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Empresa desenvolve carro voador com sistema inovador de propulsão sem hélices

Por| Editado por Jones Oliveira | 17 de Agosto de 2021 às 08h10

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Divulgação/ Jetoptera
Divulgação/ Jetoptera

Você já ouviu falar em propulsão fluídica? Essa foi a tecnologia escolhida pela startup Jetoptera para o desenvolvimento de seu carro voador elétrico e promete ser ainda mais revolucionária do que os demais modelos que estão em testes pelo mundo, principalmente por dispensar o uso de hélices ou rotores, bem comuns nos eVTOLs (veículos elétricos com decolagem vertical).

Programado para ser lançado em dois anos, o J-2000 está em desenvolvimento para funcionar tanto com motorização elétrica quanto a combustão. Seu diferencial, porém, é que, para decolar e acelerar, o propulsor não vai demandar hélices, e sim pequenos jatos acoplados no interior da fuselagem e que serão mais silenciosos do que a solução comumente adotada por empresas como Embraer e Volocopter.

Esses jatos utilizam uma espécie de ventilador sem pás para gerar o ar que transpassará por dois orifícios e dará ao carro voador a capacidade de acelerar e decolar com mais eficiência e menor ruído. O ar é forçado para trás sobre uma superfície que possui formato de asa ao redor de um anel, onde é criada uma pressão negativa que dá ao veículo sua sustentação. 

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A Jetoptera afirma que esse tipo de sistema melhora a eficiência da propulsão do carro voador em 10%, além de reduzir o consumo de combustível em 50% em comparação aos pequenos turbojatos. A tecnologia fluídica, se comparada com as variantes equipadas com hélices, é 30% mais leve e também muito menos complexa.

"[A propulsão fluídica] tem muitas vantagens em relação a outras abordagens: mais rápida, mais simples, mais silenciosa, mais compacta e com custo mais baixo. Nosso sistema de propulsão é distribuído e se adapta naturalmente à nossa missão de criar aeronaves de decolagem e pouso vertical de velocidade, alcance, carga útil e eficiência incomparáveis para o transporte de cargas e pessoas", disse a Jetoptera em comunicado publicado em seu site.

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Segundo a Jetoptera, o J-2000, foi batizado com esse nome devido ao seu peso máximo de decolagem, que é de 2.000 libras (907 kg). Já com relação ao desempenho, a startup afirma que a energia necessária para impulsionar o modelo de entrada da aeronave a 320 km/h por 30 minutos é de 100 kWh, podendo ser fornecida por meio de uma bateria de íon-lítio de 600 kgs ou 26kgs de querosene. 

A empresa também afirma que o J-2000 não será o único modelo em desenvolvimento. Estão programadas versões mais rápidas e com mais capacidade de carga.

Fonte: Jetoptera, General Electric, Click Petróleo e Gás