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Empresa desenvolve avião híbrido-elétrico para competir com carros voadores

Por| Editado por Jones Oliveira | 22 de Setembro de 2021 às 19h00

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Divulgação/ Craft Aerospace
Divulgação/ Craft Aerospace

A startup estadunidense Craft Aerospace quer oferecer uma aeronave que seja capaz de enfrentar os carros elétricos voadores e alguns jatos pequenos e turboélices tradicionais. Para isso, ela desenvolveu um modelo híbrido-elétrico de nove lugares que pode voar por rotas regionais de até 1.600 quilômetros a uma velocidade de 500 km/h, mas com capacidade para pousos e decolagens verticais.

A fuselagem desse veículo lembra muito a de um jato executivo, mas seu funcionamento e motorização são bem diferentes. A começar pelo formato das asas, que carregam 14 rotores de cada lado e estão posicionados como se fosse um losango, com parte desse conjunto se agregando à cauda do avião. O curioso é que essa disposição não indicaria que a decolagem pudesse ser feita de modo vertical, mas uma demonstração da empresa acaba com essas dúvidas.

Ao ligar os motores, o avião se comporta como um verdadeiro eVTOL (veículo elétrico com decolagem vertical), tornando sua operação mais facilitada para cidades e heliportos convencionais. O segredo está na vetorização da força, que é feita com uma pequena inclinação da aeronave e a utilização de flaps na traseira. Para voar em direção frontal, basta que o piloto acione o recolhimento dessa peça. 

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Segundo a Craft, a aeronave seria capaz de levar até 1.130kgs a uma velocidade de 556 km/h. O powertrain seria híbrido-elétrico, ou seja, parte de seu funcionamento ainda precisaria de querosene de aviação, mas com bem menos poluição e ruídos. Além do ótimo desempenho, o alcance também deve preocupar fabricantes de aviões pequenos, já que o modelo, quando pronto, poderá voar até 1.600 quilômetros de distância.

Negócio ainda decolando

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Por mais promissor que seja seu avião híbrido-elétrico, a Craft ainda está em um estágio inicial de captação de recursos e negociações com clientes. A empresa conseguiu arrecadar US$ 3,5 milhões em uma rodada inicial para criar um modelo de tamanho reduzido, de modo que pudesse testar a tecnologia — o que foi bem-sucedido. Além disso, há uma carta de intenções da companhia aérea JSX para a compra de 200 a 600 unidades. 

Se a venda for concretizada, o prazo inicial da Craft para o início das operações, que é 2026, pode ser adiantado. Vale lembrar que muitas outras empresas estão investindo em soluções de mobilidade urbana aérea e elétrica, como a Embraer, Urban, Volocopter, entre outras. 

Fonte: New Atlas