Calendário de vacinação da COVID-19 para pessoas com 18 anos é falso; entenda
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 25 de Março de 2021 às 15h10
Nos últimos dias, um boato sobre o calendário da vacinação nacional contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi compartilhado nas redes sociais, como WhatsApp e Twitter. No texto, falsamente creditado ao Ministério da Saúde, é informado que pessoas com mais de 18 anos começarão a ser imunizadas contra a COVID-19, a partir do dia 8 de agosto. Além disso, o grupo entre 39 e 41 anos, receberia a primeira dose a partir do dia 15 de junho. No entanto, ainda não há previsão para que as vacinas sejam aplicadas nestes grupos etários.
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Em nota para a Agência Lupa, o Ministério da Saúde afirmou que o cronograma que circula pelas redes não corresponde ao adotado pela Campanha de Vacinação contra a COVID-19, coordenada pela pasta. Além disso, a Saúde pontua que não existe um cronograma prévio com datas em que se deve realizar a imunização de determinadas faixas etárias. Afinal, quem organiza as datas de imunização contra o coronavírus são os próprios estados e municípios, de acordo com suas prioridades.
Até o momento, o Ministério da Saúde apenas determinou sobre quais pessoas entrariam nos grupos prioritários de imunização. Como a disponibilidade de vacinas ainda é insuficiente para atender toda a população, foi proposto que as doses disponíveis atendam os grupos de risco para a infecção e, em um segundo momento, é que a população geral, como indivíduos com mais de 18 anos e sem comorbidades, serão vacinados.
A seguir, confira a lista prioritária da vacinação contra a COVID-19, divulgada pela Saúde em janeiro:
- Pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas;
- Pessoas com deficiência institucionalizadas;
- Povos indígenas vivendo em terras indígenas;
- Trabalhadores de saúde;
- Pessoas de 80 anos ou mais;
- Pessoas de 75 a 79 anos;
- Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas;
- Povos e comunidades tradicionais quilombolas;
- Pessoas de 70 a 74 anos;
- Pessoas de 65 a 69 anos;
- Pessoas de 60 a 64 anos;
- Comorbidades;
- Pessoas com deficiência permanente grave;
- Pessoas em situação de rua;
- População privada de liberdade;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- Trabalhadores da educação do Ensino Básico (creche, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA);
- Trabalhadores da educação do Ensino Superior;
- Forças de segurança e salvamento;
- Forças Armadas;
- Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros;
- Trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário;
- Trabalhadores de transporte aéreo;
- Trabalhadores de transporte aquaviário;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores portuários;
- Trabalhadores industriais.
Vacinação de pessoas com 18 anos contra COVID-19?
Mesmo que a população em geral queira se imunizar contra o coronavírus, vale lembrar que a decisão de priorizar os grupos prioritários visa reduzir o número de óbitos em decorrência da infecção e, consequentemente, reduzir a pressão do sistema de saúde brasileiro, tanto o público quanto o particular. No mundo, outros países adotaram as mesmas medidas para o plano de imunização.
Dessa forma, brasileiros na faixa de 20 a 60 anos, caso não se enquadrem na lista prioritária, não tem uma previsão oficial para a imunização contra a COVID-19 no Brasil. Inclusive, o Ministério da Saúde chegou a estimar, em janeiro deste ano, que toda a população brasileira estaria imunizada contra o coronavírus em 2022.
Vale lembrar que o país imunizou de forma completa — com as duas doses necessárias da vacina — 3,8 milhões de brasileiros, segundo o vacinômetro desenvolvido pela Saúde. Para conferir todos os dados disponíveis sobre a imunização, clique aqui.
Fonte: Agência Lupa e Ministério da Saúde