Táxis sem motorista da Baidu começam a "invadir" Hong Kong
Por Paulo Amaral |

Os táxis autônomos, também chamados de robotáxis, veículos que dispensam a presença do motorista humano e vêm se tornando cada vez mais comuns em alguns centros urbanos dos Estados Unidos, chegaram a Hong Kong.
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A Baidu, gigante do segmento de tecnologia que, na Ásia, é carinhosamente chamada de “Google da China”, anunciou que a divisão de carros autônomos da empresa vai iniciar os trabalhos com seus táxis autônomos na região de North Lantau, inicialmente de forma discreta.
O projeto, batizado como Apollo Go, teve início em 2021, com 10 carros operando em uma região diminuta de Pequim. Pouco a pouco, os serviços foram ganhando terreno e se espalhando por outros centros importantes da China.
Agora, em Hong Kong, a ideia é implementar a operação aos poucos, também com apenas 10 robotáxis sem motorista percorrendo os setores pré-determinados no acordo firmado com os órgãos locais de trânsito.
Um robotáxi por vez
Uma particularidade dos táxis sem motorista da Baidu que começaram a trabalhar em Hong Kong diz respeito às regulamentações que precisarão ser seguidas, principalmente no início do contrato, que é válido até dezembro de 2029.
Inicialmente, apenas um carro autônomo da Baidu será liberado para operar em determinada região de cada vez. Ou seja: se dois clientes precisarem do serviço ao mesmo tempo, apenas o primeiro que fizer a chamada via aplicativo Baidu Go será atendido.
A ideia de restringir a presença de robotáxis rodando juntos em um mesmo lugar tem a intenção de evitar confusões, como a ocorrida em San Francisco, nos Estados Unidos, em setembro do ano passado. Na ocasião, houve um verdadeiro caos na San Gabriel Street, em Austin, com direito a carros na contramão e uma série de “quase acidentes” entre os próprios robotáxis.
Na ocasião, a Waymo culpou o tráfego intenso de pedestres e carros na San Gabriel Street pela enorme confusão envolvendo seus robotáxis autônomos. O porta-voz alegou que os carros foram monitorados e manobrados remotamente e conseguiram colocar um fim à confusão “priorizando a segurança e, principalmente, tendo cuidado com os pedestres”.
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