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Testamos o Toyota Corolla 2020, o primeiro carro híbrido flex do mundo

Por| 05 de Setembro de 2019 às 10h53

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Felipe Ribeiro/ Canaltech
Felipe Ribeiro/ Canaltech

O Canaltech teve a oportunidade de testar toda a linha do novo Toyota Corolla 2020 em primeira mão nesta semana, em evento realizado no Guarujá/SP. São três versões ao todo — GLi, XEi e Altis — com dois tipos de motorização. A primeira delas, uma 2.0 de 177 cv com 21,4 kgf/m de torque, transmissão Direct Shift de 10 marchas e injeção direta, é a padrão; enquanto a outra é a grande novidade para a 12ª geração do produto: a primeira motorização híbrida flex do mundo.

Em pouco mais de meia hora com cada um dos modelos, sentimos que a Toyota acertou a mão nessa nova geração do veículo. O Corolla sempre foi conhecido por ser um carro altamente eficiente, bonito, bem acabado, mas nem sempre divertido. Com as novas motorizações, sobretudo a 2.0, isso mudou um pouco, já que há 22 cv a mais do que na geração anterior, boas retomadas e um câmbio muitíssimo bem escalonado, que faz com que o motor seja melhor aproveitado.

2.0 de respeito, mas por que não o downsizing?

Uma das coisas que mais intrigam no Corolla 2020 é seu novo motor 2.0. Chamado de Dynamic Force Flex, ele despeja 177cv com 21,4 kgf/m de torque a 4.400 rpm. Ao acelerar do zero, fica a impressão de que falta um pouco de torque na saída, mas o que consideramos normal para o que o carro se propõe. No entanto, em retomadas, é que os saltos com relação ao seu antecessor ficam evidentes.

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Por padrão, o Corolla 2020 2.0 é programado para atuar no modo "Eco", o que, de fato o deixa mais anestesiado. Mas, ao acelerarmos um pouco mais forte, esse modo se desliga automaticamente, fazendo com que o carro ganhe desempenho. Mas, para quem quiser exigir mais do veículo, a Toyota adicionou o modo "Sport", que deixa o sedã fica mais arisco, com acelerações curtas e ronco mais alto. Uma delícia.

Mas, mesmo assim, fica no ar a pergunta: por que não o downsizing? Concorrentes como Jetta, Civic e Cruze adotaram motores menores, mas turbinados, o que gera mais eficiência em baixas rotações e arrancadas mais divertidas e eficientes. Em entrevista ao Canaltech, o vice-presidente Comercial América Latina e Caribe, Miguel Fonseca, aponta que o atual motor 2.0 é mais eficiente do que motores menores e mais linear, ou seja, funciona melhor em situações mais variadas. "Com a injeção direta e indireta, o ciclo Atkinson, que permite o cruzamento de válvulas e um melhor sistema de arrefecimento, este motor se torna ainda mais eficiente do que o anterior, gerando muito torque e funcionamento mais linear do que motores menores e turbinados", explicou à reportagem.

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Em termos de equipamento, muitas e muitas melhorias com relação ao Corolla 11. Mas, durante os testes, pudemos observar o funcionamento de três features importantíssimas: Sistema de Alerta de Mudança de Faixa (Lane Departure Alert, ou LDA), Controle de Velocidade de Cruzeiro Adaptativo (ACC) e Assistente de Pré-Colisão (Pre-Crash System, ou PCS) com alerta sonoro e visual e até frenagem automática, se necessária.

Ao comandar o veículo e mostrar um trajeto sinuoso sobre faixas, o LDA é acionado imediatamente e nos avisa que estamos pulando a faixa e invadindo a outra. Esse sistema, no entanto, não corrige totalmente a direção, mas a torna mais rígida como maneira de avisar ao motorista — além do aviso sonoro. Já o controle de velocidade adaptativo mantém o carro longe dos demais com velocidade constante sem maiores problemas e, em caso de frenagem brusca, o PCS faz o trabalho de frenar o carro — e também avisa o condutor. A grande vantagem, neste caso, é que ele pode atuar a até 180km/h, diferente de outros sistemas que atuam com menos velocidade. A desvantagem, no entanto, é não detectar motos e bicicletas — tampouco pedestres.

