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Presidente da Ford descarta fazer apenas elétricos e vê Ranger no topo

Por| Editado por Jones Oliveira | 16 de Junho de 2024 às 08h00

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Paulo Amaral/Canaltech
Paulo Amaral/Canaltech
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A Ford repensou sua estratégia de investimentos e, após um prejuízo milionário com a produção de carros elétricos nos Estados Unidos, resolveu frear a transição energética de seu portfólio de carros, picapes e SUVs. O Canaltech conversou com exclusividade o presidente da Ford América do Sul, Martin Galdeano, sobre a nova estratégia da montadora.

Durante evento que marcou o início da produção dos motores da Ranger na planta de General Pacheco, na Argentina, o executivo revelou à reportagem que, ao contrário de algumas concorrentes que vêm reafirmando o compromisso com a conversão total da frota para veículos eletrificados, a Ford ainda vê espaço para todos os tipos de propulsores — inclusive à combustão.

"Vamos continuar investindo em todas as tecnologias. ICE (Internal Combustion Engine), que é o motor a combustão, híbrido e elétrico. Chamamos isso de poder de escolha, e o poder de escolha é do cliente. Queremos ter opções em todos os powertrains".
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Ford aposta em Ranger no topo

A decisão de seguir apostando em motores movidos apenas por combustível fóssil ficou clara quando Martin Galdeano foi questionado sobre seus planos para a Ford Ranger, picape que briga com Chevrolet S10 e Toyota Hilux pelo posto de mais vendida do Brasil no segmento das médias.

Na visão do presidente, a Ranger vem mostrando, com números, que é uma questão de tempo para galgar posições no ranking e ultrapassar as rivais que hoje estão à sua frente. Mas sem pressa:

"Tem praças no Brasil que precisamos de mais volume para atender a demanda atual. Vamos passo a passo e esse é o primeiro. Creio que temos espaço para crescer no Brasil com a Ranger".

O otimismo de Galdeano não é mera ambição. Os números oficiais apresentados pelos executivos onde a picape é fabricada comprovam o crescimento da Ranger no Brasil.

Segundo os dados da Ford, a Ranger ampliou sua fatia de mercado de 5% em 2022 para17% em 2023 e 19% nos primeiros 5 meses de 2024, enquanto S10, Hilux e Volkswagen Amarok apresentaram queda.

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A Ranger também já ultrapassou a S10 e a Hilux em dois mercados importantes, onde o segmento agro dita o tom — Brasília e Goiás. Agora, a ideia é expandir esse domínio para outras regiões.

"A Ranger cresce desde o lançamento em todos os mercados de forma muito consistente, não apenas no Brasil e, em 2023 teve o maior aumento de vendas de toda a categoria", comentou Pedro Resende, Diretor de Vendas e Rede da Ford, avalizando o otimismo do presidente.