Toyota lança tecnologia que escurece vidros sem precisar de insulfilm
Por Danielle Cassita |

Insulfim nos vidros dos carros, para a Toyota, faz parte do passado. A marca japonesa revelou que seu Century SUV, veículo mais exclusivo da montadora, passa a oferecer janelas com vidros com controle de transparência. A tecnologia promete revolucionar a experiência dos passageiros, proporcionando uma espécie de “cortina digital” que confere mais privacidade aos ocupantes.
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Chamado “Digital Curtain” (ou “Cortina Digital”, em tradução livre), o recurso é uma tecnologia complexa patenteada pela japonesa GC, uma das maiores fabricantes de vidro no mundo. Basicamente, o sistema funciona com uma camada de filme laminado instalado entre duas placas de vidro automotivo.
Esse filme tem bastões microscópicos que mudam de direção conforme recebem ou não uma corrente elétrica. Quando a energia passa pelo vidro, os bastões se alinham e deixam a luz passar, deixando o vidro transparente; sem a energia, se dispersam e tornam a superfície opaca.
Tecnologias do tipo já são usadas para conferir maior privacidade a ambientes corporativos, por exemplo. Segundo a AGC, o diferencial do vidro do Century está em sua resistência pensada especialmente para o uso automotivo: o filme recebeu tratamento especial para não perder a eficiência com as vibrações do veículo, variações meteorológicas e longas distâncias.
VIPs do Japão mais protegidos
A funcionalidade é especialmente pensada para os ocupantes dos bancos traseiros — no caso, os donos do Century, pessoas poderosas e influentes do Japão, que preferem ser conduzidos em vez de dirigir. Apesar de anunciada há dois anos, a tecnologia só agora foi incorporada ao catálogo do modelo.
O recurso, no entanto, tem preço tão elevado quanto a exclusividade do modelo: são 2 milhões de ienes (cerca de R$ 76 mil) para quem quiser colocá-lo. Considerando que o veículo custa o equivalente a R$ 1 milhão e são produzidas apenas 50 unidades a cada mês, trata-se de mais um item voltado ao público que busca conforto máximo.
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Fonte: Uol