Ainda nos equipamentos, o Corolla ganhou uma central multimídia à altura. A Toyota Play, de 8 polegadas, é bem mais intuitiva que a anterior e faz espelhamento com Android Auto e Apple CarPlay.

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O híbrido flex

O sistema híbrido da Toyota, nesta nova geração do Corolla, combina um motor a gasolina de 1.8L VVT-i 16V de ciclo Atkinson flex, com 101 cv de potência a 5.200 giros quando abastecido com etanol, e 98 cv também a 5.200 rpm quando abastecido com gasolina, e 14,5 kgfm de torque a 3.600 rpm (em ambos combustíveis). Esse motor funciona em conjunto com dois motores elétricos (MG1 e MG2) de 72 cv de potência e 16,6 kgfm de torque, garantindo aceleração suave e excelente conforto ao rodar em qualquer tipo de condução.

A sensação ao dirigir é bem diferente do 2.0 e também bem diferente do Toyota Prius, o híbrido mais vendido do mundo. O Corolla híbrido flex consegue entregar todo o tipo de condução necessária ao motorista com o máximo de eficiência energética, mas não é tão esperto quanto seu irmão à combustão. Isso porque ele pesa quase 200kgs a mais e, tendo motores menos potentes, isso se reflete no desempenho.

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Mas, para um carro híbrido, o mais importante mesmo é o conforto e a economia, e nisso o Corolla está impecável. No circuito que testamos, ele teve impressionante média de 11 km/l no etanol, mesmo revezando entre os modos Eco, Normal e Power. "Nosso foco com o Corolla híbrido flex é na eficiência e, também, na preservação, emitindo o menor nível de poluentes possível. Esse processo vai desde o plantio e colheita da cana-de-açúcar, que agride menos o meio ambiente do que o milho (outra fonte de etanol), por exemplo, até o rodar do automóvel na pista", explicou Fonseca.

Outra diferença com relação ao Prius é a óbvia mudança no painel. A tela de de 7 polegadas no painel de controle é mais convencional (e completa) do que a que fica suspensa no Prius, o que torna a experiência do condutor mais agradável e facilitada.

E já que citamos o Prius duas vezes (ops, três), seguimos com outro aspecto intrigante: a chegada do Corolla híbrido pode, mercadologicamente, "matar" seu irmão de motor? Sendo o Corolla um carro já consolidado e de valor parecido com o Prius, como deixar os dois atuando ao mesmo tempo?

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Segundo Fonseca, o Prius possui um público cativo, pois foi concebido com design diferenciado (e controverso), tanto externa quanto internamente, além de demonstrar outro tipo de eficiência na condução e performance. "O Corolla é um carro com mais volume de vendas, mas o Prius possui uma clientela fiel, porque seu design cativa um certo tipo de cliente: aquele que busca futurismo. Nós não vamos deixar de atendê-lo", explicou o vice-presidente.

Equilíbrio e eficiência

As primeiras impressões sobre a nova linha do Toyota Corolla são as melhores possíveis. Eficiência, equilíbrio, conforto e bom desempenho. Adjetivos que acompanham este automóvel à décadas, mas que, agora, com a chegada de suas novas versões (sobretudo a híbrida flex), podem ser elevados a um novo patamar.

Todas as versões do Corolla 2020 estarão disponíveis no Brasil a partir do dia 13 de setembro por a partir de R$ 99.990. Confia abaixo as versões e valores:

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  • Toyota Corolla 2020 GLi 2.0L Dynamic Force Flex: R$ 99.990
  • Toyota Corolla 2020 XEi 2.0L Dynamic Force Flex: R$ 110.990
  • Toyota Corolla 2020 Altis 2.0L Dynamic Force Flex: R$ 124.990
  • Toyota Corolla 2020 Altis Híbrido Flex: R$ 124.990

O Canaltechviajou à convite da Toyota do Brasil para o lançamento do Corolla 2020.