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Qual a velocidade máxima de um carro de Fórmula 1?

Por| Editado por Jones Oliveira | 19 de Junho de 2022 às 11h45

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Divulgação/Formula 1
Divulgação/Formula 1

As mudanças no regulamento tornaram os carros de Fórmula 1 mais lentos na temporada de 2022. Mas isso não significa que eles deixaram de ser velozes, já que as velocidades ultrapassam facilmente os 300 quilômetros por hora, principalmente nas longas retas de circuitos clássicos da categoria. A marca, inclusive, virou sinônimo da disputa, sendo repetida por narradores e comentaristas o tempo todo.

Alterações nos chassis e no tamanho dos carros e dos pneus, assim como um problema de trepidação que vem incomodando os pilotos e as equipes desde a primeira corrida, porém, vêm se tornando desafios para a Fórmula 1 em 2022. As disputas melhoraram, com os carros um pouco mais equiparados entre si, o que gera um show de ultrapassagens a cada prova.

Mas afinal de contas, quão rápidos os carros de Fórmula 1 são? Essa não é uma resposta fácil como um número, uma vez que a velocidade é definida por uma série de fatores que vão desde os ajustes até as possibilidades dadas por cada pista. Dá sim para falar em recordes e estatísticas, mas elas só contam parte da história.

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Qual a velocidade de um carro de Fórmula 1 em 2022?

A lentidão esperada por muitos fãs da velocidade, quando veio a informação de que as máquinas se tornariam menos velozes, não se confirmou nos testes pré-temporada e, muito menos, nas corridas até agora. A expectativa da FIA, por exemplo, era de que os tempos totais de volta aumentariam de dois a três segundos, com os primeiros dias de carros na pista provando que eles estão na parte mais rápida desse espectro.

Vamos tomar como exemplo o circuito de Barcelona, na Espanha, uma das pistas mais rápidas já visitadas pela Fórmula 1 em 2022 e onde também acontecem os testes de pré-temporada. Lá, Lewis Hamilton, da Mercedes, garantiu a 100ª pole de sua carreira com um tempo de 1m16s741; em 2022, Charles LeClerc, da Ferrari, largou da primeira colocação após obter uma marca de 1m18s750, pouco mais de dois segundos abaixo.

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É importante lembrar que, no caso de um carro de Fórmula 1, o tempo é uma medida melhor sobre a velocidade dos carros do que a própria contagem de quilômetros por hora. Isso, novamente, se deve a múltiplos fatores, como as diferenças entre pistas e acertos, bem como às alterações drásticas ao longo de uma corrida. Estas máquinas podem reduzir de mais de 100km/h a menos de 100km/h em poucos segundos para realizar uma curva, e retornar ao estado anterior muito rapidamente.

É por isso que, por exemplo, a distância entre os carros durante uma prova é medida em tempo. Dizer que um piloto está três segundos à frente significa que o que vem atrás passará no mesmo local após esse tempo, uma vez que a distância em metros pode ser significativamente reduzida, em uma curva lenta, e ampliada em uma reta, sem que uma ultrapassagem aconteça.

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Então, respondendo à pergunta inicial, a velocidade máxima de um carro de Fórmula 1 é de 360 km/h. Essa é uma estimativa oficial da própria FIA, a Federação Internacional do Automóvel.

Qual a maior velocidade já alcançada por um carro de Fórmula 1?

Novamente, esta não é uma pergunta de resposta fácil, daquelas que depende de diferentes aspectos. Mas falar em recordes absolutos, novamente, é um testamento da altíssima capacidade tecnológica e de competição destes carros, ainda que tais velocidades máximas não sejam uma constante na maioria dos circuitos e disputas. Muitas vezes, na Fórmula 1, vale mais saber manejar o carro do que, efetivamente, ser o mais veloz de todos os tempos.

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Na temporada de 2022, o recorde de velocidade mais alta é do piloto dinamarquês Kevin Magnussen, da Haas. Ele atingiu 345,6 km/h durante o Grande Prêmio de Miami, nos Estados Unidos, realizado em maio; apesar disso, ele teve de abandonar a prova na penúltima volta devido a problemas na asa dianteira, definindo esta como uma das corridas mais complicadas de sua carreira.

Já o finlandês Valteri Bottas, hoje no volante da Alfa Romeo, é o dono dos recordes de maiores velocidades da história da Fórmula 1 em um treino classificatório e também em uma corrida. À bordo de uma Williams, na classificação para o Grande Prêmio da Europa de 2016, no Azerbaijão, ele atingiu a velocidade de 378 km/h; a segunda marca veio no GP do México do mesmo ano, quando ele chegou a 372,5 km/h durante a corrida no autódromo Hermanos Rodríguez, na Cidade do México.

A volta mais rápida de todos os tempos foi marcada por Lewis Hamilton em 2020, na pista de Monza, na Itália. Na classificação para o Grande Prêmio da Itália daquele ano, ele obteve uma média de velocidade de 264,3 km/h — novamente, leve em conta que uma medida de tempo, aqui, não faria sentido, uma vez que cada prova tem uma extensão diferente e, com isso, voltas maiores ou menores. Vale a pena citar, porém, que o circuito foi a casa de 91 das 100 voltas mais rápidas de todos os tempos na Fórmula 1, fazendo mais do que nunca jus ao apelido de “Catedral da Velocidade”.

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Fora das competições oficiais, a velocidade mais alta já atingida por um carro de Fórmula 1 é de 397,3 km/h. Ela foi obtida pelo piloto Alan van de Merwe em testes da equipe Honda F1 nos desertos de sal de Bonneville, nos Estados Unidos; aqui, a ideia era entender qual o limite máximo que uma máquina da categoria poderia alcançar em uma linha reta, fora de uma situação de corrida.

Fora do regulamento, algumas mudanças significativas foram feitas, como a remoção de limitadores do motor V10 usados na época e alterações na asa traseira, que ficou parecida com a de um avião. Até o momento da mudança de marchas fazia diferença, já que o objetivo era ultrapassar a marca dos 400 km/h, não alcançada por pouco.

Fonte: WTF1 #1, #2, The Race