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Comparativo: carro de Fórmula 1 x Fórmula E

Por  • Editado por Jones Oliveira |  • 

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Divulgação/Nissan e Giorgio Piola
Divulgação/Nissan e Giorgio Piola

A Fórmula E acelerou pelas ruas da zona norte de São Paulo (SP) no último final de semana, trazendo ao Brasil, novamente, toda a performance e poder dos carros elétricos. É justamente essa a ideia da competição, que serve como vitrine para o mercado de eletrificação e fomenta o interesse por veículos sustentáveis.

Engana-se, porém, quem acha que a tecnologia ainda deixa a desejar. Enquanto a evolução rápida e o longo caminho a seguir para a categoria costumem ser citados pelos executivos da Fórmula E, eles também não escondem a empolgação ao citar o desejo de ver a categoria entre as principais do automobilismo global.

Aliás, em número de fãs, a modalidade fica atrás apenas da F1 e da MotoGP. Enquanto a presença do público aumenta mais e mais, cresce também a empolgação pelas máquinas, principalmente quando se leva em conta que uma das provas mais tradicionais da Fórmula 1 também tem sua sede no Brasil, no clássico Autódromo de Interlagos.

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Pensando nisso, colocamos na ponta do lápis as estatísticas de um carro da F1 e o Gen3, como é chamado o modelo atual da Fórmula E. As modalidades têm suas peculiaridades em termos de funcionamento e regras, que inclusive levam a mais competitividade, mas uma olhada nos números também ajuda a entender em que elas se equiparam e, também, o que está faltando.

Carro de F1 x carro de Fórmula E

A Fórmula E está, em 2024, no segundo ano de implementação do Gen3. O ciclo da categoria se renova completamente a cada quatro anos; a cada dois, há uma nova homologação pela FIA (Federação Internacional do Automóvel) que permite alterações mais consistentes em trens de força, baterias e outros sistemas físicos.

“Em um ano intermediário, as principais mudanças estão nos softwares e sistemas de controle”, explica Tomasso Volpe, diretor da equipe Nissan de Fórmula E. A principal busca, aponta ele, é sempre pela otimização no gerenciamento de energia, para que as máquinas possam correr por mais tempo com o máximo de performance.

30% do pacote total dos carros da Fórmula E não podem ser alterados pelas equipes. Todas as equipes usam os mesmos chassis, suspensões, baterias, motores e carenagem nos carros, enquanto os sistemas de gerenciamento e, principalmente, o powertrain representam as tecnologias que garantem vantagem competitiva para os times.

A Fórmula 1 tem normas mais abertas com relação a isso, o que faz com que os carros das equipes sejam bem diferentes entre si — até mesmo em times ligados à mesma organização, como é o caso da Red Bull e da Visa Cash App RB, antiga AlphaTauri. As regras legislam sobre o tamanho máximo das máquinas, a distância entre rodas e aspectos técnicos dos motores.

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Enquanto todos os carros da F1 usam unidades de potência V6 turbo-híbridas, elas também podem variar bastante de um fabricante para outro em termos de performance. Quando se olha de perto, é possível notar que o aparato de segurança, como células de sobrevivência e o halo, são exatamente os mesmos para todas as máquinas.

Isso também tornou a tarefa de colocar os veículos lado a lado um pouco mais difícil, mas a gente tentou. Confira a tabela que compara o Gen3, da Fórmula E, com o RB19, carro da equipe Red Bull que deu o terceiro título mundial ao piloto Max Verstappen:

Formula E Gen3Red Bull Racing RB19
FabricanteSpark Racing TechnologyRed Bull Racing
Motor-Honda RBPTH001 V6
Potência469 HP (350 kW)1.080 HP (805 kW)
Bateria47 kW-h (169 MJ)-
Velocidade máxima320 km/h340 km/h
Recuperação de energiaAté 0,5 MJ por volta2 MJ por volta
Comprimento5.016,2mm5.000mm
Altura1.023,4mm950mm
Largura1.700mm2.000mm
Distância entre eixos2.970,5mm3.050 - 3.150 mm
Peso760 kg (sem piloto)798 kg (sem piloto)
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* O jornalista viajou a convite da Nissan.