Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Facebook responde a movimento de boicote de anúncios na rede social

Por| 06 de Julho de 2020 às 18h49

pixabay
pixabay
Facebook
Tudo sobre Facebook
Continua após a publicidade

Em junho, teve início um movimento chamado Stop Hate For Profit ("pare de dar lucro ao ódio"), basicamente um boicote publicitário de vários anunciantes às redes sociais, principalmente o Facebook. Várias grandes marcas já se juntaram ao movimento, como Unilever, Coca-Cola, Diageo, Adidas, Ford, Honda, Microsoft, Starbucks e Levi's, e na última quarta-feira (1), a rede social se pronunciou publicamente pela primeira vez diante do que está acontecendo.

A ideia por trás do movimento Stop Hate For Profit é que o Facebook, que gera 98% de sua receita por meio de anúncios, seja "menos complacente" com mensagens de ódios publicadas na plataforma. Esse boicote foi lançado por seis grupos norte-americanos de direitos civis, mas até agora, mais de 150 empresas no mundo todo já aderiram.

Carta aberta do Facebook

O pronunciamento oficial do Facebook é uma "carta aberta" de Nick Clegg, vice-presidente global de políticas públicas e comunicação da empresa. O executivo inicia a mensagem dizendo que quando a sociedade está dividida e as tensões aumentam essas, divisões aparecem nas redes sociais, e que plataformas como o Facebook funcionam como um espelho da realidade. "Com mais de 3 bilhões de pessoas usando pelo menos um dos aplicativos do Facebook todos os meses, tudo de bom, ruim e até desagradável vai encontrar expressão na nossa plataforma. Isso coloca uma grande responsabilidade no Facebook e em outras empresas de redes sociais, para decidir o limite sobre qual conteúdo é aceitável", consta no posicionamento.

Facebook responde a movimento de boicote de anúncios na rede social
Facebook se pronuncia pela primeira vez sobre movimento contra mensagens de ódio (Reprodução/Pixabay)

O vice-presidente global de políticas públicas e comunicação do Facebook continua, alegando que tem recebido muitas críticas nas últimas semanas após a decisão de permitir que posts controversos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continuassem na plataforma: "Quero ser claro: o Facebook não lucra com o ódio. Bilhões de pessoas usam o Facebook e o Instagram porque elas têm uma boa experiência - elas não querem ver conteúdo odioso, nossos anunciantes tampouco querem ver isso e nem nós. Não há qualquer incentivo para nós a não ser remover esse tipo de conteúdo".

A rede social conta que mais de 100 bilhões de mensagens são enviadas por nossos serviços todos os dias, e que nessas bilhões de interações, uma fração muito pequena é de discurso de ódio. "Quando encontramos posts odiosos no Facebook e Instagram, temos tolerância zero e removemos esses conteúdos. Quando o conteúdo fica perto de ser classificado como discurso de ódio — e também não viola outras políticas que têm como foco prevenir danos no mundo offline ou supressão de votos — prevalece a liberdade de expressão porque, no fim das contas, a melhor maneira de combater discurso ofensivo e divisivo é com mais argumentos e conversas", acrescenta.

Continua após a publicidade

Nick Clegg continua o pronunciamento dizendo que, com tanto conteúdo sendo postado diariamente, erradicar o ódio é como procurar uma agulha em um palheiro. Ele ainda menciona o investimento de bilhões de dólares todos os anos em pessoas e tecnologia para manter nossa plataforma segura. "Triplicamos para mais de 35 mil pessoas nossas equipes trabalhando em segurança e integridade. Somos pioneiros em uso de tecnologia de inteligência artificial para remover conteúdo com discurso de ódio em escala."

Facebook defende que não se beneficia com mensagens de ódio (Reprodução/Pixabay)
Facebook defende que não se beneficia com mensagens de ódio (Reprodução/Pixabay)

Na carta aberta, o executivo ainda afirma que estão tendo progresso, e cita um recente relatório da Comissão Europeia que apontou que o Facebook revisou 95,7% das denúncias de conteúdo com discurso de ódio em menos de 24 horas, mais rápido que YouTube e Twitter. "Estamos melhorando, mas não estamos satisfeitos. Por isso, anunciamos recentemente novas políticas e produtos para garantir que todos possam permanecer seguros, informados e, principalmente, usar sua voz onde mais importa — nas eleições", aponta.

"Obviamente, é necessário e compreensível se concentrar no discurso de ódio e outros tipos de conteúdo prejudicial nas redes sociais, mas vale lembrar que a grande maioria das bilhões de conversas online é positiva", Nick Clegg ressalta. Ele ainda conclui: "Talvez nunca consigamos erradicar que o discurso de ódio apareça no Facebook, mas estamos melhorando o tempo todo para impedir esse tipo de conteúdo".

Continua após a publicidade

Fonte: Facebook via Engadget