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Spotify ganha suporte a audiolivros, mas você precisará pagar a mais por eles

Por  • Editado por  Douglas Ciriaco  | 

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Reprodução/Spotify
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O Spotify adicionou audiolivros à plataforma de streaming nesta terça-feira (20), inicialmente para usuários nos Estados Unidos. Os ouvintes precisam pagar individualmente por título e terão à sua disposição uma biblioteca de 300 mil títulos de grandes e pequenas editoras. Para isso, o aplicativo criou uma área específica para abrigar essa nova modalidade e usará a busca para facilitar na localização dos conteúdos.

Como eles serão comercializados à parte, os audiolivros terão um ícone de cadeado ao lado deles. O conteúdo obviamente só será liberado após o usuário concluir a compra, podendo assim ouvir quantas vezes desejar e até baixá-lo para escutar offline.

Os preços serão definidos pelas editoras e não há interferência do Spotify no comércio. A plataforma deve levar um percentual pela venda, é claro, mas não processará as transações nem lançará (ao menos por enquanto) nenhum plano específico para quem deseja consumir os livros narrados em áudio.

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As histórias narradas terão um modo de visualização gratuita, com uma pequena amostra do conteúdo, que redirecionará o usuário para efetuar a compra fora do app do Spotify. Não importa se você tem uma assinatura premium ou se escuta pelo plano gratuito: todos terão que comprar os audiobooks, sem qualquer tipo de desconto ou privilégio.

Livros de áudio são novidade no Spotify

A mudança expande ainda mais o potencial de uso do Spotify, que hoje é marcado pelas músicas online e pelos podcasts. Os livros narrados em áudio estão se tornando bem popular mundo à fora, embora ainda engatinhem no mercado brasileiro. As próprias editoras são bastante relutantes em transformar páginas e mais páginas de texto em leituras audíveis.

Nos Estados Unidos, a receita de audiolivros cresceu 25% em 2021, totalizando US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 8,2 bilhões), conforme dados da Audio Publishers Association. Somente no ano passado, quase 74 mil novos títulos foram publicados nos EUA, quase 10 vezes mais do que em 2011.

O Spotify tem cerca de 433 milhões de ouvintes no mundo inteiro, sendo o serviço mais popular do seu segmento. Em meados de agosto, o aplicativo passou a liberar a assinatura Premium grátis por mais tempo. Se conseguir fazer o ramo de audiolivros crescer, seria possível gerar uma nova fonte de receita, além de ajudar a disseminar a cultura educacional.

Essa é a primeira vez que o streaming terá conteúdos restritos desde a sua popularização. As assinaturas premium servem apenas para eliminar os anúncios e trazer algumas vantagens, mas nunca foram empecilhos para o consumo da biblioteca do serviço. Resta saber como será o comportamento dos norte-americanos diante da iniciativa, que pode ser expandida para outras regiões ou morrer por lá mesmo.