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Você sabe o que são apps colaborativos? Conheça 4 deles e veja como funcionam

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 05 de Setembro de 2021 às 19h00

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Igor Almenara/Canaltech
Igor Almenara/Canaltech

A internet é um meio universal para conhecer novas pessoas, entender assuntos novos ou mergulhar de cabeça em memes intermináveis. Um dos benefícios de se ter várias pessoas diferentes dentro de uma mesma rede é permitir que elas se ajudem e, assim, atendam necessidades umas das outras.

É bem provável que você já tenha aproveitado esse conceito de alguma forma. Se já viu avaliações de restaurantes em apps de delivery ou conferiu observações e comentários sobre algum estabelecimento ou ponto turístico no Google Maps, por exemplo, saiba que eles seguem princípios presentes em apps colaborativos — rodas que giram graças ao fornecimento de informações e cooperação entre usuários.

Mesmo assim, espaços para colaboração pipocam pela internet o tempo todo — hoje, os chamados aplicativos colaborativos formam uma categoria inteira. Exemplos de aplicativos em que "a união faz a força" são vários e, por isso, o Canaltech lista agora algumas dessas plataformas e como elas se dispõem a ajudar pessoas mesmo em momentos complicados.

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Guiaderodas (Android | iOS | Web)

O Guiaderodas é uma iniciativa que atua em várias frentes. A primeira delas é a Certificação Guiaderodas, um programa com o objetivo de melhorar a acessibilidade para portadores de deficiência física dentro de corporações. A organização se dispõe a fazer avaliações sobre o espaço, indicar mudanças estruturais e até treinar trabalhadores para que eles lidem melhor com os colegas com mobilidade reduzida.

Do outro lado, há a função “Onde Ir”, que na prática é como avaliar estabelecimentos pelo Google Maps, mas com o foco na acessibilidade. “O lugar oferece piso tátil?”, “Há alternativas para locomoção além de escadas?”e “Pessoas em cadeiras de roda têm espaço para passear dentro do ambiente?” são algumas das perguntas que o usuário deve responder para alimentar o banco de dados do aplicativo e ajudar outras pessoas na hora de decidir para onde ir ou que lugar visitar.

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A inteligência do mapa depende de um time de tamanho reduzido, responsável por avaliar as informações, e, claro, da colaboração dos usuários. “Somos uma equipe pequena e todo o nosso sucesso depende da sensibilização de voluntários digitais. São eles os responsáveis pelo sucesso da iniciativa”, conta o fundador do Guiaderodas Bruno Mahfuz em conversa com o CT.

Durante a pandemia, a adesão ao aplicativo diminuiu, segundo Mahfuz, mas isso encorajou o grupo a elaborar novas funções. Além das versões para celular, o Guiaderodas funciona também pela web.

Trampolim (Android)

Também com uma iniciativa igualmente importante está o Trampolim. Trata-se de uma plataforma focada na divulgação de vagas de emprego que não aparecem em redes maiores, como LinkedIn ou Catho Online. A ideia é permitir que usuários compartilhem as oportunidades que encontram pela rua, em vagas anunciadas por panfletos, adesivos ou cartões. Ao mesmo tempo, outros utilizadores aproveitam essas informações para irem diretamente à vaga oferecida, já com endereço e cargo em mãos.

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Criar formas para se divulgar locais de trabalho à procura de profissionais é extremamente importante, ainda mais em uma época tão crítica como a pandemia de COVID-19. Especialmente em São Paulo, a reabertura do comércio impulsionou os números do aplicativo em cerca de 500%, revelou o Diretor de Produtos da Trampolim Bruno Rizzato.

“Há mais de 5 mil vagas ativas na Trampolim, que foram publicadas pela comunidade e por empresas”, revela o executivo ao Canaltech. “Estamos com aproximadamente 9 mil usuários cadastrados e mais de 2.000 candidaturas feitas para oportunidades de emprego”, complementa.

Atualmente, o Trampolim está em desenvolvimento e se encontra em período de testes, segundo o site oficial. O aplicativo está disponível exclusivamente para Android.

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Cataki (Android | iOS)

No Cataki, a proposta é dar destino correto aos materiais recicláveis. A iniciativa se propõe a ser uma plataforma para unir catadores, esses cidadãos que vagam pelas ruas em busca de resíduos que podem ser reciclados para vendê-los às centrais de tratamento.

Segundo o Pimp my Carroça, responsável pelo Cataki, 90% de tudo que é reciclado no Brasil é coletado pelos catadores. Contudo, apesar de serem uma peça importante na cadeia de reciclagem, essas pessoas são as que menos recebem pelo seu esforço — e aí entra o Cataki novamente.

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O aplicativo permite que qualquer pessoa se cadastre como catadora. E aí ele funciona assim: você tem lixo reciclável na sua casa ou na sua empresa? É só usar o Cataki para entrar em contato com um trabalhado que irá até o local combinado para retirar o material. Na prática, o app funciona como uma espécie de "LinkedIn do catador" e, como serve para ampliar a divulgação dos serviços de catadores e catadoras, acaba por permitir um incremento na renda dessas pessoas. Hoje o Cataki está disponível para Android e iOS.

Fogo Cruzado (Android | iOS | Web)

Para finalizar a lista, aqui vai talvez a iniciativa menos agradável de todas: o Fogo Cruzado é organização não governamental que opera como uma central de informações para notificar tiroteios e disparos de armas de fogo. A plataforma está disponível para checagem a partir da web, mas também em aplicativo para celular.

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O conceito é manter a população informada a respeito de locais de risco e da violência de uma região informações geradas pelos próprios usuários — e também há uma checagem de fatos pela equipe do Fogo Cruzado. As denúncias de usuários não são identificáveis e os dados obtidos pela plataforma podem ser consultados gratuitamente e podem servir de fonte para a imprensa e pesquisadores.

Atualmente, o Fogo Cruzado atua no registro de disparos nas cidades das do Rio de Janeiro (RJ) e do Recife (PE) e em suas respectivas regiões metropolitanas. O serviço está disponível na web, no Android e no iOS.

É fato que existem outras iniciativas bem modernas por aí — você conhece outras? Deixe a sua indicação aí embaixo, nos comentários.