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Android Auto x Android Automotive: qual a diferença entre as duas plataformas?

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 21 de Agosto de 2021 às 17h00

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Alveni Lisboa/Canaltech
Alveni Lisboa/Canaltech
Tudo sobre Google

Antigamente, ter um carro equipado com uma central multimídia era um privilégio para pouquíssimas pessoas ricas. Com a evolução tecnológica, esses aparelhos ultramodernos e caros foram substituídos por sistemas mais simples, que espelham aplicativos de celular e assim baratearam os custos industriais. Hoje é relativamente comum, mesmo no Brasil, veículos intermediários já saírem de fábrica integrados com as telinhas no painel.

O Android é conhecido pela popularidade como sistema operacional para dispositivos móveis, em especial os celulares e tablets, mas também equipa relógios inteligentes, televisores e centrais multimídias de veículos. Assim como a rival Apple, o Google também produziu uma solução voltada para deixar os carros "mais inteligentes".

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Essa imensa variedade de usos do versátil sistema do Google pode confundir o leitor, principalmente quando o assunto são dois softwares com o nomes bem parecidos: Android Auto e Android Automotive. Embora a nomenclatura seja similar, tratam-se de coisas distintas e com finalidades bem específicas.

De modo geral, a diferença entre um e outro é a dependência de um aparelho móvel como suporte para rodar os aplicativos. Ambos têm vantagens e desvantagens, fãs e haters, vai depender basicamente das necessidades — e também da conta bancária — de cada usuário.

Android Auto: do seu celular para o carro

O Android Auto é o popular aplicativo que espelha programas do celular do usuário para as centrais de veículos. O objetivo dele é transferir recursos dos apps para a tela dos carros, o que reduz a distração ao dispensar o uso do aparelho nas mãos.

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No display maior e localizado ao lado do volante, fica muito mais fácil para o condutor conferir as rotas do Waze, músicas do Spotify e notificações do WhatsApp. Tudo isso pode ser feito sem tirar as mãos do volante, somente com o apoio do Google Assistente, o que é fundamental para evitar acidentes no trânsito.

Por ser apenas um espelhamento, é necessário ter o aplicativo Android Auto instalado em um telefone, bem como os demais aplicativos com capacidade de integração. Esses são os programas compatíveis:

  • Serviços de localização: Google Maps e Waze
  • Assistente de voz: Google Assistente e Alexa
  • Streaming de músicas: Spotify, Google Play Music, Youtube Music, Amazon Music e Apple Music
  • Programas de chat: WhatsApp, Facebook Messenger, Google Hangouts, Skype e Telegram.
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O app só é compatível com dispositivos com Android 5 ou superior, com uma pequena ressalva aqui: se você estiver em um celular com até a versão Android 9, é necessário baixar um aplicativo dedicado para fazer essa transferência de dados; já para quem está em sistemas acima da versão 10, o programa já faz tudo de modo integrado, então você não vai precisar entrar na Play Store e fazer o download.

As centrais multimídia variam conforme a montadora e o modelo do carro, por isso é bom ficar de olho nas características para ver quais benefícios ela possui. Algumas precisam do cabo de carregamento para transferir os dados, o que pode ser um problema para muita gente, enquanto outras conseguem fazer o emparelhamento apenas pela conexão Bluetooth.

Como é integrado ao celular, o programa reproduz solicitações, compromissos, anotações e lembretes enquanto você dirige. A parte boa é que ela estará disponível tanto enquanto você estiver motorizado quanto ao caminhar nas ruas.

Android Automotive: integrado ao veículo

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Já o Android Automotive é um sistema operacional completo e adaptado da versão de celular para os carros. Assim como o irmão mais velho, é totalmente construído em código aberto e adaptável a skins construídas pelas montadoras — como ocorre com a Samsung e a Xiaomi, entre outras, nos celulares.

Não se trata de uma bifurcação ou desenvolvimento paralelo do Android: é a mesma base de código e reside no mesmo repositório que o Android fornecido em telefones e tablets. Sua vantagem é contar com toda a infraestrutura desenvolvida para mobile, o que inclui modelos de segurança, compatibilidade com programas, ferramentas de desenvolvedor e infraestrutura plenamente funcional sem depender necessariamente de um celular.

A principal diferença reside no fato de que esse sistema pode ser totalmente integrado a funções do carro, como ar-condicionado, aquecimento de bancos e funções de áudio. Além disso, com o Google Assistente, você pode essas funções apenas sua voz, o que é muito legal porque reduz a distração e evita tirar os olhos da estrada.

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Integrado aos serviços do Google, ele permite a completa personalização da experiência de direção, com seus aplicativos e telas favoritos. Embora seja open source, as montadores precisam investir em um reprodutor com configurações melhores do que as centrais multimídias mais básicas, embarcadas por muitas concessionárias. Não é a toa que a incidência do Android Automotive é maior em montadoras especializadas em veículos de padrão mais elevado.

Como ele é um sistema nativo de fábrica, possui compatibilidade com toda a frota de programas da versão Auto e mais uma dezena de outros projetados para rodar especificamente nele. Por outro lado, como sua base de usuários é menor, as empresas podem levar mais tempo para lançar correções ou melhorias.

Apesar das vantagens, ele tem como desvantagem a falta de mobilidade. Embora hajam opções de integrar celulares Android com o sistema, ele funciona de forma autônoma e precisa de ligação com os serviços do Google para rodar perfeitamente. Isso significa que, caso seu carro seja furtado, o ladrão pode ter acesso a diversas informações suas.

Fonte: Google [1], [2], Android