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Eletrificação vai "matar" sedãs, prevê chefe de design da Mercedes

Por| Editado por Jones Oliveira | 09 de Setembro de 2021 às 13h15

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Nika Tabatadze/Unsplash/CC
Nika Tabatadze/Unsplash/CC

A Mercedes anunciou recentemente que pretende extinguir completamente os veículos a combustão de seu portfólio e, a partir de 2030, passar a produzir apenas carros, utilitários e vans com propulsores 100% elétricos. Nesta quarta-feira (8), Gorden Wagener, chefe de design da Daimler, empresa responsável pelo visual dos veículos Mercedes, foi além.

O executivo praticamente decretou a “morte” de um dos modelos mais tradicionais da luxuosa marca com a expansão da eletrificação da linha: os sedãs de 3 volumes. Wagener enumerou os principais motivos que levarão à extinção do modelo, mas não se mostrou triste com o que o futuro reserva.

“A eletrificação matará os sedãs de 3 volumes por vários motivos. O primeiro é a aerodinâmica. O segundo é que, com um conjunto de baterias de 15 cm, um sedã de 3 volumes ficará uma m****. Você tem que fazer algo que resolva visualmente a altura e, por isso, criamos o design ousado dos modelos EQS. Eles parecem esticados, estilosos”.

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De acordo com o executivo, a eletrificação vai “mudar a proporção dos carros”. Por conta disso, a empresa terá de trabalhar para ter certeza de que todos não pareçam iguais. “Este medo existe há 30 anos. Conseguimos fazer antes com que pareçam diferentes e estou confiante que faremos isso no futuro. A eletrificação é uma grande chance de mudar as coisas, e mudar é sempre bom”, comentou.

“Supercomputador sobre rodas”

Ao falar especificamente das mudanças de design apresentadas por carros elétricos, o executivo da Daimler, responsável pela aparência dos carrões da Mercedes, fez uma comparação inusitada. Para Gorden Wagener, a linha da eletrificação é caracterizada por um visual “menos agressivo”.

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“O que você vê com a eletrificação é que a grade dianteira está sumindo. Todos estes novos modelos não tem uma grade – eles não têm uma cara na frente, são um pouco anônimos. Eles todos são muito parecidos. Parecem agressivos? Não. Eles querem parecer mais com um supercomputador sobre rodas”.

O executivo afirmou que a mudança, talvez, esteja sendo causada também pelo fato de os carros autônomos (que dispensam a presença de um motorista) estarem cada vez mais presentes nos planos das montadoras. “Talvez, à medida em que dirigir se torna mais automático e o carro independe do motorista, ele tenha que se parecer mais com um computador e menos com um animal agressivo, ou algo assim. No geral, diria que todos estamos deixando de usar designs mais agressivos”, concluiu.

Fonte: Top Gear