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Firefox pode trocar Google pelo Bing como buscador padrão

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Reprodução/Mozilla
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A Mozilla cogitaria trocar o Google pelo Bing como o mecanismo de pesquisa oficial do seu navegador Firefox, sugere um novo rumor. O app passaria a ter o buscador da Microsoft pelo padrão em vez do Google, o que colocaria fim a uma parceria que já dura quase duas décadas.

A informação publicada pelo site The Information diz que executivos da organização já teriam feito algumas reuniões com representantes do Bing para acertar os detalhes. A definição do buscador padrão novamente envolve a assinatura de um contrato com acordo financeiro para a empresa dona do navegador.

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O contrato atual do Google firmado com a Mozilla deve finalizar este ano e o foco da MS parece ser negociar cláusulas mais vantajosas para que os dois lados lucrem: o Bing amplie o tráfego e o Firefox ganhe mais dinheiro pelos direcionamentos.

A maior dificuldade está não somente nos valores oferecidos, que não foram revelados, mas também no fornecimento de um serviço completo. O Google segue disparado como o principal buscador do planeta, mas a falta de uma inovação relevante — já que o Bard ainda não foi totalmente implementado — o colocaria em desvantagem ao Bing.

Bing quer ocupar espaço do Google

O Bing ainda tem como fator diferencial neste ano a implementação da inteligência artificial. O Bing Chat, como é chamado, é alimentado pelo modelo de linguagem GPT-4, o mais avançado da OpenAI e responsável por iniciar um movimento de aceleração do Google para otimizar o Bard.

Nos últimos três meses, o buscador da Microsoft ultrapassou o marco de 100 milhões de usuários diários, algo impensável em 2022. Além disso, os desenvolvedores apostam forte em melhorias constantes de IA generativa para se manter em rota de crescimento — como as cinco novidades anunciadas na semana passada.

Existe também o fator financeiro, afinal dinheiro não é um problema para a Microsoft, porém o Bing está longe de ser um produto altamente rentável. A maior dificuldade pode ser equilibrar a balança sem fazer loucuras ou gerar prejuízos para os cofres.

Google sob ameaça dos concorrentes

Essa não é a primeira vez que situação semelhante ocorre. De vez em quando, empresas relevantes do segmento de internet pressionam o Google por melhores remunerações para a manutenção do serviço de pesquisa como padrão.

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Em meados de abril, o jornal The New York Times descobriu que a Samsung, outra parceira de longa data do Google, poderia aderir ao Bing no seu ecossistema. A fabricante sul-coreana levaria o buscador rival nos aparelhos da linha Galaxy e no navegador Samsung Internet, o que representa uma perda de até US$ 3 bilhões (mais de R$ 15 bilhões) anuais para o maior buscador do mundo.

Em 2021, um relatório de analistas da Bernstein revelou que a Apple também planejou trocar o mecanismo de busca padrão do Safari. Para continuar a ser o buscador oficial, o Google teria desembolsado US$ 15 bilhões (quase R$ 75 bilhões), um aumento de quase US$ 5 bilhões em relação a 2020.

É certo que perder um parceiro relevante como a Mozilla pode ser uma dura rasteira. Resta saber se a movimentação forte durante o Google I/O 2023, com apresentação do modelo de linguagem PaLM 2 e a renovação do buscador com IA (ainda em fase experimental), podem impulsionar novamente a Gigante de Mountain View.

Fonte: The Information