontrado no Golfo do México, mas também existe ao longo das costas dos oceanos Atlântico Norte, Índico e Pacífico e pode atingir até 51 cm. Alimenta-se de moluscos, vermes e outros invertebrados. Apesar do nome, a espécie está mais próxima das aranhas e escorpiões, do que de um caranguejo.

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É uma espécie que surgiu há cerca de 400 milhões de anos e passou por pouquíssimas modificações ao longo do tempo. Seu característico sangue azul é extremamente valioso para pesquisas médicas. Uma substância obtida a partir dele apresenta um ótimo resultado contra bactérias.

9 - Ocapi

Os ocapis são mamíferos que vivem no nordeste da República Democrática do Congo, na África Central. Apesar de suas pernas possuírem listras bem parecidas com as das zebras, é uma espécie bem mais próxima das girafas. Podem atingir até 1,5 m de altura e um comprimento médio de 2,5 m, e pesar até 350 kg.

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O animal surgiu cerca de 11,5 milhões de anos atrás, e compartilha o mesmo antepassado que deu origem às girafas. Atualmente, o ocapi corre risco de ser extinto.

10 - Tubarão-cobra

O tubarão-cobra, também conhecido como tubarão-enguia, é uma espécie à beira da extinção. Atingindo até 2 m de comprimento, é encontrado em grandes profundidades, que vão de 600 m a mais de 1 km.

É, atualmente, considerado um dos animais mais antigos já encontrados vivos; fósseis desta espécie com cerca de 80 milhões de anos já foram encontrados.

Fonte: Biólogo, Fossilworks