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Tim Cook diz que Android tem 47 vezes mais malware que o iOS

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 17 de Junho de 2021 às 11h25

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Divulgação/Apple
Divulgação/Apple
Tim Cook

Um dos principais argumentos da Apple em defesa da distribuição de apps exclusiva da App Store em seu ecossistema é manter o iPhone livre de malwares. O CEO da gigante, Tim Cook, reiterou sua preferência pelo modelo durante uma entrevista para o portal Brut, alegando que o sistema concorrente, o Android, tem 47 vezes mais aplicativos maliciosos que o iOS.

Segundo o executivo, o iOS é mais seguro porque só permite o download de aplicativos avaliados de dentro para fora, quando eles são analisados de forma profunda antes de serem finalmente distribuídos na App Store. Durante esse processo, há uma intensa procura por malware para evitar que tal mal alcance a loja de apps e, consequentemente, os usuários.

Tamanho esforço para manter a loja livre de perigos seria bem-vista pelos clientes da marca. “Consumidores comentam frequentemente o quanto eles valorizam isso. Por isso, continuaremos ao lado dos usuários nas discussões", comentou Cook. "Penso que muitas pessoas concordam que privacidade é uma das principais questões desse século”, completou.

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As políticas rígidas da Apple na distribuição de aplicativos colocaram a empresa como alvo de autoridades reguladoras e serviram como estopim para brigas judiciais em diversas partes do mundo, como a disputa que ocorre contra a Epic Games. Curiosamente, Tim Cook acredita que há “aspectos importantes” em discussão, porém, também existiriam nesse embate lados que “não são para o bem dos consumidores”.

Uma das maiores preocupações de Tim Cook sobre o avanço da legislação de privacidade é a demanda de abertura do ecossistema para download de fontes externas. O CEO menciona que a Lei de Mercados Digitais, do Reino Unido, segue este caminho e, se aprovada, “destruiria a segurança” do iPhone e as iniciativas da Apple na proteção do usuário.

A causa do problema

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A disputa judicial travada entre a Apple e a Epic Games ainda não teve um devido desfecho nos Estados Unidos, mas vários pontos relevantes sobre a relação da fabricante com outras companhias foram levantados. Enquanto testemunhava no caso, Tim Cook defendeu pontos semelhantes aos da entrevista sobre App Store.

Em contrapartida, documentos sigilosos mostraram que a Maçã até negociou vantagens exclusivas com a Netflix, uma das maiores competidoras no segmento de streaming, para ela continuar adotando o sistema de pagamentos da App Store quando a plataforma cogitou migrar para uma solução externa. A companhia ofereceu compartilhamento de dados detalhados sobre usuários, campanhas promocionais conjuntas e até venda de produtos acompanhadas por assinaturas do serviço como bônus. A diminuição da comissão de 30%, porém, não foi mencionada.

Enquanto há apelo para uns, outros competidores encaram a Apple como "um valentão implacável" do mercado mobile. Por anos, o Spotify alega que a fabricante adota medidas arbitrárias quanto à distribuição de aplicativos. Em 2019, por exemplo, a companhia jogou a briga para o público em um vídeo promocional chamado "É hora de jogar limpo".

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O parecer da justiça estadunidense, por outro lado, foi favorável ao modelo da Apple. A autoridade responsável pelo caso se isentou da tomada de decisão sobre os negócios da Apple, afirmando que "tribunais não dirigem negócios". Ela observou que a solicitação de abertura poderia se enquadrar como uma tentativa da Epic de concorrer com a própria Apple, já que ela também possui uma loja virtual.

Fonte: Brut (YouTube)