Spotify alcança marca histórica de assinantes

O Spotify anunciou ter superado a marca de 205 milhões de assinantes do serviço em 31 de dezembro de 2022. Os dados são referentes ao balanço do último trimestre, que traz dados interessantes sobre o serviço, além da marca inédita de usuários pagos. O anúncio foi feito pelo CEO e fundador do Spotify, Daniel Ek, no perfil oficial do Twitter.

• Spotify lança "cápsula do tempo" musical que só poderá ser aberta em 2024
• Spotify no iPhone terá listas de reprodução sob medida para o seu treino

O crescimento no total de pagantes foi de 14% no comparativo com o ano anterior: de 180 milhões para 205 milhões. Associado a isso, o número de usuários ativos mensais também saltou de 406 milhões para 489 milhões de pessoas, um aumento de 20%. A diferença de dados ocorre porque o Spotify trabalha com planos gratuitos (com anúncios e limitações) e uma assinatura paga com vantagens.

O resultado do trimestre superou a expectativa da companhia, cujo objetivo era alcançar 479 milhões no total, sendo 202 milhões de assinantes premium. Os números podem trazer um certo alívio para a companhia após uma demissão que reduziu em 6% o quadro de funcionários da empresa, totalizando mais de 600 dispensados de uma vez.

Ainda que tenha superado metas, o Spotify ainda está longe do ideal em termos financeiros. O serviço registrou prejuízo operacional de € 231 milhões (quase R$ 1,3 bilhões) nos três últimos meses do ano passado. Sob outra ótica, os dados estão até mais positivos, já que o prejuízo anterior havia sido de € 300 milhões (mais de R$ 1,6 bilhões).

Receita por assinante cai, mas números seguem em alta

A receita média por assinante premium agora está fixada em € 4,55 (R$ 25,12, em conversão direta), aumento de 3% em relação ao ano anterior. Apesar não ser ruim, houve uma ligeira queda em relação a 2022, quando esse montante ficou estabelecido em € 4,63 (R$ 25,57) no trimestre.

Por enquanto, o Spotify segue com seu serviço tradicional, sem oferecer assinaturas mais encorpadas como fazem os concorrentes Apple Music, Amazon Music, Tidal e Deezer. Uma das promessas feitas há quase dois anos era lançar um plano HiFi, que ofereceria streaming de áudio com qualidade superior, sem perdas e ideal para quem curte som mais límpido.

Mesmo assim, o usuário regular do streaming sueco não parece estar insatisfeito com o serviço, afinal houve crescimento na base de usuários. Os mais de 200 milhões de assinantes são um marco no setor, algo que nem os maiores rivais estão próximos de alcançar.

Dados da pesquisa MIDiA Research estimam que o setor inteiro tinha quase 524 milhões de assinantes em 2021. O Apple Music, segundo colocado no ranking tem apenas 15% do mercado, algo equivalente a 78 milhões de usuários premium. Já o Amazon Music, terceiro da lista, responde por 13% do market share, ou algo em torno de 68 milhões de público pagante.

Em novembro do ano passado, o app do Spotify para Apple Watch foi renovado para tentar levar a experiência dos celulares para os relógios. Dois meses antes, o serviço anunciou a intenção de ingressar no mercado de audiobooks, pegando carona em um mercado em constante crescimento mundial.