5 motivos para não comprar o GWM Haval H6 HEV
Por Felipe Ribeiro • Editado por Jones Oliveira |
Não há duvidas quanto à ótima qualidade do GWM Haval H6 HEV, a versão de entrada do SUV chinês que acabou de ser lançado no Brasil. Com ótimo conjunto de equipamentos, espaço interno avantajado e motor com ótimo desempenho, ele promete bagunçar a vida de modelos híbridos e a combustão no segmento.
Nós listamos alguns dos pontos positivos do Haval H6 HEV e que podem te ajudar a, de fato, fechar um bom negócio em uma das concessionárias da GWM pelo Brasil. São eles:
- Pacote de Tecnologia e comodidade
- Desempenho
- Espaço Interno
- Acabamento
- Preço
Mas nem tudo são flores e alguns pontos merecem atenção. Pensando nisso, o Canaltech listou 5 motivos que podem fazê-lo não comprar o GWM Haval H6 HEV.
Qual é o público-alvo do GWM Haval H6 HEV?
Por seu porte grande (embora seja um SUV médio), bom conjunto de equipamentos e motor competente, o Haval H6 HEV deve atrair compradores que buscam carros mais familiares, que realizam muitas viagens e não abrem mão do conforto e da segurança para essas situações.
Aqui, a esportividade fica em segundo plano e temos um comportamento mais sóbrio, porém mais do que suficiente para um uso corriqueiro.
5 motivos para não comprar o GWM Haval H6 HEV
O Canaltech passou alguns dias em posse da versão híbrida convencional do SUV chinês e listou 5 motivos para não comprar o GWM Haval H6. Veja quais são.
5. Concierge
Se a ideia da GWM é colocar o Haval H6 para competir com o Jeep Compass, já poderia ter lançado o SUV com o sistema de concierge ativo. No interior do carro, os botões de SOS alusivos a essa função estão desativados e a equipe de front end ainda não está pronta. Segundo a GWM, a conectividade do SUV será ampliada com esse serviço em breve.
4. Interface da central multimídia
Embora a central multimídia de 12,3 polegadas tenha uma ótima tela e funções excelentes, a interface demanda uma boa curva de aprendizado, principalmente pelo fato de que não há botões, algo que criticamos costumeiramente aqui no Canaltech, embora a proposta da montadora seja mesmo de ser minimalista.
Para achar deteminadas funções, compensa mais apertar os botões de atalho no volante (com o carro parado, é bom ressaltar) do que fuçar diretamente na tela da central.
3. Acesso aos modos de condução
Há alguns modos de condução no Haval H6 que interferem, sim, no comportamento do carro. A questão é que eles deveriam, no nosso entendimento, ser acessados por um botão específico no console e não com atalhos no volante ou central.
Mesmo apertando um botão no volante e direcionados para a tela da central, precisamos selecionar na tela qual tipo de condução queremos ter. Novamente: entendemos o conceito minimalista, mas ele está bem exagerado por aqui.
2. Design
Não dá para dizer que o Haval H6 HEV é feio — muito pelo contrário. Há, sim, harmonia no design e ele chama atenção pelo porte e linhas bem sóbrias. Mas, se há uma coisa que algumas marcas chinesas ainda precisam evoluir é no design, já que em todo o resto a melhora foi bem grande.
Ao observar o Haval H6, temos sempre a sensação de estar diante de um carro já conhecido. Há elementos, por exemplo, que lembram muito o Peugeot 3008 (dianteira), alguns modelos da antiga Land Rover, como o Discovery, e até de concorrentes chinesas, como a Caoa Chery.
Falta exclusividade nessa versão do carro, algo que não ocorre na variante PHEV GT, por exemplo.
1. Consumo
Algo que nos incomodou no uso com o Haval H6 HEV foi o consumo. Abastecido com gasolina (ele não é flex), as médias ficaram aquém do que esperávamos, mesmo com o bom conjunto mecânico. Aqui, o funcionamento do motor elétrico pode ser o vilão.
No uso urbano, anotamos pouco mais de 9 km/l, enquanto na estrada, essa média foi de 12,4 km/l, algo que espanta considerando que carros híbridos vão melhor na cidade em comparação ao ciclo rodoviário. Isso acontece porque a intervenção do motor elétrico é bem tímida, mesmo no modo Eco. A bateria, que é de 1,7 kWh, se esgota rapidamente e isso faz com que o propulsor a gasolina atue mais para recarregá-la.
Para efeito de comparação, o Toyota Corolla Cross Hybrid, quando abastecido com gasolina, pode ter médias de até 20 km/l na cidade com alguma facilidade.